[ANÁLISE] Star Wars: Bounty Hunter | Um clássico preso no tempo

No vindouro ano de 2002, era comum que muitos filmes tivessem um lançamento nos videogames para acompanhar sua chegada nos cinemas. Neste caso, tivemos Star Wars: Bounty Hunter, jogo que chegou nas lojas um pouco depois do lançamento de O Ataque dos Clones nos cinemas.

Agora, 22 anos depois, o game ganhou uma remasterização para a geração atual de consoles, trazendo a aventura de Jango Fett para um novo público.

Mas… Será que esse game sobreviveu ao teste do tempo? Pudemos analisar o jogo e, em partes, realmente a nova versão é interessante. Mas em outros, vemos que, na verdade, talvez fosse necessário algumas melhorias.

A história de Star Wars: Bounty Hunter

No game, acompanhamos Jango Fett, personagem que apareceu pela primeira vez no longa lançado no mesmo ano do jogo. A trama mostra o caçador de recompensas em uma jornada em busca de novas caçadas, tudo isso enquanto uma trama sombria acontece nos arredores da galáxia.

Basicamente, a trama mostra como Jango se tornou o modelo para a criação do exército de clones mostrado na trilogia prequel de Star Wars. Diferente do longa de 2002, onde o personagem aparece por pouco tempo, aqui, podemos ter um desenvolvimento mais convincente para mostrar o motivo de Jango se tornar o modelo para os clones.

No quesito história, Star Wars: Bounty Hunter é efetivo no que se propõe. Além disso, sendo um jogo tie-in de filmes, sua duração de pouco mais de 8 horas é eficiente para contar a história que ele deseja, além de expandir mais o universo de George Lucas.

Ainda sobre sua trama, o game possui um leque de personagens novos e conhecidos dos fãs. Mas, sem dúvida nenhuma, quem mais se beneficia da história é seu protagonista, Jango Fett, que se torna de fato um personagem interessante e que ganha o afeto do público.

Vale destacar que, por muito tempo, não só Jango quanto seu “filho” Boba foram motivos de chacota dentre os fãs, onde eles eram mostrados como personagens durões e temidos. Mas, quando parávamos para ver com calma, ambos não tinham nada de intimidadores. Com o game, Jango se mostrou um personagem de fato a ser temido, e isto para a época, foi deveras importante para a saga.

A gameplay é onde o game se mostra um produto do seu tempo

Infelizmente, diferente da sua história simples, mas efetiva, não consigo dizer o mesmo da gameplay de Star Wars: Bounty Hunter. Claro, para a época, sem dúvida este jogo serviria como um bom gastador de horas e horas para fãs da série. Contudo, algumas questões da gameplay, sobretudo os controles das armas, mostram como o game é um produto do seu tempo. Caso fosse lançado hoje em dia, é provável que o mesmo não teria as melhores opiniões.

Em muitos momentos, especialmente em locais repletos de inimigos, me vi completamente perdido para utilizar os controles e mirar nos diversos adversários. Falando nos inimigos, em muitos momentos eles me pareceram esponjas de balas, demorando mais do que o costume para serem derrotados com os disparos de Jango.

Junte isso ao level design, que foi o que mais envelheceu mal, e temos um produto que, sem dúvida nenhuma, agradou diversos fãs na inesquecível época do PlayStation 2, onde os jogos ainda estavam se descobrindo em muitos aspectos. Contudo, para os dias de hoje, seria necessário mais que uma atualização de controles para esses fatores da gameplay se tornarem menos incomodos.

Por sorte, uma questão que a gameplay se sobressai é na trilha sonora. Muitas vezes, os temas do jogo se assemelham muito as obras criadas pelo icônico John Williams para a saga dos cinemas. Assim, para fãs da saga, a imersão neste mundo lendário sem dúvida será interessante.

Conclusão

Sendo um querido de muitos fãs, Star Wars: Bounty Hunter traz um remaster que, para quem busca reviver outros tempos, é eficiente. Contudo, para jogadores novatos que quiserem experimentar um game da sua saga favorita, talvez seja interessante pensar que, em 2002, os jogos eram bem diferentes.