[CRÍTICA] Deadpool & Wolverine tira Hugh Jackman da aposentadoria do jeito certo

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Desde a aquisição da Fox pela Disney, a integração dos universos cinematográficos de super-heróis gerou muita expectativa e especulação. Deadpool & Wolverine é a mais recente resposta a essa fusão, prometendo misturar o humor irreverente de Deadpool com a intensidade sombria de Wolverine. Dirigido por Shawn Levy, este filme oferece uma aventura que, ao mesmo tempo que celebra o passado, aponta para o futuro do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU).

História de Deadpool & Wolverine

Deadpool com a AVT

A trama do filme segue Wade Wilson (Ryan Reynolds), que, após uma grande decepção, decide se aposentar da vida de anti-herói e se torna um vendedor de carros. No entanto, a Autoridade de Variância Temporal (AVT), a mesma organização vista na série Loki, sequestra Deadpool e o informa que sua realidade está prestes a ser extinta. Para salvar seu universo e seus entes queridos, Wade deve unir forças com Wolverine (Hugh Jackman), que é retirado de sua “aposentadoria” após os eventos de Logan (2017).

O filme começa de forma relativamente lenta, com explicações sobre o multiverso e a AVT que podem parecer confusas para quem não assistiu a série Loki. No entanto, uma vez que Deadpool e Wolverine se encontram, a química entre Reynolds e Jackman torna-se o ponto alto do filme. Reynolds, como sempre, entrega uma performance cheia de energia e sarcasmo, enquanto Jackman traz uma profundidade emocional a Wolverine, equilibrando perfeitamente o humor caótico de Deadpool.

A presença da antagonista Cassandra Nova (Emma Corrin) adiciona uma camada extra à trama, mesmo que sua personagem não receba tanto desenvolvimento quanto poderia.

Direção e Trilha Sonora

Deadpool e Wolverine lutando

Visualmente, o filme mistura o estilo de quadrinhos com efeitos especiais modernos, embora alguns momentos pareçam excessivamente dependentes de CGI. As cenas de ação, no entanto, são um espetáculo à parte, com sangue, membros decepados e uma coreografia que captura a essência dos personagens.

A trilha sonora é outro destaque, trazendo clássicos dos anos 80, 90 e 2000 que complementam perfeitamente a atmosfera nostálgica do filme. Canções como “Bye Bye Bye” do N’SYNC e “Like a Prayer” de Madonna são usadas de maneira inteligente, aumentando o impacto emocional de certas cenas.

A Dinâmica de Deadpool & Wolverine

Deadpool, Dogpool e Wolverine

O roteiro aposta na dinâmica de buddy cop, onde dois personagens contrastantes precisam trabalhar juntos. Isso funciona bem, com piadas rápidas e uma série de referências culturais que agradam tanto aos fãs hardcore quanto aos espectadores mais casuais. A direção de Levy é eficaz, mantendo um ritmo rápido e aproveitando ao máximo as cenas de ação, que são brutais e coreografadas de maneira bacana.

As participações especiais e referências são abundantes, e algumas delas realmente surpreendem, trazendo bastante risos e nostalgia. No entanto, essa enxurrada de referências pode ser um pouco excessiva para quem não está tão familiarizado com o universo expandido da Marvel.

Conclusão

Deadpool & Wolverine não tenta revolucionar o gênero de filmes de super-heróis, mas oferece uma experiência divertida e satisfatória. É uma carta de amor aos fãs, repleta de humor, ação e momentos emocionantes. Embora não resolva todos os problemas do MCU, o filme demonstra que ainda há muito potencial nas mãos certas. Reynolds e Jackman brilham juntos, entregando uma aventura que tanto honra o legado da Fox quanto abre novas possibilidades para o futuro.