Tem havido bastante ansiedade sobre os detalhes de Dark Nights: Metal, um dos vindouros eventos da DC no Rebirth, que trará a reunião de Scott Snyder e Greg Capullo desde seu trabalho em Batman, finalizado no ano passado, junto com toda a linha editorial que deu lugar ao Renascimento. O evento também estreará a linha Dark Matter, que contará com novos personagens e interpretações de conceitos existentes no universo DC.
O quadrinho, que será lançado em agosto e começa no verão americano com as edições prelúdio Dark Days: The Forge e Dark Days: The Casting, girará ao redor da descoberta do “Dark Multiverse” (um Multiverso Sombrio, em uma tradução livre), que impelirá a história adiante. Snyder manteve seus lábios selados sobre a natureza exata da ameaça que o Multiverso Sombrio apresentará, mas ele rapidamente declarou que não é nada que você possa pensar.
Na verdade, Snyder quer que os leitores saibam que, apesar dos títulos conjurarem com frequência a palavra Dark (que significaria essencialmente “sombrio”, nesse contexto), a história em si não é “sombria” da maneira que os leitores podem imaginar – É sobre celebrar a loucura fantástica do universo DC através de armaduras de combate, dinossauros, robôs e parcerias inusitadas entre super-heróis.
O CBR (na matéria original) conversou profundamente com Snyder no começo desse mês para saber como as edições únicas de Dark Days levam até Dark Nights: Metal, aprender sobre o papel que o Batman tem na história, a importância do Metal Enésimo – substância do planeta Thanagar e parte crucial da mitologia do Gavião Negro – e como a história se coordena com Doomsday Clock, a recém-anunciada continuação de The Button e dos elementos de Watchmen introduzidos no Renascimento da DC.
CBR: Scott, o quanto essa história te trouxe para a Costa Oeste e os escritórios da DC ultimamente? Parece que foi bastante.
Scott Snyder: Foi bastante. Quase todo mês. Fazer esses eventos é trabalhoso, mas é divertido. É mesmo um sonho, porque eu consigo trabalhar ao lado de tantos artistas e escritores diferentes. Essa é a emoção disso – Josh Williamson, James Tynion, conseguir trabalhar com eles em quadrinhos.
Isso é um pouco diferente para você.
Super diferente.
Com você e Greg em Batman, era uma história que funcionava por conta própria, assim como em All-Star Batman (ainda não publicado no Brasil). Como essa experiência foi para você?
Por um lado, é super assustador, porque eu uso todos esses personagens e elementos da DC que sempre amei, mas nunca pude escrever. Dessa vez, estamos indo para todos os lugares – De lugares que você conhece, da Fonte até Atlântida e todos os lugares, com personagens que eu acredito que você não esperava ver Greg desenhando ou eu escrevendo. Iremos também para novíssimos lugares que estamos inventando, enquanto expandimos a cosmologia da DC.
É muito emocionante nesse sentido, mas também tivemos grandes eventos que vieram antes, de Geoff Johns e Grant [Morrison] até Odisseia Cósmica; Crise [nas Infinitas Terras], obviamente. É uma tradição intimidante e eu com certeza não vou fingir que podemos chegar aos pés de algumas dessas coisas, mas, ao mesmo tempo, vamos com tudo. O que eu espero que vocês sempre tenham apreciado, se são leitores dos nossos materiais,é que amamos trabalhar juntos. Não temos folga, eu ainda conversava com ele quase todo dia enquanto ele fazia Reborn [na Image] e eu fazia All-Star.
Dessa vez, se vamos nos unir de novo, queremos explodir as portas – Lanterna Verde, Aquaman, Ciborgue, Gavião Negro, Batman, Superman, Mulher-Maravilha. Vamos só fazer uma grande festa de Rock and Roll – Se Frazetta e Jack Kirby tivessem um filho com uma trilha sonora de Heavy Metal, seria esse evento. Armaduras de combate, dinossauros, robôs. Foi feito pra ser uma celebração dos quadrinhos e um “obrigado” aos fãs, sinceramente. Vamos com tudo.
