No último dia 18 de abril, a Riot Games, em parceria com o estúdio Digital Sun, lançou o título indie The Mageseeker: Uma História League of Legends, mais uma produção sob o selo Riot Forge que visa dar oportunidades para estúdio menores na indústria dos videogames enquanto também expande as narrativas do League of Legends.
Tivemos a chance de testar o jogo e iremos compartilhar nossas impressões nesta análise sem spoilers.
A história de The Mageseeker
Assim como Ruined King, The Mageseeker se aproveita dos conceitos estabelecidos pela equipe do League of Legends para criar uma narrativa densa, complexa e envolvente.
Nesta nova aventura, o foco é em Sylas, um Demaciano que vive os horrores da inquisição contra os magos e que se alia a outros refugiados para criar uma rebelião contra a opressão imposta pelo reino em que vive.
Em meio à essa história conturbada, somos apresentados a alguns dos personagens mais icônicos do League of Legends, tais como Lux, Morgana, Shyvanna e tantos outros. Se aventurar como Sylas certamente será um deleite para os fãs do MOBA, além de preencher muitas lacunas deixadas ao longo dos anos.
Os escritores fazem um trabalho primoroso em amarrar as muitas narrativas deixadas pela Riot em uma trama coesa e bem emocionante, além de também nos mostrar a história pela ótica dos magos oprimidos, o que é excelente.
O estilo gráfico e a trilha sonora
O Digital Sun é conhecido apenas pelo jogo Moonlighter, um RPG de ação com elementos de roguelite que se destaca por seus gráficos em estilo Pixel Art.
O estúdio carrega muito de sua identidade e expertise para The Mageseeker, transformando os tradicionais gráficos em 3D das produções da Riot em animações 2D, mas acredite, isso é um dos verdadeiros trunfos do jogo, já que permite uma performance mais elevada, assim como garantir a longevidade do jogo em termos visuais.
Não se deixe enganar pelo estilo Pixel Art, já que o jogo tem cenários e personagens extremamente detalhados, que tornam essa aventura extremamente prazerosa de se assistir e jogar.
Quanto à trilha sonora, o estúdio faz um trabalho competente em manter a qualidade de som das produções da Riot, tendo até mesmo sequências inteiras narradas pelos mesmos dubladores do League, o que é mais um ponto excelente para o time de localização da Riot.
A Jogabilidade
Apesar de parecer simples no início, The Mageseeker possui tantas possibilidades quanto seu personagem principal. Sylas tem a habilidade de absorver e replicar as habilidades mágicas de seus inimigos, sendo assim, ele consegue ter muitas opções de feitiços ao seu dispor.
Para tentar limitar e organizar as coisas um pouco, os desenvolvedores criaram uma roda de feitiços, onde é possível equipar até quatro magias distintas, cada qual com sua própria árvore de habilidades.
A sensação de poder “se apossar” dos poderes inimigos é muito divertida, além de tornar os combates ainda mais dinâmicos e diversos.
Contando com uma movimentação lateral, o jogo traz mapas bem completos e que contam até mesmo com colecionáveis e segredos relacionados a detalhes menores do League.
Outro acerto é que os desenvolvedores conseguiram criar um belo equilíbrio entre o foco narrativo do jogo e os combates rápidos, o que é um belo acerto.
Por falar em combates, prepare-se para enfrentar chefões desafiadores em batalhas épicas, cheias de muitos efeitos especiais e que elevam o trabalho da equipe artística à enésima potência.
Devo investir?
No plano geral, The Mageseeker é mais um acerto do Riot Forge e um verdadeiro presente para os fãs do League of Legends, que esperavam pela oportunidade de ver mais dessa trama de Sylas e os Demacianos sendo explorados.
Além disso, é bom ver a Riot usando seu poder e influência para ajudar a alavancar estúdios menores, que conseguem mostrar seu verdadeiro potencial.
Essa é uma história tão boa que tem potencial para ir até mesmo além dos videogames, mas será que a Riot voltará a apostar nela um dia?
The Mageseeker: A League of Legends Story já está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Microsoft Windows, Xbox One, Xbox Series X e Series S
*O Cromossomo Nerd agradece a assessoria da Riot Games Brasil por terem nos cedido uma cópia no Nintendo Switch para esta análise.