Anunciada de surpresa durante a Summer Game Fest 2024, Alan Wake 2: Night Springs oferece uma jornada surreal e envolvente no Universo Conectado da Remedy (RCU), apresentando uma expansão que é tanto uma carta de amor aos fãs quanto uma expansão da amada mitologia criada por Sam Lake.
O DLC é dividido em três episódios distintos, cada um fornecendo experiências de gameplay e explorações narrativas únicas, bem diferentes do que o jogador encontra no jogo base e abrindo portas para o futuro.
Será que Alan Wake 2: Night Springs é uma boa opção para aqueles que gostaram do jogo base ou sua proposta destoa demais do que os jogadores buscam? Confira a resposta em nossa análise!
O que é Night Springs?
Night Springs é o nome de um programa fictício situado no universo Alan Wake que faz referência clara a “Além da Imaginação” e traz fortes influências de outra série icônica: Twin Peaks.
Apresentado por Mr. Door (David Harewood), Night Springs possui formato episódico, com cada um trazendo um personagem diferente do universo de Alan Wake, mas com sua própria história e jogabilidade.
Fã maluca
O primeiro episódio intitulado “Fã Numero 1” é estrelado por Rose Marigold, uma simpática garçonete que obcecada por Alan Wake. Nele, vemos a vida da personagem por sua ótica, romantizando sua relação doentia de admiração pelo escritor e numa busca desesperada para salvá-lo de seu irmão gêmeo maligno.
Aqui, a jogabilidade é puramente centrada na ação, com a garçonete pegando uma escopeta e um rifle em sua busca pelo escritor no estilo varrendo o chão e as paredes com o sangue de qualquer um que entrar em seu caminho. Neste capítulo, esteja pronto para algo divertido, maluco e totalmente sem sentido.
Mistério e um rosto conhecido
Já o segundo episódio, “Estrela Polar”, permite que os jogadores assumam o papel de outro personagem famoso da Remedy: Jesse Faden de Control. Aqui, a abordagem é mais próxima de survival horror, como o jogo base, e totalmente avessa ao primeiro capítulo da garçonete.
Situada no bizarro parque de diversões Coffee World, Jesse chega ao local em busca de seu irmão. Munida de uma lanterna e uma arma, o jogador precisará resolver diversos quebra-cabeças enquanto a mitologia de Alan Wake e Control ficam ainda mais estreitas.
Se você busca algo mais próximo do jogo base e aprofundar na lore do universo criado pela Remedy, “Estrela Polar” vai te dar a experiência que busca.
Multiverso da Loucura?
O último episódio de Night Springs se chama “Ruptura do Tempo” e traz o ator Shawn Ashmore como uma versão fictícia dele mesmo nas filmagens de um jogo do diretor Sam Lake. Aqui, a metanarrativa traz um deleite para os fãs de humor e suspense, com a ameaça evoluindo para níveis estratosféricos, envolvendo uma conspiração multiversal.
O ator Shawn Ashmore interpreta o xerife Tim Breaker no jogo base, mas com a abordagem de multiversos, o personagem verá referências a outros trabalhos do ator, desde X-Men até Quantum Break, que integra o universo conectado da Remedy.
Em jogabilidade, “Ruptura do Tempo” mostra toda a genialidade de Sam Lake, que traz seções que remetem a diferentes épocas da história dos videogames, trazendo uma experiência divertida, intrigante e profunda que abre possibilidades infinitas no universo da Remedy.
Apesar de ser bem orientado ao Survival Horror, jogar esse capítulo me trouxe a mesma sensação do trecho musical do jogo base. Aqui, a sensação é que o diretor pode extravasar toda a sua criatividade sem medo das consequências, o que resulta em algo fantástico e único.
Tudo que é bom dura pouco?
Os jogadores que buscavam muitas horas em Night Springs precisam ter consciência que toda a experiência pode ser terminada entre 2 a 3 horas de jogo. Jogando com calma e aproveitando cada história, é possível fazer cada episódio por volta de 1 hora, o que dá uma tarde.
A boa notícia é que ao terminar Night Springs, eu senti que precisava de mais informações, eu queria mais loucuras da mente de Sam Lake. Infelizmente, isso ficará para a segunda expansão “A Casa do Lago”, que deve adotar uma abordagem mais tradicional.
Na parte técnica, Night Springs traz o mesmo bug do jogo principal em que as legendas se acumulavam em toda a tela. Assim como a Remedy resolveu o problema com um update em Alan Wake, possivelmente veremos uma correção em breve. No restante, o desempenho flui sem problemas e não encontrei bugs relevantes.
Devo investir em Night Springs?
Night Springs é um festival de criatividade de Sam Lake, tornando-se uma expansão obrigatória para quem é fã de Alan Wake. Entretanto, não é uma DLC essencial para aqueles que não têm tanto interesse em saber mais sobre esse universo.
Apesar da curta duração, os episódios trazem abordagens únicas, jogabilidade criativa e aprofundam a mitologia fascinante dos mundos da Remedy. Resumindo, Night Springs é um festival de genialidade de Sam Lake e abrem possibilidades para um futuro brilhante.
*O Cromossomo Nerd agradece a Epic Games pela chave para a produção deste conteúdo.