[CRÍTICA] Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania | Um início morno e sem sal para a Fase 5 do MCU

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O Homem-Formiga se tornou um dos personagens mais populares da Marvel nos últimos anos. Apesar de ser um dos membros-chave dos Vingadores nos quadrinhos, o personagem não tinha lá muitos seguidores antes do lançamento de seu filme solo em 2015. De lá para cá, o personagem adquiriu uma importância colossal e um dos principais pilares desse universo.

Com o MCU iniciando sua quinta fase, prometendo uma nova grande saga e um novo grande vilão para suprir os feitos de Thanos na Saga do Infinito, o modesto Scott Lang (Paul Rudd) fica a cargo do pesado fardo de introduzir tudo na primeira grande aventura dessa tão esperada etapa.

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania começa estabelecendo Lang como um personagem famoso e popular dentro do universo da Marvel, graças a seu status de salvador do mundo por ter derrotado o Titã Louco ao lado dos Vingadores, além de ter trazido de volta todos que foram apagados pelo Blip.

Como a “alegria de pobre dura pouco”, o herói acaba se envolvendo em outra confusão com sua filha Cassie (Kathryn Newton) e toda sua família diminuta, fazendo com que todos sejam mandados ao Reino Quântico.

Como dissemos acima, Quantumania tem a missão de começar tudo, preparar o terreno para a grandiosidade que virá a seguir. Entende-se que não há uma necessidade de imediato para a Marvel mostrar todo o potencial que o futuro promete, principalmente em termos da ameaça imposta por Kang, mas temos de concordar que isso precisa ser, no mínimo, convincente, certo?

O longa é extremamente artificial até mesmo para os padrões da Marvel e em alguns momentos desconexo com sua própria realidade. Cheio dos artifícios já conhecidos nesse universo, sente-se a total falta de identidade particular do núcleo dos personagens, além das totais sacadas baratas na narrativa para tornar as coisas extremamente convenientes, tentando convencer o espectador de que tudo aquilo é realmente necessário para o andamento da história.

A nova aventura da Marvel até tenta criar uma atmosfera de novidade, se esforçando para impressionar com visuais completamente plásticos, mas tudo parece sem inspiração, desde os cenários até os recursos usados pelos próprios personagens, criando uma sensação de que o filme existe apenas para cumprir uma agenda e ocupar um espaço.

Se a missão do longa era apenas a de desenvolver melhor o personagem Kang (Jonathan Majors), o novo supremo e absurdo grande vilão do MCU, podemos dizer que ele foi, em suma, desperdiçado como boa parte dos vilões já apresentados nos filmes da Marvel até aqui. Ou seja, a Marvel evidencia novamente que não sabe convencer com seus antagonistas, se perdendo em tentar distribuir de forma igualitária e competente o protagonismo entre os vilões e os heróis.

Como se o desperdício de Kang não fosse o bastante, o longa também acaba prejudicando a primeira aparição de MODOK (Corey Stoll), que não serve nem mesmo como alívio cômico.

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é apenas mais um filme padrão da Marvel, desenvolvido apenas para introduzir conceitos que serão desperdiçados em vícios criativos e dando mais uma vez a prova de que o estúdio pode estar completamente sem norte do que fazer com suas histórias.