Lançado no final de 2016 nos Estados Unidos, A Autópsia chega aos cinemas brasileiros e promete ser muito mais do que um filme de suspense e terror. Por já ter estreado antes em outros países, o filme foi muito comentado e tem direção do norueguês André Ovredal.
A história acompanha a vida de dois legistas, pai (Brian Cox) e filho (Emile Hirsch) que têm um necrotério. Quando estão acabando o seu expediente, o Xerife Sheldon (Michael McElhatton) chega com um cadáver que foi encontrado em uma casa, enterrada, onde aconteceu um massacre aconteceu.
O filme no Brasil ganhou o nome de “A Autópsia”, porém, nos cinemas americanos, a tradução seria algo como “A Autópsia de Jane Doe”. Para quem não sabe, Jane Doe seria um termo comparado com o que utilizando para caracterizar um “João ninguém”, alguém desconhecido, sem identidade.
Os legistas então, começam a fazer a autópsia em Jane Doe, e encontram vários detalhes estranhos no corpo da morta. Primeiro o corpo estava intacto, mesmo ela não tendo uma morte recente, ele estava preservado. Não tinha ferimentos e nem hematomas, porém seus pulsos e seu tornozelo encontravam-se quebrados. A língua cortada e sua vagina mutilada.
Durante toda autópsia detalhes e mais detalhes surpreendentes e aterrorizantes vão aparecendo. O filme é absolutamente bem ambientado, acontecendo apenas dentro do necrotério e com uma fotografia incrível. O diretor Ovredal conseguiu fazer com que finalmente tivéssemos um terror realista, onde os personagens reagem ao extinto e aos seus medos e partem pra cima ao invés de esperar serem mortos. E não pensem que Jane Doe será a única cadáver com quem vocês terão que se preocupar. Tem muitos mais.
Além disso, a escolha do elenco foi essencial para o filme. Brian Cox (Contos do Dia das Bruxas) e Emile Hirsch (Na Natureza Selvagem) entregam uma naturalidade e cumplicidade entre pai e filho de dar inveja.
Vale a pena o ingresso e também vale a curiosidade para quem tiver interesse de saber como é uma autópsia – Porque eles realmente a fazem! Em geral, o filme é satisfatório e promete ser bom de bilheterias no Brasil, uma vez que nos Estados Unidos foi muito bem comentado e elogiado por grandes diretores.