Isso com certeza nos diz o que esperar do tom, mas todas as revelações de Dark Days e Dark Nights até agora foram bem vagas quanto a história real. O que você pode dividir sobre Dark Nights: Metal e como isso evolui das duas edições únicas iniciais?
Eu vou entregar algumas coisas, embora não devesse. Acredite, se coubesse a mim, eu manteria tudo em segredo para que, quando as cortinas se abrissem, nós aparecêssemos no palco e arrebentássemos o máximo que pudéssemos.
Quero que vocês entendam pra onde vamos. Tudo começa com o prelúdio, Dark Days: The Forge e Dark Days: The Casting. É escrito pelo James Tynion, mas a trama foi feita por nós dois. Isso indica os grandes mistérios de Metal. Teremos três narrativas em paralelo _ uma focada no Gavião Negro, uma no Batman e uma que eu não quero dizer de quem é. Seguimos todas as três histórias através dos diferentes elementos do mistério que remonta ao começo do universo DC, e dá pistas dos elementos que aparecerão em Metal. Também aponta como os quadrinhos do selo Dark Matter estarão integrados ao universo DC, e como eles são empolgantes. Então vocês terão todo o tipo de surpresas nesse prelúdio de duas edições.
Honestamente, Dan [DiDio] e Jim [Lee] falaram que nós tínhamos “muita coisa em mãos, Greg não fará isso caber em seis edições.” “Ok, vamos fazer um prelúdio.”
O que eu direi sobre Metal é que falamos muito sobre “Dark”, mas a razão é que o evento se foca na Liga da Justiça descobrindo um novo ramo da cosmologia da DC chamado “the Dark Multiverse.” Veio da fascinação que eu tenho com a ideia de Matéria Negra, Energia Escura. Meu filho menorzinho, que tem cinco anos, amo o programa de TV Cosmos e eu assisto com ele o tempo todo, mas ele pensa que Neil deGrasse Tyson se chama “Cosmo”, o que me diverte. Ele sempre diz “Olha, o Cosmo está na espaçonave de novo, papai!”
Mas me marcou muito quando, anos atrás, eu estava vendo com ele que a vasta maioria do nosso universo é essencialmente feita de Matéria Negra e Energia Escura; coisas que não podemos nem perceber, senão seus efeitos. Eu segui pensando “E se essa grande cosmologia que todos, de Grant até Geoff, montaram teve uma formação similar?” Onde o multiverso que nós conhecemos não envolve esse vasto oceano de possibilidade é o Multiverso Sombrio.
A história é amplamente contada sobre a Liga da Justiça descobrindo isso e um certo membro acidentalmente abrindo um buraco que permite a entrada desse Multiverso Sombrio de um jeito que é muito, muito assustador e perigoso. Eu quero que as pessoas se surpreendam – Eu acho que não é o que você pensaria. Pela terminologia, você apenas pensaria “Ah, são só versões assustadoras,” mas não são. É algo muito maior e diferente disso.
O evento em si é sobre exploração. É sobre as maneiras que nossos heróis nos fazem corajosos, para avançar na escuridão e explorar. Não posso esperar para que as pessoas vejam isso.
E isso é muito mais do que se esperava que eu falasse. [Risos] Mas eu sinto que, no mínimo, isso dará um senso do tamanho e maneira que estaremos brincando com essa cosmologia montada pelos meus escritores e desenhistas favoritos nos muitos eventos e histórias da DC.
