[CRÍTICA] Um Lugar Silencioso | Engole o choro!

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Chegou aos cinemas nesta quinta feira o terror Um Lugar Silencioso, e acredite, você ficará aterrorizado.

Dirigido, roteirizado e atuado por John Krasinski, a trama acompanha a família Abbott na tentativa de sobreviver ao apocalipse. Quando uma misteriosa ameaça surge, a única chance de sobreviver é não fazer barulho, silêncio absoluto.

Krasinsk ficou conhecido por sua atuação na série The Office, e embora tenha dirigido e roteirizado outros projetos anteriormente, é com Um Lugar Silencioso que ele sela de vez seu nome nas grandes produções Hollywoodianas. Atuando ao lado de sua esposa na vida real, a belíssima e talentosa Emily Blunt, os dois entregam uma belíssima química em tela, mostrando que são tão apaixonados um pelo outro quanto por suas profissões.

Embora o longa tenha uma trama simples, a história não perde tempo dando explicações sobre de onde a ameaça veio ou de como era a vida da família antes que tudo desmoronasse, o que é ótimo, afinal, já vimos inúmeros filmes do gênero que fazem exatamente isso.

Ao lado do casal principal estão as crianças Noah JupeMillicent Simmonds, igualmente talentosos, apesar da pouca idade. As crianças realmente transpiram as dificuldades e os temores desse novo mundo, e se encaixam perfeitamente em seus papéis e na trama como um todo.

O grande diferencial do longa é sem dúvidas sua incrível fotografia e trilha sonora e mixagem de som impecáveis. Embora seja um filme silencioso, a trilha precisa estar intensamente presente para compor a tensão e dar a ideia de estarmos ouvindo com os ouvidos dos personagens, o que é impressionante.

Usando paisagens desoladas, a direção de arte se sobressai ao saber balancear momentos de sombra e luz, além do enquadramento impecável que transmite a sensação de abandono e apreensão.

Por ser um filme com um núcleo de atores extremamente pequeno, o longa precisa apostar que o talento da família principal seja o suficiente para segurar a atenção do espectador, e eles cumprem a missão com louvor.

Apesar de algumas decisões questionáveis no roteiro, o longa consegue ser extremamente envolvente e cativante. A sensação de pânico e a pressão do silêncio é sentida por todos os espectadores, e isso se deve ao fato do filme ser corajoso o suficiente para nos chocar logo em seus primeiros minutos, não deixando margem para dúvidas de que a ameaça realmente é real.

Não espere um terror clichê e com jump scares esporádicos, mas sim, um filme com uma ótima carga dramática e atores que sustentam bem seus papéis, exibindo uma ótima química em tela.

NOTA: 4,3/5