Na última sexta-feira, chegou ao catálogo da Netflix a aguardada segunda temporada de O Mundo de Sombrio de Sabrina. Se você acompanha nosso site, provavelmente deve ter lido nossas primeiras impressões falando sobre os cinco primeiro episódios da série.
Primeiramente, devo ressaltar que minhas impressões sobre os episódios iniciais da série se mantém e todo aquele ritmo cansativo e desconexo com a proposta principal da trama realmente não empolga, mas, do sexto episódio em diante, as coisas mudam completamente e parece que estamos vendo outra série com uma nova equipe de produção.
A partir do sexto episódio, tudo que havia sido ruim e mal explorado anteriormente, ganha um desenvolvimento absurdo e vemos uma série que faz com que você não queira desgrudar os olhos da tela.
Temos ali a Sabrina que todos ansiavam, que toma as rédeas de sua própria série e esbanja misticismo e magia. A atuação da atriz Kiernan Shipka consegue mostrar versatilidade e ressalta o quão carismática ela pode ser, até mesmo em cenas onde tenha que cantar.
Todos os dramas sociais apresentados de forma truncada, que tiravam o foco do lado surreal da trama são retrabalhados e implementados na trama de maneira espetacular e coesa, na verdade, vemos finalmente as bruxas mostrando o seu poder e isso é ótimo.
Embora os relacionamentos amorosos ainda pareçam um pouco sem sal, a segunda metade da temporada deixa eles mais naturais e fluídos. A sensação que temos, é que toda a temporada poderia ter sido excepcional se os eventos dos quatro últimos episódios tivessem sido diluídos em episódios menores.
Mesmo com uma diminuição no número de episódios em relação à temporada anterior, eles ainda são muito longos (cerca de 1 hora cada) cansativos, principalmente durante os cinco primeiros, que não agregam em praticamente nada para o que realmente brilha na série.
Os quatro episódios finais de O Mundo Sombrio de Sabrina mostraram o quão grandiosa a personagem e a série podem ser, mergulhando de vez no abismo das trevas e magia, dando ao público o que lhes foi prometido desde início. Infelizmente, o gato Salém continua extremamente apagado, o que é um problema grave quando consideramos o quão importante e carismático o personagem pode ser.
Depois do que foi mostrado nesses quatro últimos episódios, fica difícil imaginar como eles conseguirão superá-los em uma terceira temporada, ainda mais quando levamos em conta de que muitos arcos narrativos foram encerrados. Apesar disso, esperamos que eles sigam no caminho dos acertos e reconheçam que a produção precisa de uma mudança estrutural.