As coisas estão indo muito bem na DC agora. Estamos muito satisfeitos com a forma como o Renascimento foi desenvolvido; Geoff fez um grande trabalho. Se esse evento é realmente cobre trazer os personagens clássicos de volta e restaurar o legado e honrar alguns dos grandes clássicos na DC, então nós seremos meio que o irmão malvado que vai criar novas coisas doidas. Tentaremos criar coisas que sejam arriscadas e diferentes e faremos como um “obrigado” aos fãs, pois, quando as coisas vão bem, eu sinto que é a hora certa de voltar para a mesa e arriscar uma aposta. Esse evento é muito assim.
É quase como o gêmeo esquisito do Renascimento – e certamente foi feito com isso em mente. Eu devo um monte ao Geoff. Ele me teve desde novembro e então em dezembro, para analisar toda a história e preparar o lançamento, ter certeza de que estaríamos em sintonia com o que ele está fazendo em Doomsday Clock. Ele foi incrível.
Tem sido corrido. É muito intimidador. Mas eu vou numa caverna com o Greg e somos nós dois e Jon Glapion, e FCO, e Mark [Doyle] e [Rebecca Taylor], a equipe editoral, e trabalhamos muito juntos, é como sair com seus amigos e eu realmente espero que essa energia esteja visível para o público quando eles forem ler. Porque isso é realmente sobre robôs, dinossauros e insanidades oriundas do espaço na edição #1. Eu quero que isso tenha o sentimento de “Gibis podem ser divertidos. Gibis podem te fazer rir com sua energia brincalhona.” E eu sempre amei isso, especialmente sobre eventos da DC. Eu acho que os eventos da Marvel são muito mais pé no chão na maioria das vezes – o que é bom. Acredite, eu li cada evento Marvel quando me preparei pra isso, e vários são incríveis, de Guerra Civil até Invasão [Secreta], Reinado Sombrio.
Mas eu acho que a DC às vezes é mais divertida nos eventos e eu amo isso sobre eles. Então, tentar seguir esse espírito, onde iremos endoidar nas páginas enquanto contamos uma grande história, tem sido um desafio.
Um que me empolga bastante. Eu estou assustado, acredite – Eu sei a pressão que existe pra isso. Eu tenho ataques de pânico, e isso me deixa sem dormir de vez em quando – mas existe uma razão para eu passar por isso – e é porque eu acredito que nós temos uma história que faz algo muito diferente do que as pessoas já viram antes, e também envolve vários dos meus elementos cósmicos favoritos, meus elementos narrativos, de histórias que fizeram de mim um escritor, pra começar. Eu estou empolgado com isso.
Essa foi uma resposta bem “labirintosa”! [Risos] Fiquei perdido no Multiverso Sombrio da minha própria mente.
E isso é bom! Que personagens terão destaque nisso? Você já citou Batman e Gavião Negro.
Todos nessa história terão uma grande missão. Sem entregar muito sobre a tarefa deles, cada um é encarregado com algo muito importante para salvar o UDC dessa invasão. E teremos times. Então são personagens que você não esperaria ver juntos – todo mundo de Exterminador até Mulher-Maravilha, Doutor Destino. E personagens que eu acho que você não esperava ver novamente, pois sumiram por um tempo. É realmente, realmente divertido ter personagens que eu acho que as pessoas não esperavam ser tocados, só porque eles nos viram fazer tanto pelo Batman.
Gotham e essas coisas terão um grande papel, mas essa não é uma história do Batman. A DC nos ama por empurrar essa ideia de um evento centrado no Batman, porque nunca fizemos isso antes.
É, temos um Batman liderando as artes liberadas até agora.
