[ANÁLISE] Dead Space ressuscita com um remake melhor do que o original em tudo!

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Em 2008, os jogadores foram apresentados a um dos melhores survival horrors de todos os tempos: Dead Space. Trazendo terror espacial e o engenheiro Isaac Clarke em uma nave gigante repleta de monstros, o jogo se tornou inesquecível.

Assim como quase tudo o que é bom na indústria de entretenimento, Dead Space ganhou duas sequências que não conseguiram alcançar o mesmo sucesso do primeiro e acabaram esquecidas no limbo. Com a moda dos remakes em alta, a EA decidiu ressuscitar Isaac para a nova geração.

Com muita expectativa e ansiedade, Dead Space chega na nova geração para mostrar o que é um remake bem feito é capaz! Confira em nossa análise!

Nave do inferno

Um dos elementos que fez Dead Space ser tão amado foi sua trama intrigante. A EA tinha consciência disso e decidiu fazer alterações pontuais para ampliá-la, sem perder a essência do original.

Antes que você torça o nariz pelas alterações, devo dizer uma coisa: elas funcionam perfeitamente e dão maior profundidade à aventura. Para começar, Isaac Clarke deixa de ser mudo e interage com todos e tudo o que acontece ao seu redor, até soltando uns palavrões!

Para quem não conhece, Dead Space traz o engenheiro Isaac Clarke em uma missão de rotina a bordo da gigantesca nave de mineração USG Ishimura. Entretanto, ele se depara com um massacre digno de um pesadelo e descobre que sua namorada, Nicole, desapareceu. A partir daí, você vai se sentir embarcando no Inferno.

Se você jogou o original, perceberá as mudanças e referências às sequências, coisa que o original não possuía. Além disso, a nave está mais rica em detalhes e você saberá os horrores que a tripulação viveu. No geral, a história pode ser terminada entre 14 a 16 horas, a depender da sua habilidade.

Banho de sangue

Durante sua campanha promocional, EA e Motive reforçaram que Dead Space Remake não é um remaster e como seu título sugere, foi totalmente refeito. E realmente, isso é uma verdade que não mantém apenas na narrativa, mas também na jogabilidade. Se a do original era fantástica, a do Remake está um passo acima na qualidade.

Para começar, Dead Space Remake não tem medo de mexer na sua linearidade para entregar mais opções para o jogador na exploração. E sejamos francos, com uma nave tão grande, assustadora e repleta de monstros, quem não iria querer dar uma volta atrás de segredos? Através de cartões de acesso, você poderá acessar novos locais e arranjar suprimentos que farão diferença.

Porém, o grande destaque é o sistema dinâmico de geração de encontros. Ele funciona da seguinte forma: o surgimento de inimigos, efeitos no áudio e iluminação acontecem de forma aleatória, produzindo situações únicas e fazendo com que duas jogatinas jamais sejam a mesma.

Ao entrar em uma sala durante uma partida, você poderá encontrá-la vazia. Na próxima vez, ser cercado e destroçado por monstros. Sabe aquele corredor silencioso que você passou na primeira vez? Na segunda, pode ter alguma coisa na saída de ar pronta para te dar um ataque cardíaco.

Se você amava fazer os aprimoramentos nas armas e no traje de Isaac, tenho boas notícias: eles retornaram ainda melhores. Agora, os layots foram alterados e possuem habilidades especiais novas, com os espaços em branco tendo sido removidos.

Já na gravidade zero, os jogadores poderão se mover livremente como em Dead Space 2 e 3. Essa ideia é genial e traz maior dinamismo durante alguns trechos, principalmente em batalhas contra chefes.

Em 2008, Dead Space chocou os mais sensíveis pela brutalidade e mutilações. Com gráficos de nova geração, o remake promete fazer o mesmo com um novo sistema de peeling, expondo camadas de pele, músculos, ossos e órgãos dos monstros. Destroçar os Necromorfos irá render em verdadeiros banhos de sangue, literalmente falando.

Além das armas, Dead Space Remake também traz de volta as mecânicas de Estase e Telecinese, essenciais na resolução de puzzles e em determinados momentos de combate quando a situação aperta.

A versão que testamos foi a Edição Digital Deluxe, que traz cinco cosméticos exclusivos:

  • 3 trajes novos (Infestado, Sobrevivente Solitário e Empreitada)
  • 2 texturas de traje (Santificado e Ensanguentado), que permitem dar visuais bacanas para Isaac.

Pesadelo em alta definição

Dead Space Remake foi feito na engine Frostbite da EA, utilizada na franquia Battlefiled. O resultado são belíssimos gráficos e efeitos de iluminação impressionantes. Aliados à ambientação pavorosa, traz uma das melhores experiências de terror dos últimos anos, dignas de um pesadelo.

Nos modos gráficos, há 4K com 30 FPS e ray-tracing e desempenho com 2K e 60 FPS. No lançamento, o jogo contava com alguns bugs gráficos que produziam serrilhados, mas com uma atualização, tudo foi corrigido e os visuais estão perfeitos.

A trilha sonora se destaca e contribui para uma imersão sombria, trazendo sons misteriosos, gritos e outras surpresas. Aliado ao som 3D e ao DualSense, a experiência é ainda mais assustadora.

Para fazer a voz de Isaac Clarke, foi recrutado seu dublador original de Dead Space 2 e 3, Gunner Wright. Mesmo com o jogo todo traduzido em português, admito que senti falta da dublagem em português e acho que isso enriqueceria bastante o pacote.

Considerações finais

Dead Space Remake dá uma aula de como fazer uma releitura respeitando o original e sem ser uma cópia sem alma com gráficos de última geração. A decisão de introduzir novidades e melhorias o torna a versão definitiva de um dos melhores survival horrors da história.

Se você curtia o original ou apenas busca um jogo de terror para tomar bons sustos e suar frio, Dead Space Remake é uma opção imperdível. Agora, é aguardar ansiosamente que Dead Space 2 e 3 tenham o mesmo tratamento.

Dead Space Remake já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC.

*O Cromossomo Nerd agradece a EA e a MileniumGroup por ceder uma cópia da edição deluxe de Dead Space Remake no Playstation 5 para análise!