Análise | HQ Esquadrão Suicida: Chute na Cara

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Muito tem se falado sobre Esquadrão Suicida recentemente com o lançamento do filme da equipe formada por vilões da DC Comics.

O filme dividiu opiniões, muitos gostaram, muitos odiaram, mas não podemos negar que o mesmo tem sido um sucesso de bilheterias (prestes à alcançar US$ 700 milhões em faturamento mundial), porém muitos sequer conheciam alguns personagens da equipe ou até não conheciam ninguém, dito isso, para quem acompanha histórias em quadrinhos, sabe que a equipe tem uma história bem antiga e já teve várias formações e inúmeras missões, e também ganhou uma versão repaginada nos Novos 52, assim como os principais títulos da DC.

Recentemente, a Panini lançou no Brasil um encadernado que compila as histórias do arco “Chute na Cara” lançado em 2011 em 7 volumes individuais, um dos principais da versão Novos 52 e a quantidade de elementos que o filme usa desse arco é bem notável, porém podemos destacar o enredo da HQ mais positivamente que a do filme.

A equipe é formada inicialmente por Pistoleiro, Arlequina, El Diablo, Tubarão Rei e Voltaico, e faz uma breve introdução ao passado dos vilões e situa o leitor em como foram convocados para o Esquadrão, assim como no filme, a equipe é comandada por Amanda Waller, porém a Waller da HQ de certa forma é apresentada com objetivos mais claros que a do filme e conhece as limitações de sua equipe, enviando-os para missões compatíveis com suas habilidades (apesar de Viola Davis ter interpretado um dos melhores personagens do filme, acabou sendo prejudicada com um roteiro falho que fez com que a Amanda dos cinemas parecesse de certa forma descuidada, e esperasse demais da equipe que tinha em mãos).

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O visual e os traços são agradáveis e realistas, fazendo com que a ação seja apresentada de forma clara e atrativa, inclusive, conseguem representar muito bem cada personagem, ressaltando seus principais atributos e uniformes, o que é mais um ponto positivo na história, é claro, com tantos personagens em alguns momentos comete-se alguns deslizes, porém nada que atrapalhe a obra.

Em suma, “Chute na Cara” mostra uma equipe concisa e que funciona bem, apesar de termos muitos personagens, todos conseguem ganhar seu espaço, mesmo que pequeno e ganhar a empatia do leitor, até mesmo o “tanque” da equipe, Tubarão Rei, que pouco fala, consegue ter bons momentos e El Diablo tem uma participação que se assemelha com sua contraparte dos cinemas porém sem se apegar à seu lado familiar, o que torna o personagem e sua aparente “mudança de lado”  mais aceitável. Adam Glass consegue criar uma história interessante que te faz querer saber o desfecho e é do tipo que você quer ler compulsivamente.

Apesar de muitos leitores não gostarem de algumas histórias dos Novos 52, podemos com toda certeza afirmar que “Chute na Cara” é uma das exceções e com certeza merece ser adquirida se você for um fã de quadrinhos e aproveite a oportunidade deste encadernado com o arco completo em capa-dura.

Esquadrão Suicida: Chute na Cara — Novos 52 (Suicide Squad: Kicked in the Teeth — New 52) — EUA, 2011 – 2012
Roteiro: Adam Glass
Arte: Federico Dallocchio, Ransom Getty, Scott Hanna, Andrei Bressan
Cores: Val Staples, Allen Passalaqua, Hi-fi
Letras: Carlos Mangual
Editora original: DC Comics
Datas originais de publicação: Novembro de 2011 a Maio de 2012
Editora no Brasil: Panini Books
Páginas: 150 (aprox.)