[ANÁLISE] Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven | Um remake que supera o clássico

0
70

Trazendo de volta um grande clássico do Super Nintendo, Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven foi uma surpresa e tanto para os fãs de RPG. Lançado originalmente no Japão em 1993, o jogo ganhou alguns ports e até uma remasterização em HD para outras plataformas com o passar das décadas, mas a Square Enix surpreendeu a todos com o remake do icônico game.

O remake não somente melhora os gráficos, como também moderniza diversos aspectos do jogo. Tudo isso, obviamente, sem tirar sua essência de ser um RPG com combate estratégico e com consequências reais na gameplay.

Após uma longa análise, podendo ter acesso ao jogo de forma antecipada, é notório o cuidado da Square para tornar a nova versão do game tão boa, ou na verdade, melhor que o obscuro clássico do SNES.

A história de Romancing SaGa 2

Antes de mais nada, é importante destacar que o protagonismo de Romancing SaGa 2 não fica com os personagens, e sim o Império de Avalon, cidade principal do game e onde começamos a jogatina.

A princípio, acompanhamos o Imperador Leon e seus dois filhos, Gerard e Victor. Contudo, com o passar da jogatina, o jogador será incumbido de escolher os novos imperadores de Avalon, para que a jornada continue.

Primeiro grupo de Romancing Saga 2

Toda a história do jogo se passa por várias eras diferentes, onde o senso de herança e diferentes gerações é um dos principais aliados do jogador. Cada geração herda as habilidades da anterior, se tornando cada vez mais poderosa.

No meio do crescimento do Império, é necessário lidar com os Sete Heróis Lendários, que sucumbiram a um misterioso mal séculos atrás. Esses antigos heróis, agora vilões, também estão envoltos de muito mistério, e cabe ao jogador solucionar o quebra cabeça e libertar o Império deste mal.

Simulador de Imperador

Como dito antes, o Império é o protagonista de Romancing SaGa 2. Com isso, é papel do Imperador, principal personagem do jogador, cuidar e ampliar o Império de Avalon ao longo da gameplay. Isso significa criar novas instalações, resolver questões dentro do império, e conquistar novos territórios, tudo isso enquanto a trama principal se desenrola.

O Império de Avalon é o protagonista de Romancing Saga 2

Já na versão original, esse ponto da trama do game é extremamente inovador e interessante. E aqui, isso não é diferente. A principio, isso pode causar certa estranheza, especialmente em quem não conhece o game original, mas no decorrer da gameplay, e com o crescimento do Império, vemos que isso é uma decisão interessantíssima.

É uma pena que a trilha sonora não consiga transmitir o tamanho da jornada épica que o game quer que o jogador tenha. Por mais que as músicas reimaginem os temas do jogo clássico, em muitos momentos me vi perdendo a imersão por perceber a constante repetição das músicas, que parecem extremamente curtas.

A gameplay de Romancing SaGa 2

Mantendo certos elementos do original, mas os modernizando para a geração atual, Romancing SaGa 2: Revenge of the Seven possui uma gameplay bem clássica de RPGs de turno. Contudo, os combates possuem um nível de dificuldade diferente de jogos do gênero atuais, fazendo com que os jogadores foquem mais em suas estratégias.

Combate de Romancing Saga 2 é intuitivo

Os personagens podem ter duas armas no combate, cada uma delas tendo habilidades únicas que são aprendidas ao longo das lutas. Além disso, cada inimigo possui fraquezas e fortificações contra determinadas armas e elementos mágicos, que também são aprendidos ao longo da jogatina.

Essas mecânicas, junto com a mecânica de herança das eras, são cruciais para o jogador conseguir montar suas estratégias contra todos os tipos de inimigos do game, que não são poucos.

Além disso, os jogadores devem ficar de olho nos Pontos de Vida dos personagens. Cada vez que um personagem é morto em combate, ele perde um LP, e caso esse número zerar, o personagem será perdido em definitivo.

Essa mecânica fortalece ainda mais a noção estratégica de Romancing SaGa 2, e eu considero isso um fator muito positivo, pois difere de outros RPGs do estilo, que tornam a jogatina muito repetitiva por temer desafiar os jogadores. Isso pode, sem dúvida, afastar alguns jogadores, mas não deixa de ser um diferencial de outros JRPGs por aí.

Mesmo repetitivo, a jogatina torna-se intrigante ao longo das eras

Falando em desafiar os jogadores, o jogo em nenhum momento entrega as coisas de mão beijada para nós. É necessário, em cada momento, pensar bem sobre quais itens comprar, quais armas usar e quais personagens usar. Além disso, o game ainda conta com a mecânica de formações, onde os personagens são colocados de formas estratégias nos cenários de lutas

Formações de Romancing Saga 2

As formações fornecem benefícios e malefícios interessantes para o jogador. Mais uma vez, é necessário pensar com calma as peças que irá usar em cada formação, levando em consideração os LPs de cada personagem.

Sem perceber, os jogadores podem se ver imersos em horas e horas bolando estratégias, criando armas e melhorando seus personagens. Isso é digno do principal objetivo do jogo, que é nos colocar a frente de um Império em ascensão.

Conclusão

No fim das contas, Romancing Saga 2: Revenge of the Seven é um remake que supera em vários quesitos seu original. Além disso, é uma grande surpresa para o mundo dos RPGs atuais, oferecendo desafios e opções de jogatina diversos que vão chamar a atenção de vários amantes do gênero.

*O Cromossomo Nerd agradece a Square Enix e a G64 por fornecer uma chave de acesso no PS4 para esta análise.