O Brasil é um dos maiores mercados de games do mundo e continua em crescente expansão. Na década de 90, os videogames começaram a popularizar-se de forma estrondosa, com novos títulos surgindo de todos os gêneros.
Era natural que alguns iriam acabar incomodando pais e autoridades por tocar em assuntos delicados, gerando controvérsias e rendendo banimento das prateleiras. Nesta lista, veremos alguns desses títulos.
5. Carmageddon
Lançamento: 30/06/1997
Plataformas: PC, Playstation, Nintendo 64, Android, IOS e Game Boy Color
O jogo inicialmente parecia ser apenas um título de corrida de demolição, com carros armados com lâminas e metralhadoras digladiando-se para ver quem seria o último sobrevivente, mas um detalhe chocou na época: as corridas ocorriam no meio de cidades movimentadas em que atropelar pedestres inocentes renderia pontos.
O jogo chegou a ser relançado em alguns países em que os pedestres eram trocados por zumbis e robôs, mas não teve conversa por aqui. Em menos de uma semana, o governo ordenou que os jogos fossem retirados das prateleiras. Ironicamente, a proibição teve efeito totalmente contrário ao esperado, com o jogo ganhando fama e aparecendo até na TV, fomentando a curiosidade dos jogadores em busca de cópias ilegais.
4. Bully
Lançamento: 17/10/2006
Plataformas: Playstation 2, Wii, Xbox 360, PC, Android e IOS
O jogo da Rockstar tinha uma proposta diferente de tudo: colocar o jogador no papel do aluno “atentado” Jimmy Hopkins. O garoto de 15 anos foi expulso de 7 escolas, começando numa nova, muito maior do que as anteriores.
Neste novo colégio, ele encontraria alunos de todos os tipos e poucos amigáveis, além dos professores que iriam atormentar a sua vida. Jimmy poderia espalhar o terror, seja batendo em todos, pregando peças ou andando de skate, completando missões que o tornariam famoso na escola.
Em 2008, o jogo foi proibido após uma decisão do Ministério Público do Rio Grande do Sul, por ser considerado nocivo à crianças e adolescentes por incitar violência e humilhação a professores. A proibição não impediu os jogadores de obterem cópias piratas, mas em 2016, a proibição foi retirada e ele voltou a ser comercializado normalmente.
3. Doom
Lançamento: 10/12/1993
Plataformas: PC, Atari, Jaguar, Super Nintendo, 3DO, Sega Saturn, Game Boy Advanced, IOS, Android, Nintendo Switch, Xbox One e Playstation 4
Considerado um dos pais dos jogos de tiro em primeira pessoa, Doom colocava o jogador no papel de um fuzileiro enviado a Marte para trabalhar num complexo militar industrial.
Experiências secretas que envolviam teletransporte dão errado e acabam abrindo um portal para o Inferno, trazendo demônios grotescos em que o jogador deveria dar cabo.
Com gráficos incríveis e realistas para a época, violência explícita e símbolos satânicos, o jogo foi recheado de polêmicas no mundo todo, principalmente no Brasil, motivando sua proibição imediata.
2. Postal 2
Lançamento: 14/04/2003
Plataformas: PC
Considerado um dos jogos mais ofensivos de todos os tempos, Postal 2 coloca o jogador no papel de um cara com uma vida frustrante, que deve cumprir diversas obrigações que vão desde ir à igreja confessar seus pecados até tratar de sua gonorréia, com ideia de ser um título de tiro em primeira pessoa.
O problema é que todas essas atividades poderiam ser feitas da maneira que o jogador desejar e das formas mais violentas e sádicas possíveis, que vão desde incinerar inocentes até desmembramentos, além de um humor negro que passava de todos os níveis imaginados.
Diante de tudo isso, não é difícil de se entender porque o jogo foi proibido. Até os dias de hoje, Postal 2 continua proibido no país.
1. Counter-Strike
Lançamento: 09/11/2000
Plataformas: PC e Xbox
Desenvolvido como uma modificação de Half-Life, Counter Strike se tornou uma febre principalmente nos anos 90, durante o surgimento das lan-houses. O jogo de tiro em primeira pessoa tinha como proposta colocar jogadores uns contras os outros, em times que se dividiam entre terroristas e contra-terroristas.
Uma decisão de um juiz em 2007 decidiu banir o jogo, argumentando que ele estimulava a subversão da ordem social, estimulando violência contra o estado democrático e a segurança pública.
A ironia é que o que motivou o banimento de Counter-Strike foi o conteúdo extra, produzido pelos próprios jogadores de forma não oficial. Este conteúdo incluía mapas que representavam as favelas do Rio de Janeiro, funk e uma espécie de pontuação extra para cada policial militar morto.
Em Junho de 2009, a decisão foi revogada e o jogo voltou a ser comercializado normalmente.