Entrevista | Mark Waid fala sobre seu novo quadrinho “Homem-Formiga e Vespa”

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O Homem-Formiga e a Vespa são uma clássica dupla dos gibis – mas nunca esse Homem-Formiga… e nunca essa Vespa… pelo menos até hoje, estiveram juntos.

Scott Lang e Nadia Pym se associam em Homem-Formiga e Vespa, uma mini série de seis edições pelo escritor Mark Waid, o desenhista Javier Garron e o colorista Israel Silva, agendada para estrear no dia 6 de junho. Nessa mini, Lang encolheu demais e se perdeu, tendo Nadia como a única esperança de resgate. O problema é: Lang não é o tipo de cara de que admite estar perdido – ou precisar de um resgate.

A mini estreia um mês antes do filme Homem-Formiga e Vespa da Marvel Studios, logicamente, estrelando Paul Rudd como Scott Lang e Evangeline Lily como Hope (não exatamente Nadia Pym, mas quase) Van Dyne.

O Newsarama (na matéria original) conversou com Waid sobre a nova serialização, como ela concretiza o trabalho anterior de Waid (criador da personagem) e explora a ciência por trás dessa diminuta dupla fictícia.

 Newsarama: Mark, você já escreveu o Homem-Formiga e a Vespa individualmente em variadas ocasiões, mas agora eles estão juntos. Como surge essa parceria?

Mark Waid: Todos na Marvel sabem que eu sou obcecado por duas coisas: O Microverso e o Ciclope. Então, quando o editor Jordan D. White quis fazer uma mini série deles, ele sabia que precisava me chamar ou pagar por isso.

Newsarama: É uma história mais focada em homem contra natureza, ou existem vilões canonizando o gênero de super-heróis?

Waid: Não temos muitos “vilões” como “ameaças,” embora quase tudo possa acontecer.

Newsarama: Mark, isso se desloca de seus trabalhos recentes nos Vingadores e Campeões – como é poder escrever apenas um quadrinho sobre dois personagens sem muita grife?

Waid: Por mais que eu adore os gibis de equipes, a dobradinha Scott e Nadia me permite mais interação entre personagens e eu vou me aproveitar disso.

Newsarama: Isso também te dá a chance de trabalhar mais com a ciência nos quadrinhos – do que eu me lembro de ter lhe causado diversão quando escrevia The Flash – e a clássica jogada de personagens que encolhem. Você fez alguma pesquisa ou perguntou a algum cientista ou professor algo sobre isso para o seu quadrinho?

Waid: Meu histórico está lotado de pesquisas. Eu gastei dias e dias de pesquisa. Com Nadia falando por mim, pude articular como o universo subatômico funciona usando a ciência atual. O modelo escolar do átomo – da bola de bilhar – é muito falho e não leva em conta o movimento dos elétrons, tampouco explica a natureza da espuma quântica e seu significado. Você pode prestar atenção nisso ou aproveitar a história.

Newsarama: Você está nessa com Javier Garron, que é provavelmente o mais jovem dos Young Guns da Marvel. O que a presença dele traz ao gibi?

Waid: Seu traço tem fluidez, ele traz tanta energia em seus desenhos. Lida com excelência com a ação dramática, mas também é ótimo nas interações e na comédia. Tenho sorte de estar ao lado dele.

Newsarama: Uma última questão: Quais os seus maiores objetivos com essa revista?

Waid: Não só me dá uma chance de refinar a relação dos dois personagens, como espero que consiga estabelecer regras fixas sobre o Microverso que ajudarão os escritores daqui pra frente!