10 Grandes momentos da Marvel e DC nos quadrinhos

O que Aconteceu ao Homem de Aço? Alan Moore responde à essa pergunta através de uma narrativa tocante e emocional. Um dos maiores destaques é quando o herói kryptoniano é mostrado quase sozinho na Fortaleza da Solidão, se lamentando e chorando por tudo que está prestes a enfrentar, e pelos rumos que irão levar ao desfecho de sua jornada.

Deus Ama, o Homem Mata é cheia de debates, questionamentos e posicionamentos. Logo atrás da opinião forte do Professor Xavier, vem a de Scott Summers, que se nega a deixar o caminho pacifista pregado por Charles, e se entregar aos meios do Magneto para lidar com a problemática de humanos vs mutantes.

Um dos momentos mais chocantes e densos do Universo DC ocorre quando a Mulher-Maravilha quebra o pescoço de Maxwell Lord em Crise Infinita. O empresário que foi responsável pela formação da Liga da Justiça Internacional, na verdade tinha segundas intenções. Lord ganhou habilidades telepatas quando uma bomba genética foi acionada e “despertou” poderes em algumas pessoas da Terra. O plano de Maxwell Lord era o extermínio dos heróis, e uma vez que ele havia matado Ted Kord, o Besouro Azul, e tinha controle mental sobre o Superman, Diana não viu outra alternativa senão matar o vilão, quebrando seu pescoço. Mesmo tendo salvo inúmeras vidas, a Amazona teve de lidar com as consequências do seu ato através da reprovação de seus companheiros da Liga da Justiça. Essa foi a primeira vez em que a Mulher-Maravilha matou um humano normal na cronologia oficial do Universo DC.

Desde o começo, uma das características vitais dos X-Men foi a representatividade de minorias e grupos oprimidos através da perseguição, sofrimento e luta dos mutantes. Deus Ama, o Homem Mata canaliza essa característica como nenhum outro arco da Marvel, o que contribui para receber a alcunha de clássico. Está ocorrendo um debate sobre os mutantes, onde um religioso questiona fervorosamente a presença desses seres na sociedade, e é onde Charles Xavier entra em ação, mas com palavras, muito fortes, que apesar de primordialmente defenderem a aceitação dos X-Men, servem para um contexto social bem mais amplo.

O quadrinho elseword é uma das obras mais conhecidas e importantes de Mark Millar, autor de Kick-Ass e Guerra Civil. O cerne da história que se passa num universo paralelo, é basicamente contar como seria se o Superman tivesse crescido na União Soviética. Durante um determinado trecho, ele voa até a Casa Branca, onde se depara com Lois Lane Luthor (!) que entrega ao herói soviético uma arma destruidora de Lex: Uma carta com dizeres que acabam com o Superman e o fazem perceber que se tornara um vilão, por interferir e se impor no livre-arbítrio das pessoas, mesmo que elas queiram ficar no lado errado.

A Família Fantástica enfrenta o desafio de seu maior algoz, mas com um diferencial: Agora a magia está envolvida na trama. Reed Richards e Victor Von Doom são dois super gênios da ciência, entretanto, agora o Doutor Destino está utilizando um campo desconhecido e rejeitado por Richards, que é a magia. Inconcebível é uma história densa, sobre uma vingança que se estabelece em cima dos elos mais fracos da família Richards. Sem dúvidas, o melhor momento é quando o Senhor Fantástico, após ter que se submeter à uma visão de mundo que não é científica, finalmente assume a magia com o propósito de salvar os parentes e derrotar o Doutor Destino.

A Saga da Fênix é de longe o maior marco na trajetória dos Filhos do Átomo. Outrora, Jean Grey era a protegida do Professor Xavier, porém, Chris Claremont queria algo a mais para a personagem, e foi a partir daí que ela passou a ser uma das mutantes mais proeminentes e hiper poderosa. Ao final da saga, Jean percebe todo o mal que a Força Fênix causou, no meio de um intenso e mortal Arin’n’Haelar, um duelo de honra Shi’ar, a telepata ativa uma arma Kree que a desintegra após se despedir de Scott, num adeus comovente.

A obra de Grant Morrison se firmou como uma das HQs mais especiais e amadas do Homem de Aço. Existem muitos motivos que fazem de Grandes Astros: Superman uma espetacular história, certamente um deles é a parte onde o herói salva uma menina do suicídio, mostrando que ela é mais forte do que pensa, e confortando-a com um abraço.

O confronto histórico entre os dois ícones dos quadrinhos ocorreu na HQ que juntamente com Watchmen, iniciou a Era Moderna nos quadrinhos. Aqui acontece o embate ideológico e físico de Batman e Superman, onde o Cavaleiro das Trevas volta a operar como vigilante depois de dez anos de aposentadoria, porém, dessa vez ele está mais violento, desiludido, sombrio e radical do que antes. Ao mesmo tempo em que o Superman é um fiel aliado do governo americano e se contrapõe aos métodos do Batman e seu retorno às ruas de Gotham. O embate nasce da deterioração da amizade entre os dois heróis, e resulta numa das lutas mais inesquecíveis já vistas na nona arte, com o Batman saindo vitorioso no final e dizendo ao Superman para ficar fora do seu caminho.

Reino do Amanhã talvez seja a melhor história de todos os tempos envolvendo a Liga da Justiça. Lançada em 1996, a HQ escrita por Mark Waid e ilustrada pelo lendário Alex Ross é presença garantida no Top 10 da maioria dos leitores de quadrinhos.

E esta cena em questão sintetiza tudo que a DC construiu com seus principais personagens. Durante o clímax do arco, Superman fica furioso após a morte do Shazam e voa diretamente para a sede da ONU, ameaçando derrubar o prédio, enquanto Norman McCay mostra que é exatamente por causa de ações como essa do Superman que a humanidade teme os meta-humanos. Logo após se acalmar, o heróis discursa com Batman e Mulher-Maravilha ao seu lado, propondo a forma correta dos heróis se portarem diante da sociedade e como devem agir. É um trecho poderoso que simboliza a base dessa super equipe.