Batman é o que pega o mistério que começa a coisa toda, de certa forma, através do Metal Enésimo. E ele é um personagem importante em 100% da coisa. Ele é como o guitarrista principal. Dito isso, é completamente uma história da Liga da Justiça, vocês verão. É algo que está muito mais no espírito dos outros grandes eventos da DC do que qualquer coisa que já fizemos no Batman – Eu acho que vocês verão na página um, quando os virem nas suas armaduras de combate, em um insano poço da morte de gladiadores, arrebentando. Batman tem seus momentos e importância, mas o Superman tem um grande papel. A Mulher-Maravilha tem uma das minhas participações favoritas no contexto todo. Todos os três Lanternas Verdes atuais. E personagens que você não espera também. É uma grande viagem pelo UDC – coisas que eu acho que são parte do núcleo do próprio Universo DC até coisas muito, muito novas. Se interliga com coisas na fase do Tom [King], se interliga com coisas do James, se interliga com coisas nos Lanternas Verdes atuais e no Superman do Pete [Tomasi] e no material de The Button; funciona junto com isso, também.
É imenso. Estamos tentando ir muito longe. Eu espero que as pessoas entendam que, mesmo com a escuridão no nome e sua terminologia ao redor, isso é tudo, menos sombrio, quando se trata do espírito da coisa. Será assustador – terá alguma vilania pesada e monstros e tudo isso, mas também é suposto de sr excêntrico, arrojado, onde só queremos que você morra de rir e arrebentar coisas durante todo o verão com todo mundo, como um agradecimento pelo apoio durante os anos.
São tantas referências musicais!
Fizemos uma playlist de Metal no Spotify só pra gente – seus favoritos são todos como [Black Label Society], Five Finger Death Punch, Gojira – ele realmente me deixou por dentro. Tem sido bom. Se All-Star foi um rock maluco de estrada, dessa vez teremos um metal fora de controle, guitarra e bateria pesadonas. Estou empolgado.
Quando eu vi a primeira capa, Greg estava todo “É isso, eu adorei, mas vamos colocar fogo nisso.” E eu fiquei “Fogo?” “Chamas atrás dele!” Ah meu deus. Eu amo isso tanto. Se pelo menos pudéssemos ter uma capa com superfície de metal, então a DC falou que “dá pra fazer isso.” “Ok, vamos fazer.”
Isso vai acontecer?
Não sei se posso falar, mas sim, vai acontecer. É muito bacana. Eu estou muito empolgado sobre isso.
Fazer um evento me permite fazer a coisa que mais me deixa feliz na DC – eu sei que isso soa sentimental, mas é verdadeiro, juro pelas minhas crianças – que é colaborar com outros escritores e artistas. Eu tive uma chance em All-Star e Batman, para escrever de forma solitária, e a DC me permitiu fazer isso por bastante tempo. Eu fazer isso – Eu amo trabalhar em minhas coisas na DC, tentando fazer coisas diferentes na minha escrita. Mas a alegria de fazer um evento é que é sobre colaboração. Aqui e agora, existe um bocado de escritores e artistas trabalhando conosco e tivemos três reuniões sobre isso – só trocando figurinhas.
Essa parte não exigiu esforço. Todo o resto pode ter uma dor de cabeça, porque envolve muitos detalhes, mas a colaboração tem sido uma alegria verdadeira. Esse aspecto disso, que eu tive grandes esperanças, tem sido bem melhor do que pensei. Eu amo isso.
Interessante ouvir como o Metal Enésimo participa da história. Essa é uma parte da história da DC que você sempre achou interessante e esteve aguardando pela chance de explorar mais?
Ah sim. Eu comecei a ficar muito interessado porque estive olhando o Gavião Negro como uma possível série para trabalhar quando saísse do Batman. Mas mesmo enquanto eu fazia o Monstro do Pântano eu comecei a ficar interessado no Gavião Negro porque ele era um personagem pouco mencionado após o Dia Mais Claro. Eu fiquei muito fascinado pela maleabilidade e natureza misteriosa do Metal Enésimo, onde ele faz todas essas coisas diferentes – lhe permitiria reencarnar de novo e de novo, ou voar, ou se curar, ou te daria super-força, ou você poderia ter os poderes místicos do Doutor Destino através disso – sempre pareceu algo com mais qualidades do que o normal.
