Após grandes acertos com suas grandes franquias, a Capcom decidiu mais uma vez apostar em novas IPs. Utilizando fortes inspirações nas lendas e histórias orientais, surge Kunitsu-Gami: Path of The Goddess, que em muitos aspectos me lembrou o clássico Okami.
Misturando mecânicas de estratégia e ação, o game é uma ideia muito criativa vinda da Capcom, e tivemos a oportunidade de conferir o jogo antecipadamente. Fico feliz em dizer que, veja só, o game é muito interessante.
A história de Kunitsu-Gami
Kunitsu-Gami narra a jornada da Sarcedotiza Yoshiro, moradora do Monte Kafuku, uma montanha sagrada. Após sua morada ser amaldiçoada pela maculação, diversos monstros e seres das trevas atacam as vilas do local, e Yoshiro se vê forçada a invocar o guerreiro Soh, um espírito guardião.
Junto de Soh, Yoshiro começa sua jornada para purificar todos os vilarejos da montanha, enquanto recupera as máscaras sagradas roubadas pelos monstros. Além dos dois protagonistas, a jornada conta com a ajuda dos próprios moradores das vilas, que se juntam a Soh e Yoshiro para combater o mal que caiu sobre o Monte Kafuku.
Embora a trama do game não seja muito ambiciosa, ela tem seu charme graças as histórias inspiradas nas lendas e folclore. Todos os monstros são baseados em histórias tradicionais da cultura oriental, e Kunitsu-Gami aprofunda suas origens e histórias durante a gameplay, o que os tornam ainda mais interessantes.
Visuais intrigantes e trilha chamativa
Junto da inspiração folclórica, os visuais do game são outro grande destaque para contar a sua simples, porém belíssima, história. A Capcom mais uma vez se aproveita da espetacular RE Engine para criar visuais maravilhosos, mesmo para um jogo menor como este.
Adicione a isso a trilha sonora, que embora não muito ambiciosa, encaixa perfeitamente em toda a ambientação que os desenvolvedores queria transmitir. A todo momento, seja em momentos de paz ou de ação, a música transmite bem a tranquilidade ou angústia que os personagens vivem naquele cenério.
A gameplay de Kunitsu-Gami
Cada fase, exceto nas batalhas contra chefes, se resume entre as horas do dia e da noite. Durante o dia, o jogador pode controlar Soh para encontrar aldeões presos na maculação e salvá-los, além de expurgar demônios maculados para conseguir recursos e equipamentos. Na noite, os montros surgem para atacar Yoshiro, e cabe a Soh defender a sarcedotiza até um novo dia raiar.
Toda a Montanha Kafuku faz parte da gameplay
Além de controlarmos Soh, que utiliza uma dança com espada para combater os demônios, os jogadores podem coletar recursos para atribuir funções para os aldeões da Montanha Kafuku. Essas funções tem diversas características, como Arqueiros, Lutadores, Magos e etc, e assim, os moradores auxiliam no combate.
Os aldeões ainda auxiliam na proteção de Yoshiro, que deve atravessar todas as fases purificando o local. Junto do auxilio dos moradores, Soh conta com armadilhas e bloqueios espalhados pelas fases, que devem ser sempre pensadas e usadas com estratégia, o que é mais um ponto positivo da gameplay.
Todos esses recursos são excelentes para não somente tornar a jogatina interessante, como também fazem com que, dificilmente, as fases sejam semelhantes umas com as outras. Desse modo, Kunitsu-Gami supera a repetição da sua gameplay com ideia originais e criativas, e o jogo não se torna enjoativo em praticamente nenhum momento.
Conclusão
Mesmo sendo um “jogo menor”, Kunitsu-Gami é mais uma prova da excelente fase da Capcom. Um jogo novo, mas com toda a classe, criatividade e originalidade da empresa. Junto com visuais belíssimos, trilha sonora intimista e combate divertidíssimo, o game mostra que não só de franquias clássicas a Capcom vive.
Aliás, o game receberá, no seu lançamento, um conteúdo adicional em homenagem a Okami, outro game que mostra o potencial da empresa com novas ips. Vale a pena demais conferir.
*O Cromossomo Nerd agradece a Capcom Brasil e a TheoGames por fornecer uma chave de acesso para PlayStation para esta análise.