[CRÍTICA] Para Todos os Garotos que já Amei | O 13 Reasons Why com final feliz

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Em 17 de agosto, chega ao catálogo da Netflix o mais novo filme original da plataforma: Para Todos os Garotos que já Amei. A produção adapta a história do livro escrito por Jenny Han, onde acompanhamos a história de Lara Jean, uma garota que nunca namorou e acaba se vendo cortejada pelos meninos que ela mais ama, de uma só vez.

Lara Jean (Lana Condor), é uma garota de 16 anos que nunca namorou, porém escreveu 5 cartas de amor para todos os garotos que ela já amou um dia. Esse é o início de uma trama divertida, simples e voltada para o público adolescente.

Depois que as cartas de Lara acabam sendo entregues acidentalmente para os destinatários, a vida da garota vira de cabeça para baixo, o que faz com que ela acabe descobrindo um amor improvável e, mais importante, aprenda a amar.

Assim como a Hannah Baker de 13 Reasons Why, Lara Jean também precisa passar por algumas provações e difamações, claro, não no mesmo nível que Hannah, porém ela também precisa lidar com um ambiente escolar hostil e uma vida amorosa conturbada, sem contar o fato de que ela perdeu sua mãe enquanto ainda era muito jovem, tendo de crescer sob os cuidados de seu pai e de sua irmã mais velha, Margot (Janel Parrish).

É interessante vermos como Lara lida com as adversidades em seu caminho, principalmente aquelas que tentam denegrir sua imagem publicamente. No fim das contas, assim como nos contos de fadas, tudo acaba bem. Mesmo que a trama pareça superficial e irreal, é bom vermos que a morte não é a solução para os problemas.

Embora a trama fique focada principalmente em Lara Jean e em Peter Kavinsky (Noa Centineo), o longa também conta com ótimas aparições da irmã mais nova de Lara, Kitty (Anna Cathcart), de seu pai, Dan (John Corbett) e de Josh Sanderson (Israel Broussard), o ex-namorado de Margot.

Por se tratar de um filme adolescente da atualidade, o longa dala de temas como inclusão das minorias, sexo e tudo o mais que cerca o núcleo, entretanto, ele não busca de fato abordar preconceitos e estigmas, na verdade, esses temas acabam sendo aceitos com naturalidade, o que é algo bem diferente do que estamos acostumados.

A comédia é um ponto forte da narrativa, que acaba envolvendo os espectadores e deixando o longa mais dinâmico. Uma coisa que fica bem clara é que a Netflix entende seu público-alvo e sabe exatamente onde concentrar seus esforços. A gigante do streaming está disposta a resgatar a tradição imposta por estúdios durante os anos 90/2000, onde muitas atrizes adolescentes foram lançadas ao estrelarem romances adolescentes de sucesso.

A carismática Lana Condor pode figurar ao lado de nomes como Selena Gomes, Miley Cyrus, Amanda Bynes e Hillary Duff, no hall de idolatria das adolescentes, já que ela mostra que é capaz o bastante para sustentar a trama e cativar o público.

Considerando que a história adapta apenas o primeiro livro da trilogia escrita por Jenny Han, com certeza veremos outros longas da saga sendo lançado, já que o primeiro promete ser um enorme sucesso com os fãs.

A diretora Susan Johnson soube trabalhar com o roteiro de Sofia Alvarez, adaptando com maestria a obra de Han. Obviamente, não se pode falar muito sobre a história sem estragar algumas surpresas, porém vale ressaltar que o filme possui um romance interessante, ótimos momentos de humor e personagens muito carismáticos, ou seja, a combinação perfeita para um romance adolescente de sucesso.

NOTA: 4.6/5