Você já se perguntou como seria se Stardew Valley e Pokémon tivessem um filho? É um pensamento bem estranho, mas Monster Harvest dá essa resposta, e o resultado tende a ser meio decepcionante.
História
Na parte da história os desenvolvedores não se esforçaram nem um pouco para fazer um enredo um pouco mais criativo, usam o mesmo modelo dos jogos de fazenda.
Você está vivendo sua vida na cidade quando, de repente, recebe uma carta de seu tio, dizendo que fez grandes descobertas: uma fórmula que transformam plantas em criaturas que eles chamam de ‘planimais’. E, como seu tio está muito ocupado na pesquisa, ele lhe pede para cuidar de sua fazenda.
Depois que você chega na fazenda, é introduzido nas mecânicas e ao tutorial do jogo; a partir daí, você decide o que fará em seguida. E isso nos leva ao próximo tópico, que são as…
Mecânicas
Quando se faz um jogo tão parecido com outros jogos, comparações são inevitáveis, e uma coisa que Stardew Valley possui e que falta aqui é a parte de customização de personagem. Você só pode jogar com personagens já prontos, e não é possível nem fazer compras de cosméticos pra deixar o personagem mais com a sua cara. Isso pode incomodar os jogadores que gostam de fazer coleções de roupas e acessórios.
É meio triste de dizer, mas esse jogo não tem nada de original, e as coisas que ele traz de outros jogos não aprimoram o jogo em quase nada, como a mecânica de presentear os moradores do vilarejo para fazer com que eles gostem mais de você. Com isso, eles te dão presentes como retribuição.
No mundo de Monster Harvest existem slimes que vagam por aí, e elas servem como um “super adubo”, tendo três efeitos diferentes; a vermelha transforma as plantas em Planimais que te ajudam nas batalhas, a azul transforma a plantação em gado, e a verde faz sementes crescerem instantaneamente.
As batalhas são no estilo de turnos (vulgo bate e espera), uma forma de gameplay bem limitada que foi boa quando Pokémon e Final Fantasy eram novidade. Hoje em dia, já é só mais do mesmo e pode cansar depois de pouco tempo jogando.
Gráficos e Trilha Sonora
O visual do mundo agrada bastante, os cenários são bem feitos, os designs das criaturas deixam a desejar no sentido de variedade, pois ficam se repetindo e só mudam de cor, nada mais. O ângulo de câmera simula uma perspectiva 3D nos objetos mais altos e esse detalhe é bem legal no início, mas começa a atrapalhar depois de um tempo, como quando você quer ver algo atrás de uma árvore e ela demora um tempinho até ficar translúcida. O problema é que, às vezes, ela demora demais até ficar transparente, e acontece bastante de atrás dessas árvores terem pedras ou troncos que te prendem, fazendo ser necessário esperar a árvore ficar invisível pra saber o motivo, o que irrita bastante.
A trilha sonora é, de longe, a coisa que mais irrita nesse jogo. Pelo que deu para notar o jogo tem um total de três músicas; a música do dia que é um looping de uns 7 segundos muito chato, que parece as músicas de loading eterno de The Sims; tem a música da noite que, por algum motivo, é uma música de suspense, parece que os desenvolvedores acharam que isso daria um ar de tensão pra noite, mas só fica muito estranho sair de uma música super animada e ir pra uma trilha sonora de terror; e por último tem a música das batalhas, que não tem nada demais, não é marcante e nem chata, apenas está lá.
Considerações Finais
Monster Harvest pega duas franquias muito populares, joga no liquidificador e tenta fazer algo inovador, mas só traz mais do mesmo, não inova nas mecânicas de administração de fazenda, e nem nas batalhas. No fim das contas, só acerta na pixel art que é muito bem feita, mas gráfico não faz um jogo bom.