[ANÁLISE] Nobody Wants To Die é uma ótima pedida para os fãs de investigação

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Desde o ano passado, um título que havia me despertado o interesse era Nobody Wants To Die. Lançado pela Critical Hit Games em 17 de julho, esse jogo é tudo o que os fãs de puzzle e de investigação noir desejam desde L.A Noire. Se você é fã do game da Rockstar e de Blade Runner, esse é definitivamente uma boa opção.

Joguei algumas boas horas e pude me divertir bastante. Vale ressaltar que o jogo não possui tantas horas de duração.

Assim, eu desejo dividir um pouco da experiência satisfatória que tive com um jogo que eu não esperava nada.

A história de Nobody Wants To Die

Em Nobody Wants To Die, você assume o papel do detetive afastado James Karra em um mundo onde a mortalidade é algo do passado, pelo menos para quem tem dinheiro.

Após implorar por um novo trabalho para esquecer os traumas do passado, o detetive aceita a missão de recuperar um dispositivo cerebral que transfere a consciência de uma pessoa para outro corpo. O dispositivo pertence a um homem muito famoso e poderoso.

Karra descobre que o dispositivo foi destruído e se envolve na investigação de um assassinato, apesar de seu chefe recusar a investigação e mandar ele documentar outra causa para a morte. A partir disso, uma trama de perseguição ao assassino começa a se desenvolver e a história impressiona.

Os personagens da trama de James Karra

Embora você passe o jogo inteiro apenas ouvindo os personagens envolvidos, todos eles possuem personalidade e carisma. Até mesmo o protagonista é um personagem carismático, e podemos tornar isso algo ainda mais evidente conforme as escolhas que fazemos.

E aqui o jogo brilha bastante e merece ser exaltado por isso.

Os gráficos e ambientações do mundo sombrio de Nobody Wants To Die

Agora é a hora da parte que interessa: os gráficos e a ambientação de Nobody Wants To Die impressionam ao máximo. Esse é, provavelmente, o jogo com a melhor direção de arte que joguei este ano. Ele é ambientado em um mundo retro futurista, então temos aquela pegada Blade Runner, assim como outros nomes de peso da ficção.

Embora seja um jogo curto, eu passei muitas horas observando o cenário. Cada um deles é único e impressiona bastante pela atmosfera que passa. Afinal, um jogo Cyberpunk deve mostrar como esse mundo distópico realmente funciona, principalmente quando a morte “não existe mais”.

Por ser em primeira pessoa e completamente focado na investigação, o jogo consegue te prender bem com uma imersão única devido ao seu sistema de escolhas, que afeta a história como um todo e te permite liberar outras opções de diálogo dependendo do que se é escolhido.

A gameplay simples, porém recheada, do jogo

Nobody Wants To Die é um jogo de gameplay simples em certos aspectos. Ele não tem um combate nível Cyberpunk 2077 ou qualquer outro tipo de jogo do gênero. Esse título apenas trabalha a investigação com diversos equipamentos especiais para isso, como lanterna UV, um rastreador raio-x e por aí vai.

Contudo, o que se destaca nos equipamentos é a manopla de James Karra, que permite ele recriar certos cenários com base nas provas que descobre. Tudo bem que ela precisa da energia de um bairro inteiro para operar bem, mas é algo super legal.

Além desses equipamentos, o jogo também conta com um sistema de escolhas, como foi citado anteriormente. Esse sistema influencia o rumo da história e os relacionamentos com os seus aliados, ou melhor, a sua única aliada, dependendo das escolhas que fizer.

A trilha sonora que te coloca em um mundo noir e cansado

Algo que é inseparável de uma excelente obra retro futurista é a sua trilha-sonora com o famoso jazz que não pode faltar. E é aí que o jogo serve bem os amantes da música. São cerca de 35 faixas que compõe a trilha do jogo.

Atualmente, a trilha-sonora completa e oficial se encontra disponível no Spotify e em mais streamings de música. Recomendo procurar e ouvir um pouco, pois mesmo fora do jogo, ela vai te encantar de toda forma.

O veredito

Nobody Wants To Die é o primeiro jogo da Critical Hit Games e é claramente um título promissor. Ele mostra que o estúdio tem muitas ideias e uma boa equipe para executar. Esse jogo merece uma chance de ser jogado até mesmo por quem não gosta de Puzzles (eu mesmo sou um desses e fiquei maravilhado).

Vale a pena se aventurar por essa Nova York retro futurista e mergulhar de cabeça no intrigante mistério que existe no jogo.