[ANÁLISE – Ato 1] League of Legends: Arcane | Um começo espetacular

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Depois de muita espera, Arcane chegou com tudo no catálogo da Netflix. Divida em atos que serão lançados semanalmente, a série baseada no famoso League of Legends, MOBA famoso por sua comunidade barulhenta e grandiosos campeonatos nacionais e mundiais.

Arcane. Cr. Courtesy of Netflix © 2021

Com apenas três episódios, a série já consegue expor conceitos intrigantes, introduzir personagens que realmente serão explorados e abre espaço para temas importantes.

Apesar de estar acostumado com alguns dos conceitos apresentados pela trama, principalmente o uso da magia Hextec, é interessante como a série consegue ser cativante e mostrar que tem um propósito: explorar de forma honesta, continuada e coerente tudo aquilo que lemos em biografias e contos de personagens ou regiões do jogo, é um guia definitivo cultivado a décadas.

Arcane. Hailee Steinfeld as Vi in Arcane. Cr. Courtesy of Netflix © 2021

Além de servir muito bem como uma carta de amor para os fãs, a série também pavimenta o caminho para quem não conhece a trama e quer adentrar no universo de League of Legends sem ter que jogar.

O primeiro ato é focado em dois cenários e óticas diferentes. Em Zaun, temos Violet e Powder, ou respectivamente: Vi e Jinx. Quem acompanha o jogo, vai encontrar as personagens em estágios inicias, onde conhecemos muito melhor o pano de fundo da história delas.

Já em Piltover, temos Jayce, Caitlyn e Viktor, que também estão vivendo seus primeiros dias em Runeterra.

Os de baixo e os de cima enfrentam problemas totalmente diferentes que, aparentemente, em pouco tempo irão entrar em conflito.

ARCANE: TOKS OLAGUNDOYE as MEL in ARCANE Cr. NETFLIX © 2021

Quando digo “os de baixo e os de cima”, realmente diz muito sobre os trajetos que esses personagens irão percorrer. Um dos maiores focos da trama é a desigualdade social e opressão de Piltover imposta a Zaun, que molda não apenas o ambiente, mas também o caráter dos seus habitantes e o que nossos protagonistas almejam.

Logo de princípio, a série já mostra um ritmo ótimo. Ela empolga, prende, entristece, alegra e meche com suas emoções em níveis equilibrados que agradam.

ARCANE: JASON SPISAK as SILCO in ARCANE Cr. NETFLIX © 2021

A impressão que tive é a de que apenas três episódios conseguiram cumprir a missão de uma temporada inteira, não de forma corrida, as sim pelo ritmo cadenciado e pelo ótimo conteúdo apresentado.

Se você é fã de animações e de universos fantásticos, vale muito a pena acompanhar, mesmo que não faça parte da comunidade de League of Legends. A série é feita para todos.

Arcane. Mia Sinclair Jenness as Powder. Cr. Courtesy of Netflix © 2021