Por muitos anos, os fãs da saga Megaman estão presos a jogos considerados “continuações espirituais” da série. Com a chegada de Megaman 11, a esperança retornou para novos jogos, especiamente da série X. Contudo, ainda estamos presos as continuações espiriturais, e no meio destas, geralmente recebemos grandes surpresas, como é o caso de Elsie.
Com estilo pixelart e uma gameplay frenética, o jogo da PlayTonic e da Knight Shift Games, além de celebrar os games de outrora, é uma atualização necessária para gêneros como este.
Testamos o game para esta análise, e fico feliz em dizer que, mesmo com alguns probleminhas, Elsie é divertidíssimo.
A história de Elsie
A trama do game acontece no planeta Ekis, um local que sofre com a exploração degenerada dos seus recursos naturais. Receosa do destino do planeta, a doutora Grey, uma renomada cientista, criou uma legião de robôs protetores, chamadas de As Guardiãs.
Contudo, por algum motivo inexplicado, as criações se rebelam contra a criadora, fazendo com que a Dra. Grey fuja. Com isso, forças inimigas invadem a cidade de Neotono em busca da origem do poder das Guardiãs, o que faz com que a Dra. Grey precise criar sua última e mais perfeita obra, a robô Elsie.
Logo de cara, é notável que a trama se assemelha muito com Megaman. Assim como o jogo que o inspira, Elsie traz um mundo futurista e devastado, onde a última esperança reside nas mãos de uma robô com o maior poder de todos.
Embora, a princípio, essa narrativa soe genérica, se pararmos para pensar que, além de um novo game, estamos falando de uma homenagem a jogos de outrora, a Knight Shift fez um ótimo trabalho. Infelizmente, um pouco desse brilho acaba se perdendo na dublagem, que em certos momentos me pareceu muito robótica.
A gameplay de Elsie
Se na história o game já lhe lembrou de Megaman, na gameplay, Elsie se torna ainda mais parecido com sua inspiração. Contudo, o diferencial é que, aqui, temos elementos roguelite para incrementar o fator replay, novas opções de jogo e etc.
Quando utiliza de mecânicas semelhantes os jogos que quer homenagear, o game brilha. Temos uma dificuldade interessante, áreas bem pensadas para utilizar todos os recursos de gameplay possíveis e inimigos desafiadores.
Contudo, ao chegar em novas mecânicas, existem algumas questões que precisam ser comentadas. O jogo possui uma mecânica de parry, onde se acertada na hora exata, dá a protagonista um tempo para quebrar as defesas dos inimigos. Isso parece bem interessante, mas o curto período de tempo para essa quebra chega a ser extremamente estressante.
Além disso, o elemento roguelite, embora forneça uma novidade, me parece faltar conteúdos ou modos de jogo suficiente para se justificar. Talvez, seria mais interessante uma loja durante o game que fornecesse certos upgrades e equipamentos.
Trilha Sonora e Visuais
A gameplay de Elsie se mistura muito bem com seus visuais e trilha sonora. Embora nada muito marcante, as músicas são eficientes e funcionam bem para transmitir o clima dos ambientes e combates do jogo.
Contudo, sem duvida nenhuma, os visuais são o principal destaque. O estilo pixelart fornece cenários belíssimos a todo o momento, e o fator nostalgia não pode ficar de fora.
Conclusão
Para jogadores mais velhos, que cresceram com Megaman e Megaman X, Elsie é uma experiência satisfatória, sem dúvida. Para novos jogadores, talvez as mecânicas estressantes e o gameplay com falta de conteúdo de fato possa ser um fator negativo. Contudo, ainda assim, é um game que merece sua atenção.
*O Cromossomo Nerd agradece a PlayTonic e a Agência Masamune por fornecer uma chave de acesso para esta análise