[CRÍTICA] Os Caça-Fantasmas: Mais Além | O equilíbrio perfeito entre nostalgia e novidades

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Caça-Fantasmas é uma das franquias mais populares que existem. Embora não tenha o mesmo apelo de outras grandes sagas recordistas de bilheterias, todo mundo sabe do que estamos falando quando o assunto entra em pauta (ou quando toca a icônica música-tema).

Surgindo lá nos queridos anos 80, a história de quatro marmanjos que decidem provar ao mundo a existência da vida após a morte, além de combater os problemas causados por essas identidades em Nova York, virou um hit absurdo e, definitivamente, marcou uma era.

Agora, quase quarenta anos depois, o enredo de Caça-Fantasmas: Mais Além nos mostra que esses personagens e suas histórias foram esquecidos, para dar lugar à uma nova era narrativa.

Ignorando completamente a última tentativa de dar um novo fôlego à franquia, o novo filme escolhe um caminho que logo de início já ganha os espectadores.

Os Caça-Fantasmas originais se separaram e não houveram mais incidentes fantasmagóricos relevantes após o ataque de Nova York em 1984. E eles não simplesmente se separaram, houve uma ruptura brusca entre os quatro amigos.

Anos depois, uma mãe solteira (Carrie Coon) recebe a notícia de que seu pai, que ela mal conhecia, faleceu. Então ela e seus dois filhos (Finn Wolfhard e Mckenna Grace) se mudam para a velha casa herdada do falecido e descobrem segredos estranhos por lá.

A diversão é o ápice de Mais Além. O filme busca entreter o espectador apresentando uma aventura gostosíssima de assistir, com um enredo simples, mas extremamente divertido e com personagens extremamente carismáticos. Para quem já conhece os Caça-Fantasmas das antigas e é fã, Jason Reitman – filho de Ivan Reitman, o diretor do filme original – insere um monte de referências e elementos para instigar o sentimento de nostalgia.

Com certeza, o mérito aqui é justamente a mistura perfeitamente homogênea entre ambas as escolhas narrativas que funcionam em harmonia no conjunto geral da história.

Existem repetecos que não adicionam tanta novidade assim, claro, mas a apresentação destes mesmos elementos, personagens, objetos e ideias, junto aos novos personagens, cenários e aspectos temporais, acabam tornando o filme uma visão repaginada da versão original, respeitando suas bases para agradar os fãs antigos e implementando elementos que atraem os fãs novos e proporcionam um entretenimento de qualidade.