Anunciado como o primeiro projeto oficial do novo DCU de James Gunn, a animação Creature Commandos foi recebida com receio e surpresa pelos fãs. Afinal de contas, a equipe de monstros da DC é uma das mais desconhecidas do grande público. Porém, se pararmos para pensar no que Gunn fez com os Guardiões da Galáxia, parece uma decisão acertada.
Apresentando A Noiva, Doninha, Doutor Fósforo, Nina Mazursky, G.I. Robô e Rick Flag Sr, a equipe embarca numa aventura ahlá o famigerado Esquadrão Suicida.
O Cromossomo Nerd pôde conferir a animação antes da sua estreia, e fico feliz em dizer que sim, ela é um bom começo para o novo capítulo da DC. Porém, existem uns probleminhas que precisam ser pensados.
A história de Creature Commandos
Na trama, Rick Flag Sr. (Frank Grillo) recebe a missão de proteger a herdeira do trono de um país europeu, que está sendo ameaçada pela feiticeira Circe (Anya Chalotra). Para isso, Amanda Waller (Viola Davis) dá a Flag a liderança da Força Tarefa M, os Creature Commandos.
O grupo tem um bom tempo de tela, e possuem um desenvolvimento interessante. Contudo, a animação possui um sério problema de ritmo. Em muitos momentos me vi começando a me interessar por uma trama e, logo depois, ela ser resolvida de forma abrupta e rápida, pois o episódio precisava acabar.
Além disso, uma escolha dos produtores que considero errada foi a de, em toda e qualquer cena de ação importante, colocarem uma música aleatória. Você deve pensar “Ah, mas o James Gunn fez isso nos Guardiões da Galáxia e funcionou”. e isso é verdade. Porém, o êxito no filme da rival da DC se dá pelo ritmo da história correr bem, e as músicas encaixarem na história.
O humor também falha um pouco
Outro fator que, infelizmente, perdeu um pouco a mão, foi o humor. Não me leve a mal, o roteiro do James Gunn ainda é bem engraçado em certos momentos, mas acredito que o formato escolhido para série, que foi de 8 episódios de 20 minutos, não favoreceu. Muitas piadas parecem forçadas ou soltas, especialmente com o problema de ritmo que a produção já possui devido ao seu curto tempo.
Os personagens de Creature Commandos
Pelo menos, apesar dos problemas de ritmo, a animação consegue desenvolver seus personagens de uma forma boa. Todos os protagonistas, pelo menos em partes, conseguem ter momentos bons e interessantíssimos, especialmente o Doninha, o G.I Robot e, para minha surpresa, o Frankenstein.
Mesmo com a curta duração dos episódios, James Gunn conseguiu tirar bons momentos da grande maioria dos protagonistas. Confesso que, a princípio, me decepcionei com a participação de Rick Flag Sr na trama, pois o mesmo mais parece uma participação especial após um período.
Ainda assim, o roteiro de James Gunn consegue, até certo ponto, tirar grandes momentos dos protagonistas graças ao desenvolvimento que eles recebem. Além disso, a abordagem do seu passado, embora em muitas partes pareça apressado, funciona, sobretudo a do Doninha, que é o único personagem que já conhecíamos.
A ação até que é boa, mas…
Outro ponto a destacar está nas cenas de ação e na animação das mesmas. Apesar do estilo da série ter me lembrado outras animações por aí com alguns problemas, Creature Commandos consegue apresentar o máximo possível do que lhe foi dado. As cenas de ação funcionam bem, principalmente quando o roteiro utiliza bem os poderes e habilidades de cada personagem.
Conclusão
No fim das contas, a animação é um bom começo para o novo DCU. Contudo, o roteiro e o formato escolhido para a mesma são um erro que faz com que a produção não consiga se aprofundar demais nos seus temas e personagens. Ainda assim, é uma boa pedida para fãs da DC que buscam o novo rumo dos seus heróis favoritos.