[CRÍTICA] Venom: A Última Rodada | Nem o vilão quis se esforçar

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Venom: A Última Rodada chega aos cinemas com a promessa de encerrar a trilogia do simbionte mais famoso do Universo Marvel, mas será que o último filme dessa jornada entrega o final que os fãs mereciam? Com certeza não!

Vilão cadeirante

Venom e Eddie Brock conversando

Dirigido por Kelly Marcel, que também assinou o roteiro dos dois filmes anteriores, Venom: A Última Rodada tenta, com muito esforço (acho que nem tentaram de verdade), equilibrar a galhofa e a ação frenética que marcaram a franquia. Tom Hardy volta a dar vida ao carismático Eddie Brock e ao simbionte Venom.

A trama é bem simples, Eddie Brock, agora um foragido, se vê perseguido tanto pelas autoridades quanto por criaturas alienígenas enviadas por Knull, o criador dos simbiontes. O vilão, interpretado por Andy Serkis, não faz absolutamente nada! Ele passa o filme todo sentado em um trono. Eu até acho que o vilão pode ser cadeirante, sei lá, ele não levanta para nada. Ele fica mandando seus minions resolverem seus problemas.

O Amor entre Venom e Eddie continua…

Venom e Sra. Chen dançando

Mas o verdadeiro destaque do filme, claro, é o bromance entre Eddie e Venom. Sim, eles discutem, brigam e, ocasionalmente, até se amam. Tudo isso com uma química que nos lembra… que Tom Hardy provavelmente tem muito tempo livre em suas mãos. Há até uma cena maravilhosa (pelo menos é o que a equipe do filme quer que você acredite) onde Venom monta um cavalo. Mas confesso para vocês que a cena do Venom dançando com a Sra. Chen me tirou boas gargalhadas.

Venom: A Última Rodada parece estar sofrendo de uma crise de identidade: não sabe se quer ser uma galhofa de ação descompromissada ou uma conclusão épica para a saga do anti-herói. No fim, o filme decide que não precisa ser nenhum dos dois. As promessas de um grande encerramento são rapidamente ofuscadas por um roteiro que parece ter sido escrito durante o café da manhã e por personagens tão bem aproveitados quanto aquele presente esquecido no fundo do armário. No final das contas, a franquia já deveria ter encerrado antes, e talvez o maior acerto do filme seja justamente reconhecer que, às vezes, é hora de parar mesmo.

Conclusão

No final das contas, Venom: A Última Rodada é como aquele último pedaço de pizza que você encontra no fundo da geladeira. Você sabia que já estava ruim, mas comeu de qualquer jeito, porque, bem, estava ali. O filme entrega exatamente o que você esperava: nada. Mas o faz com tanto entusiasmo que quase dá vontade de perdoá-lo. Ou não.