Eu sempre amei, desde Vampiro Americano e outras coisas, mistérios que se desenrolam através da história. Então o Gavião Negro se tornou o personagem perfeito pelo que eu sentia, através das muitas vidas que ele viveu ele se aproxima mais e mais dessas respostas, o Metal Enésimo é do nosso universo? É um condutor de energia que vem de longe? É a chave para desvendar todo um novo reino na cosmologia da DC? Esse foi o ponto de partida pra minha imaginação, então eu comecei a falar com o Greg sobre: “Eu amo essa história, soa enorme e é sobre metal!”
Eu amo muito o Gavião Negro e existem planos enormes para ele, e também para a Mulher-Gavião. Mas, principalmente, o que eu mais amei sobre a ideia do Metal Enésimo é que me permite explorar um mistério que me levaria de volta às origens do UDC e através de algumas das grande histórias que espero que você se empolgue ao vê-las referenciadas aqui – e também construir um novo território que ainda não exploramos, novas regiões inteiras do universo DC que estamos fazendo do zero, mas que têm ligação com o mundo real.
Você mencionou algumas vezes sobre coordenar isso com o que o Geoff está fazendo – é apenas para evitar contradições ou existe um nível de coisas sendo feitas que podem afetar a história um do outro?
Bem, nós não queríamos afetar muito um ao outro porque ele tem grandes planos para o que está fazendo, e isso envolve muitos aspectos, então é difícil quando você faz um que dependa de outro. Mas o que eu posso dizer é que as histórias apontam umas para as outras e conversam entre si, de certa forma. Existem acordes de “The Button” que serão citados, assim como coisas vindo nessa história que eu acredito que também recordam coisas desse tipo. São coisas diferentes no UDC, mas partes do mesmo universo. Fazem sentido ao acontecer juntas. Trabalhamos duro para dar a cada um o espaço necessário e também ter certeza de que não estávamos muito isolados um do outro, e que as histórias são todas partes de um grande plano.
Eu espero que os fãs vejam que, na DC atual, uma das alegrias de ser um criador é que existe um plano superior para nós nesse momento, entre o que fizemos com o Renascimento e o que estamos fazendo com Metal, as coisas a caminho que não posso comentar – vocês ouvirão muito em breve sobre as coisas que virão. Existe mesmo um grande plano para os próximos dois anos. Você pode dizer “Eu vejo isso daqui, então eu posso fazer isso ou aquilo com essa base.” Geoff tem ido muito bem com isso. Ele me ocupou durante um final de semana e estava todo “Vamos colocar tudo em quadro e começar a falar sobre a história.” Foi uma alegria de verdade.
Teremos referências, mas gostamos de dividir espaço suficiente, como fizemos entre Liga da Justiça e Batman, para contar histórias separadas. Eu sou muito grato a ele por ter sido um verdadeiro mentor em termos de como fazer um evento. E também por me dar os “brinquedos” e o espaço para fazer algo divertido.
Faz sentido. Uma vez que ambas são grandes histórias, deveria haver algum reconhecimento.
Ah sim. E estamos sendo cuidadosos ao não usar personagens de maneiras que entrem em conflito. Se ele está usando um determinado vilão, eu uso outro. Tom diferente, ritmo diferente – Tudo isso.
Estamos tentando muito mesmo entregar uma coisa muito boa, enquanto fãs. Nosso objetivo é dar a vocês as maiores e melhores histórias que podemos e nunca fazê-las de uma maneira que possa parecer com um caça-níquel ou uma correção de algo – porque sentimos que as coisas vão bem. É mais sobre acrescentar, celebrar, fazer algo grande e novo que ouse e mude coisas em maneiras que nos darão novas oportunidades de contar histórias. Mas nada disso é “Eu preciso matar alguém! Alguém precisa morrer nesse evento!” É realmente sobre celebrar a alegria e diversão da DC Comics de duas maneiras diferentes.