[ANÁLISE] Neva | Simplicidade, emoção e combate se misturam perfeitamente

Desenvolvido pelo Nomada Studio, mesmos criadores do aclamado GRIS, Neva foi anunciado ano passado. Com um trailer enigmático e com visuais belíssimos, é inegável a semelhança do mesmo com seu colega, mas ele possui um destaque bem diferente em certos pontos.

O ponto principal desta diferença, obviamente, está no fato do novo game ter combate. Em GRIS, o foco era muito mais na exploração e solução de puzzles, aqui, há muito mais.

Agora, após ter a oportunidade para análisar o novo game do Nomada Studio, fico feliz demais em dizer que, mais uma vez, o estúdio acerto em cheio.

A história de Neva

Em Neva, acompanhamos uma jovem chamada Alba. Ela e seu fiel lobo companheiro, que dá nome ao game, passam por uma longa jornada de descobrimento e de aventuras em um mundo passando por uma desolação descomunal. No meio de todo caos, Alba e seu amigo crescem e amadurecem juntos, tendo que lidar com as escolhas de cada um e, no fim das contas, buscar por um novo lar.

Embora seja uma premissa simples, todo o desenvolvimento da história do game é maravilhoso. Por mais que sua proposta tenha um estilo simplista, a imersão do jogo também faz parte da sua narrativa, e em todo momento me vi completamente fisgado pela jornada de Alba e seu amigo, e pelo desenvolvimento dos dois.

Trilha e Cenários que ajudam a contar a história

Outro fator que contribui para essa experiência é a trilha sonora, que casa perfeitamente com cada passo da aventura. Cada cenário conta com uma excelente trilha, que certamente acompanharão os jogadores após a gameplay.

Ainda nesse ponto, cada cenário mostra muito mais desse universo criado pelo Nomada Studio. A destruição daquele mundo misturada com visuais de cair o queixo, misturando mais uma vez o minimalismo e cores vibrantes.

Nisso, é impossível dizer que a história e a narrativa de Neva não seja seu ponto alto. E sim, é possível que, em certos momentos, o game consiga te arrancar algumas lágrimas.

A gameplay de Neva

Como dito anteriormente, a principal diferença de Neva do seu colega de estúdio está no combate. Aqui, as lutas fazem parte da jogatina com uma certa frequência, e elas funcionam muito bem.

E não se engane, o game possui um combate simples, mas bem complexo. Para jogos como este, esse estilo de gameplay é excelente, que também acaba servindo como uma forma de mostrar a narrativa, onde cada batalha difícil mostra a luta constante dos protagonistas para sobreviver.

Além de Alba, seu companheiro lobo também pode auxiliar nos combates, o que tornam as lutas outro diferencial na trama, mostrando a evolução dos dois personagens ao longo da jornada.

Não é só o combate que brilha

Além do combate, a exploração e solução de puzzles também não perdem o brilho. Desde GRIS o Nomada Studio já se mostrou excelente no design de desafios como estes, e aqui não é diferente.

Todos os cenários são bem pensados para seus respectivos propósitos. Locais com mais combates se tornam uma espécie de arena, desafiando o jogador em muitos momentos com espaços pequenos e grandes inimigos.

Já os puzzles se intercalam muito bem com os cenários. Muitas vezes, o próprio cenário é o puzzle, onde não somente Alba precisa passar pelo local, mas o pequeno lobo também.

Conclusão

Em suma, Neva não somente é mais um grande acerto do Nomada Studio, como também é mais um jogo que pode se tornar um dos grandes indies da indústria, podendo se tornar o favorito de muitos jogadores.

Com uma gameplay interessantíssima, visuais espetaculares e uma história simplista e emocionante, o game já se tornou, para mim, um dos grandes jogos do ano.

*O Cromossomo Nerd agradece a Devolver Digital por fornecer uma chave de acesso na Steam para esta análise.