Clair Obscur: Expedition 33 | Um dos melhores RPGs do ano — ANÁLISE

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Desenvolvido pela Sandfall InteractiveClair Obscur: Expedition 33 chegou de surpresa há poucos meses. Com um trailer enigmático de anúncio, o primeiro game da empresa francesa ganhou o interesse de muitos, sobretudo os fãs de RPG de turno.

Depois de muita expectativa, pudemos análisar o game e, para minha felicidade, ele não somente se tornou uma grata surpresa, como já se tornou meu game favorito do ano até agora.

A história de Clair Obscur: Expedition 33

No mundo de Clair Obscur: Expedition 33, um evento cataclísmico afetou toda a terra. Após isso, uma entidade sobrenatural chamada de A Artífice, que durante os últimos 67 anos escreve um número no horizonte distante. Ao chegar na idade correspondente ao número, os humanos sobreviventes simplesmente desaparecem. Esse evento passa a ser chamado de Gommage.

Clair Obscur: Expedition 33

Para tentar entender o que está acontecendo, os sobreviventes da cidade de Lumiére realizam as expedições, que partem em direção a Artífice para buscar respostas. Contudo, nenhuma delas obteve sucesso. Agora, acompanhamos a Expedição 33, que dá nome ao jogo e que, por algum motivo, parece ter o destino ao seu lado na sua jornada.

Após o recente Gommage, o grupo parte para o continente, e um grupo de sobreviventes de um ataque misterioso continua com seu objetivo. O quarteto composto pelo Engenheiro Gustave, a Maga Lune, a Oráculo Sciel e a Espadachim Maelle, buscando honrar seus irmãos e irmãs, segue em direção a Artífice, e descobrem muito mais do mundo após ele ser destroçado.

Mistérios excelentes e dignos de um RPG

Desde o princípio, Clair Obscur: Expedition 33 oferece uma ambientação sem igual. Aos poucos, o jogador vai entendendo o que ocorrera naquele mundo devastado, e como os sobreviventes, mesmo a beira da perdição, buscam esperança.

Além disso, toda a construção de personagens e locais é envolta de muito mistério, que vão sendo descobertos pelos personagens e jogadores ao longo da gameplay. Essa ambientação, junto com os cenários belíssimos, faz com que os olhos dos fãs de RPG brilharem.

Clair Obscur: Expedition 33

Outro ponto excelente está na relação entre os protagonistas. Embora exista um foco maior em Gustave e Maelle, todos os membros da expedição possuem seu espaço para brilhar. Os diálogos do game, sobretudo nos momentos de respiro, são belíssimos, e fazem com que o jogador entenda melhor as motivações de cada um. Além disso, obviamente, temos um apego ainda maior por eles graças a essas interações.

A obra de arte chamada Trilha Sonora

Junto aos cenários dignos de quadros, Clair Obscur: Expedition 33 brilha na sua trilha sonora. As composições de Lorien Testard, desde para os ambientes quanto para os combates e personagens, encaixam perfeitamente no que se propõem. Além disso, o game possui uma proposta de trazer um clima Europeu para sua jornada, e a trilha tem papel crucial nisso.

Juntando os visuais e a trilha, o game oferece uma imersão excelente em todos os momentos. Durante toda minha jogatina, não me vi perdendo interesse ao iniciar alguma cena ou simplesmente entrar num local graças aos seus visuais e a sua música. Este é, sem dúvida, o ponto mais alto de Clair Obscur: Expedition 33.

A gameplay de Clair Obscur: Expedition 33

Como já dito antes, o jogo possui um combate de turnos. Em muitos momentos, o game se assemelha com os RPGs da ATLUS nas suas mecânicas, e isso é um ponto excelente. O combate do jogo é extremamente dinâmico, com os jogadores precisando aprender a ler os movimentos dos inimigos.

Clair Obscur: Expedition 33

Além dos ataques básicos, cada personagem possui habilidades únicas, que podem ser cruciais para a vitória nos combates. Estas habilidades, ao serem usadas, oferecem um pequeno quick-time event que pode fortalecer seus efeitos, tornando a batalha ainda mais tática.

Junto disso, ao ler os movimentos dos inimigos, o jogador pode se esquivar ou aparar os ataques, oferecendo uma vantagem nas lutas. Ao aparar uma série de golpes, o personagem realizará um contra-ataque poderoso, que é muito bom para lutar contra inimigos mais fortes.

Nesse aspecto, o jogo se inspira muito nos populares soulslike, com a esquiva e o popular parry sendo mecânicas importantes, mas não se tornam extremamente necessárias para o jogador poder aproveitar a narrativa. Contudo, se você, assim como eu, busca por desafios e exploração, trate de aprender a utilizar essas mecânicas.

A exploração me perdeu um pouquinho

Embora o combate seja extremamente divertido, a exploração de Clair Obscur: Expedition 33 acabou ficando um pouco aquém. Por mais que os cenários sejam belíssimos, o seu design são muito simples, não oferecendo nenhum desafio real para o jogador. Cada dungeon pode ser facilmente explorada sem muitos problemas, com puzzles aqui e alí que são o único desafio além dos monstros e chefes opcionais.

Desempenho de Clair Obscur: Expedition 33

Jogando no PS5, o game não apresentou nenhum bug ou travamento. Contudo, o modo fidelidade, onde o jogo valoriza o gráfico no lugar do FPS, passou por um pequeno probleminha. Enquanto, de fato, os gráficos ficaram ainda mais bonitos, houve uma queda significativa de FPS, especialmente nos personagens. Ao usar o modo desempenho, o FPS se manteve estável, e o gráfico continuou belíssimo.

Conclusão

Sendo o primeiro game da Sandfall Interactive, Clair Obscur: Expedition 33 foi uma excelente estreia. Com uma história enigmática e belíssima, junto de um combate envolvente e viciante, o jogo promete se tornar um dos games mais marcantes do gênero RPG.

*O Cromossomo Nerd agradece a Sandfall Interactive e a TheoGames por fornecer uma chave de acesso no PS5 para esta análise.