[ANÁLISE] Resident Evil 2 | Voltar à Raccoon City nunca foi tão horripilante

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Após o enorme sucesso de Resident Evil 7, muitos fãs se perguntaram qual seria o próximo passo da Capcom para a saga, qual história o novo jogo iria contar e quais personagens seriam apresentados?

Durante a E3 2018, a desenvolvedora anunciou um novo título, mas para surpresa e deleite dos fãs, não se tratava de uma continuação, mas sim, um remake do saudoso Resident Evil 2, que nos volta à Raccoon City na pele de Leon S. Kennedy e Claire Redfield.

História

Assim como no clássico, o jogo é protagonizado por Leon S. Kennedy e Claire Redfield, ambos enfrentando as monstruosidades que aterrorizam Raccoon City.

Leon é um novato da força policial da cidade, que em seu primeiro dia, precisa enfrentar diversas monstruosidades para garantir sua sobrevivência e descobrir o que aconteceu.

Claire chega à Raccoon City em busca de seu irmão, Chris Redfield (o cara que dá socos em pedras), mas se depara com o caos na cidade e tenta achar uma maneira de sobreviver e descobrir o que houve.

O jogo dá continuidade aos eventos do jogo anterior, que mostram que após o vazamento dos experimentos da Umbrella Corporation, a cidade se tornou um caos e a epidemia zumbi se alastra rapidamente. Aqui, temos mais informações sobre a companhia, bem como a confirmação de que eles continuam evoluindo seus experimentos, mesmo sabendo que o T Virus foi um fracasso.

Ambientação, cenários e gráficos

Desde o seu anuncio, o remake vem prometendo uma repaginada completa em todos os cenários do jogo original, criando espaços mais imersivos, ambientes mais claustrofóbicos e locais que fazem com que os jogadores queiram distância (mesmo que sejam obrigados a passar por eles).

Posso dizer que fiquei extremamente aterrorizado com esse elemento do jogo. Cada local novo desperta o medo interior, trazendo um pouco de nostalgia, acompanhada daquela sensação de perigo que os filmes de terror mais tenebrosos nos oferecem.

O trabalho de arte do jogo é digno de aplausos, pois mesmo com tudo reformulado, ainda temos aquela sensação de familiaridade que nos faz pensar “ei, eu já estive aqui antes”, porém tudo se mostra extremamente detalhado e bem-texturizado. A delegacia de polícia está extremamente completa em termos de itens em cena e o esgoto parece realmente nojento.

O trabalho nos zumbis e monstros também é louvável. A putrefação, membros expostos e pedaços de carne sendo arrancados são nojentos ao extremo. Tudo tem um aspecto gosmento, asqueroso e que faz seu estômago revirar.

Inimigos

Se você pensa que só porque os zumbis são lentos e burros você não terá problemas, você está enganado! Apesar de lentos, eles geram a dificuldade através da quantidade que você deve enfrentar, então tome cuidado para não ser encurralado.

O jogo também traz o retorno dos Lickers, que apesar de cegos, desferem golpes poderosos contra seu personagem, que podem diminuir drasticamente sua vida. Um fator que foi adicionado é em relação à visão do Licker, eles são atraídos pelo som que o jogador faz, então se você não fizer nenhum barulho e passar por ele tranquilamente, há chances de que você não seja atacado.

De todos esses inimigos citados, um que você realmente não irá querer por perto é o Sr.X. Confesso que ele é um inimigo que saber despertar o desespero no jogador. Todas as suas aparições são aterrorizantes, pois além de escapar dele, você deve escapar de hordas de zumbis.

A mecânica utilizada no Sr.X é similar a usada em Resident Evil 7, quando Jack Baker começa a te perseguir pela casa, ele te persegue por vários locais, balas definitivamente resolvem e apesar de andar, ele sempre será mais rápido do que você.

Jogabilidade

Nos últimos anos, a franquia vem demonstrando que sabe criar bons gráficos e bons controles e com o remake não é diferente, onde vemos uma melhoria do título original implementada com a calibração dos últimos lançamentos

Aqueles que jogaram os últimos jogos, terão extrema facilidade com os controles, pois o RE2 bebe da mesma fonte, utilizando os mesmo comandos para mirar, abrir inventário, abrir portas, interagir com itens e etc.

O jogo conta com uma boa quantidade de itens de cura e munições para aqueles que sabem utiliza-los com inteligência. Apesar de não precisa carregar em seu inventário as infames fitas da máquina de escrever, o título ainda exige um bom gerenciamento por parte dos jogadores, o que faz parte da mecânica e aumenta um pouco o nível de dificuldade.

Considerações Finais

Resident Evil 2 é homenagem digna ao título original, trazendo de volta elementos clássicos e também inovando em diversos aspectos, com inimigos totalmente remodelados, cenários reimaginados nos tempos modernos e uma história recriada de forma inovadora e respeitosa.

É gratificante ver a franquia retornando ao que fez dela um sucesso, nos deixando ainda mais ansiosos e empolgados para um possível remake de Resident Evil 3.

Para aqueles que buscam um incrível jogo de terror neste início de ano, nada melhor que enfrentar alguns zumbis pela delegacia de Raccoon City.

Gostaríamos de agradecer à Capcom por ter nos enviado uma cópia do jogo para a elaboração da análise. O jogo foi testado em um PlayStation 4.