[ANÁLISE] Shadows of the Damned: Hella Remastered é um dos jogos mais divertidos do ano

Shadows of the Damned: Hella Remastered foi anunciado durante a Grasshopper Direct de 2023, trazendo de volta o icônico título de Suda51, que estava preso nas gerações do PS3 e Xbox 360, para uma nova geração de jogadores.

A recepção do trailer foi positiva, deixando os fãs animados com o que estava por vir. Agora que tivemos a chance de jogá-lo, podemos afirmar que a espera valeu a pena.

Trazendo de volta um clássico

Shadows of the Damned em seu lançamento original teve um marketing quase inexistente, o que fez com que inicialmente fosse um fracasso comercial. No entanto, com o tempo, o jogo foi ganhando apreço dentro da comunidade e hoje tem sua base de fãs, que tiveram um pequeno vislumbre do título em Travis Strikes Again: No More Heroes.

A volta de Shadows of the Damned com este remaster não só foi uma grata surpresa, mas o anúncio de conteúdo extra também se destacou em meio à avalanche de remasterizações.

As atualizações corrigem diversos problemas do jogo original, tornando esta a versão definitiva para quem deseja conhecer o título.

Atualização gráfica e conteúdo extra

Os novos visuais de Shadows of the Damned: Hella Remastered foram atualizados para melhorar a experiência nas plataformas modernas. A versão corrige problemas como serrilhados e bugs gráficos presentes no jogo original, oferecendo uma repaginada visual. No entanto, a base estética se mantém intacta, sendo essencialmente os mesmos gráficos, agora em sua melhor forma.

Além da atualização gráfica, Shadows of the Damned: Hella Remastered conta com melhorias no gameplay, como a opção de pular cutscenes, algo muito bem-vindo para acelerar o ritmo. Outra adição divertida é o uso do sensor de movimento do DualSense como mira em uma parte específica do jogo, o que oferece uma variação interessante para os minigames, tornando a experiência mais dinâmica e envolvente.

Outro conteúdo que se destaca é o New Game Plus, que traz a adição de quatro trajes desbloqueáveis. Alguns desses trajes fazem referência ao título que dá sequência aos eventos de Shadows of the Damned, o que adiciona uma camada extra de nostalgia e fan service. Com certeza, uma adição muito bem pensada e que será apreciada pelos fãs.

A gameplay voltando em seu ápice

Uma das coisas mais divertidas deste título é, sem dúvida, sua jogabilidade, combinada com o design de níveis. Tudo retorna em seu melhor momento, com uma variedade de gunplay, hordas de monstros e o uso de diversas estratégias, agora aprimoradas por controles mais precisos, elevando ainda mais a experiencia geral.

O New Game Plus era uma adição crucial que faltava ao jogo. Agora, com ele, é possível utilizar todas as armas desde o início, com o máximo de melhorias, tornando a jogabilidade ainda mais divertida. Esse modo, sem dúvidas, incentiva a investir mais horas no jogo e até buscar a platina.

Apesar de ter gostado de revisitar a jogabilidade, o port sofre com alguns bugs. O counter apresenta um erro visual em que a câmera não segue corretamente o movimento, fazendo com que você receba dano sem ter uma visão clara da ação.

Outro problema que encontrei foi a arma, que começou a atirar para cima do nada, mesmo estando direcionada corretamente. Isso aconteceu duas vezes, infelizmente em momentos críticos. Espero que futuros patches corrijam esses problemas.

A história permanece a mesma, seja para o bem ou para o mal

Quem já conhece o enredo de Shadows of the Damned não encontrará surpresas, o que pode ser positivo para quem gosta do material original. No entanto, a falta de qualquer novidade significativa no roteiro pode decepcionar quem esperava algo mais, especialmente em uma era onde remasterizações muitas vezes adicionam conteúdos extras à trama.

Com a história polêmica que Shadows of the Damned carrega, eu imaginei que haveria alguns cortes, semelhante ao que ocorreu com a franquia Dead Rising, que retirou narrativas que não são mais aceitáveis nos dias de hoje. No entanto, esse remaster não removeu nada, apresentando uma recontagem fiel ao material original.

Para quem gosta, isso é ótimo, mas aqueles que veem esses temas de forma negativa podem sentir que faltou sensibilidade em alguns momentos.

Apesar dos pontos positivos, o jogo peca ao não incluir capítulos bônus ou usar os minigames para criar algo novo na história. Seria interessante explorar mais o personagem Garcia, por exemplo. No entanto, considerando o pequeno time envolvido no remaster, é compreensível que tenham optado por manter a história original intacta e focar em melhorias mais técnicas.

Conclusão

Shadows of the Damned: Hella Remastered marca o retorno de um clássico cult para a nova geração, trazendo melhorias gráficas e diversas atualizações que aprimoram a experiência. Com essas mudanças, essa se torna a versão definitiva para quem quer revisitar ou conhecer o jogo pela primeira vez.

Shadows of the Damned: Hella Remastered será lançado em 31 de outubro para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e PC via Steam. Uma versão para Nintendo Switch será lançada posteriormente.

*O Cromossomo Nerd agradece a NetEase Games por ter nos cedido uma cópia do jogo no PS5 para esta análise.