Em 23 de maio, chega aos cinemas o remake em live-action de Aladdin, uma das animações mais clássicas da Disney e marcou a geração daqueles que cresceram durante os anos 90.
Assim como na trama clássica, o remake narra a história de Aladdin, um ladrão de rua que acaba conhecendo uma princesa e se apaixonando por ela. Ao longo de sua jornada, Aladdin é capturado pelo Grão-Vizir, que o leva para uma caverna recheada de tesouros, onde encontra uma lâmpada mágica e conhece um Gênio que promete lhe realizar três desejos.
No papel de Aladdin, temos o ator Mena Massoud, que consegue ser bem carismático no papel principal e demonstra um excelente talento vocal, além de ser um ótimo dançarino.
Acompanhando Massoud, temos Will Smith no papel de Gênio da Lâmpada, que oferece uma nova roupagem para o personagem e resgata muito do carisma empregado por Robin Williams na animação original. Como era de se esperar, Smith é um dos que mais se destaca na trama, levando com destreza a irreverência do Gênio e realmente mostrando uma aura mágica quando entra em cena.
Quem também se destaca é a atriz Naomi Scott, que dá vida à Princesa Jasmine. Na nova versão, Jasmine ganha mais destaque e mais camadas de profundidade, o que explica o fato dela nunca achar o príncipe certo para se casar, além de se impor como a líder que a cidade de Agrabah merece. Além disso, o destaque também fica pelas novas cenas musicais da personagem, com canções inéditas que são muito bem interpretadas por Scott.
Embora Marwan Kenzari seja competente como Jafar, não podemos dizer que ele consegue despontar na trama, sendo apenas um elemento do roteiro para fazer a história andar. O senso de perigo não conseguiu ficar tão evidente através da atuação dele.
O longa dirigido por Guy Ritchie conta com diversos elementos visuais característicos do diretor, tais como cenas em câmera lenta e em plano sequência, recursos estes que se encaixam muito bem com os movimentos de parkour usado por Aladdin para fugir de guardas e outras situações de perigo. Algumas cenas incomodam um pouco por terem um efeito acelerado, principalmente no início do longa, mas não é nada que afete o produto como um todo.
Os efeitos especiais não são perfeitos, contudo, os efeitos especiais são deslumbrantes e deixam tudo muito mais realista. Embora o Gênio de Smith fique cartunesco demais em alguns momentos, você acaba se acostumando.
O que realmente chama a atenção é o esforço que a equipe de produção teve para recriar a atmosfera Árabe da trama, seja pelos cenários, figurinos, danças e tudo o mais. Por falar em figurinos, eles estão simplesmente impecáveis, principalmente quando Jasmine entra em cena.
O filme transmite com precisão os costumes árabes e cria verdadeiros espetáculos através das sequências de música e dança, com destaque especial para a chegada do Príncipe Ali em Agrabah e a dança de Ali com Jasmine.
Guy Ritchie consegue recriar com perfeição momentos icônicos da animação original, levando os fãs mais assíduos às lágrimas por verem algo que fez parte de sua infância ganhando vida. Assim como Aladdin faz com Jasmine, o filme nos leva em um passeio de tapete mágico pelos Emirados Árabes.
A trama também ganha uma encorpada, dando uma base melhor para eventos que não eram tão explicados no original. Quem agrega muito é a nova personagem, Dalia (Nasim Pedrad), criada de Jasmine.
Assim como na animação original, Abu, o macaquinho companheiro de Aladdin, é extremamente divertido e carismático, bem como Iago, animal de estimação de Jafar, que é tão traiçoeiro, perverso e sarcástico quanto o original.
Foi lindo ver uma singela homenagem ao Gênio de Robin Williams, que embora seja pequena, será facilmente reconhecida pelos fãs.
É emocionante ouvir as canções compostas por Alan Menken com novos arranjos e atualizadas para os dias de hoje. O fato de Smith cantar algumas delas também permite a introdução de alguns elementos de hip hop, que combinam perfeitamente com as sedutoras melodias orientais.
Aladdin se mostra mais uma grande homenagem da Disney para si mesma e com certeza deixará os fãs felizes. O longa faz com que o público volte a ser criança e vibre com o que está vendo em tela.