[ANÁLISE] Cult of the Lamb | Um dos indies mais divertidos e fofos do ano

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Cult of the Lamb é o mais novo jogo desenvolvido pela Massive Monster e publicado pela Devolver Digital. O jogo segue o estilo roguelike e nos dá a missão de gerenciar culto demoníaco. Sim, você não leu errado.

Em Cult of the Lamb, você poderá criar o seu próprio culto demoníaco, mas já aviso logo de cara que você não irá se arrepender disso.

História

Cult of the Lamb coloca o jogador no papel de uma ovelha fofa possuída, que é salva do sacrifício por um estranho ser poderoso que é chamado de Aquele Que Espera.

Infelizmente, esse socorro não sai de graça e para quitar a dívida da ressureição, o jogador deverá recrutar seguidores leais em nome dessa e começar um culto, além de também matar todos os infiéis e os quatro Bispos que condenaram a ovelha a morte.

[ANÁLISE] Cult of the Lamb

Jogabilidade

O jogo apresenta uma jogabilidade bem simples de aprender, porém devemos dividir sua explicação em duas partes.

A primeira parte é a de roguelike, onde temos fases com batalhas que consistem em esquivar por meio de rolamentos e atacar usando armas e magias (que são chamadas de maldições no jogo). A cada fase, o jogador poderá trilhar o seu próprio caminho, onde poderá encontrar benefícios como habilidades, recursos e recrutar novos seguidores para o culto.

[ANÁLISE] Cult of the Lamb

Porém, é perceptível que o jogo pode se tornar repetitivo por não apresentar uma grande variedades de golpes e inimigos.

Em cada fase, o jogador poderá encontrar Clauneck, um personagem que irá te oferecer uma carta de tarô, que podem conceder algumas vantagens durante a fase. Caso você morra durante alguma fase, não perderá nada do que foi conquistado, tudo ficará guardado em sua vila.

[ANÁLISE] Cult of the Lamb

Já a segunda parte do jogo é simplesmente o gerenciamento de culto, onde o objetivo é aumentar o número de seguidores e utilizar o poder de fé deles para desbloquear melhorias para a sua vila e para a sua jornada durante as fases.

É possível dar ordem para seus seguidores e designar vários tipos de trabalhos, além de também ser possível fazer sermões para poder coletar a energia dos seus seguidores, assim como rituais, sacrifícios, doutrinar, cobrança de dízimo e muito mais.

Vale lembrar que você precisa ficar esperto para as necessidades individuais de cada seguidor e atender elas, incluindo fazer comida, fornecer cama, limpar as fezes, etc.

[ANÁLISE] Cult of the Lamb

Mas não se engane, gerenciar um culto não é nada fácil. Quanto mais o seu culto cresce, mais problemas vão surgindo, exigindo mais recursos e também uma maior atenção às necessidades de cada seguidor. Então tome cuidado ao gerenciar para não perder muito tempo interagindo com os seguidores.

[ANÁLISE] Cult of the Lamb

Quanto mais você evolui na história do jogo, mais os seus inimigos tentam prejudicar o seu culto, como deixar os seus seguidores famintos ou com uma doença ou até colocando espiões e conspirando entre eles.

Ambientação e Trilha Sonora

O jogo apresenta um gráfico cartunesco muito lindo, rico em vários detalhes, onde as animações apresentam uma movimentação bem fluída. Algo que me chamou bastante atenção nessa ambientação é o fato de termos uma dualidade muito bem encaixada, onde mesmo em ambientes com várias inimigos mortais, temos uma ovelha extremamente fofa, que ao mesmo tempo pode se tornar macabra e sair matando seus inimigos, fazendo rituais ou até sacrificando seus seguidores.

Essa dualidade entre a fofura e o macabro é constante na ambientação, o que para mim é um dos pontos fortes do jogo, deixando a estética de tudo muito interessante e trazendo um ótimo equilíbrio.

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A trilha sonora acompanha muito bem a atmosfera de cada local, conseguindo alternar entre os sons leves e as melodias mais sinistras. As criaturas falam em um balbucio sem palavras, lembrando muito o jogo Ori and the Blind Forest.

Considerações Finais

Cult of the Lamb consegue nos premiar com 2 jogos em 1 só, com um roguelike e com um gerenciamento de culto, nos entregando uma experiência divertida e bem viciante, que te prende por várias horas na frente da tela.

Quem diria que gerenciar um culto poderia ser tão divertido?

*O jogo foi testado no PC. Agradecemos à Devolver Digital por nos ceder uma cópia para análise.