[ANÁLISE] Foamstars | Pirou minha cabeça e o coração?

Em mais uma tentativa de ingressar no mundo dos jogos como serviço, Foamstars é a mais nova aposta da Square Enix, que já teve outros riscos neste gênero com o famigerado Babylon’s Fall. Dessa vez, a ideia foi se aproximar de um público mais jovem, com uma proposta mais leve e divertida.

Com uma proposta de criar um shooter com, literalmente, sabão, o game também conta com gráficos cartunescos e um forte apelo aos fãs de anime. Mas será que o título consegue oferecer uma experiência interessante? Te explico a seguir.

Do que se trata Foamstars?

No mundo fictício de Foamstars, os seres humanos criaram um novo tipo de energia renovável à base de espuma. Com isso, o “foam” se tornou um sucesso por todo o mundo, e assim surgiram as arenas de batalhas, onde diversos heróis travam lutas usando a espuma. Esses heróis se tornaram os “foamstars”, que dão nome ao game.

E basicamente é isso que você precisa saber para jogar. Embora o game possua um modo com histórias neste mundo, focando em missões realizadas pelos diversos personagens, o foco principal está nas batalhas entre jogadores, com modos 4v4, 2v2 e partidas privadas.

O combate de Foamstars

Com elementos de jogos como Overwatch e Splatoon, o game conta com uma série de personagens com habilidades únicas. Cada um possui duas skills básicas e uma ultimate, que podem ser cruciais na hora das batalhas de espuma.

Além disso, as armas de cada um também possuem sistemas únicos, e o rastro de espuma deixado pelos tiros no cenário pode ser usado como uma forma de se locomover mais rapidamente pelo mapa.

Em suma, o combate de Foamstars é efetivo. Para batalhas com vários jogadores, dependendo do mapa, isso pode ser tornar um tremendo caos, onde não é possível entender nada do que está acontecendo. Porém, com os personagens certos e as estratégias pensadas, é digno destacar que existe um bom divertimento aqui.

Modo Missões

Caso não queira batalhas entre jogadores, o game oferece o modo Missões, que pode ser jogado solo ou em esquadrões de até 4 participantes. Nele, os jogadores devem enfrentar as “foam beasties”, animais fofinhos, mas tremendamente perigosos, do mundo do jogo. Embora seja uma proposta, na realidade, esse modo não passa de um extenso tutorial para os jogadores aprenderem as mecânicas e habilidades de cada personagem.

Além disso, o modo missões, na parte solo, chega a ser extremamente entediante devido à facilidade dos combates contra os pequenos inimigos. Nas missões em grupo ainda existe a opção de optar por um combate mais difícil, mas nada que se torne algo absurdo.

Apesar de divertidos, os modos de jogo acabam se limitando durante a jogatina, o que não faz sentido se você quer que seu game ofereça diversos recursos para que os jogadores fiquem o máximo de tempo no mesmo. E ele até tenta trazer outras coisas para o jogador se distrair, como customizações, upgrades e, obviamente, microtransações.

Todos esses recursos, pelo menos para mim, me parecem bastante ultrapassados ou desinteressantes, e explico o porquê.

Claudia Leitte chegou tarde no rolê

Embora tenha modos efetivos e um combate simples e até divertido, é inegável que, de alguma forma, parece que o jogo chegou tarde demais em uma onda que, convenhamos, já vem decaindo há um bom tempo.

O trem dos jogos como serviço, pelo menos ao meu ver, é algo que chegou no seu ápice há alguns anos, com Overwatch, uma das inspirações deste jogo, vencendo o GOTY no TGA. Depois disso, tanto novas propostas se tornaram menos chamativas, como os jogadores em si parecendo ter perdido o interesse na proposta, especialmente quando já existem games consolidados e que dificilmente perderão este posto.

Contudo, isso não impede as grandes empresas de tentar criar o seu próprio Fortnite. Foamstars é claramente mais uma tentativa de fazer isso acontecer. Apesar de ter uma proposta divertida, honestamente, acho que chegou a hora das desenvolvedoras repensarem suas estratégias.

Em conclusão, Foamstars é um divertimento interessante para algumas horas de tédio junto com os amigos. Desbloquear cosméticos e outras coisas pode ser efetivo e tudo mais, mas, presumo eu, que isso não será suficiente para mantê-lo vivo por muito tempo.

*O Cromossomo Nerd agradece a Square Enix pelo apoio nesta review.