Depois de 26 anos, Fatal Fury: City of the Wolves traz de volta a icônica franquia da SNK. Continuando com a história de Terry Bogard, agora com seu pupílo Rock Howard, o game prometia revitalizar a franquia para os dias de hoje, seja nos visuais como na gameplay.
Agora, com o game em mãos, é com muita felicidade que confirmo que o retorno da série é digno do seu nome, sendo lendário.
A história de Fatal Fury: City of the Wolves
Continuando a trama após Garou: Mark of the Wolves, o novo Fatal Fury coloca Terry e Rock em um novo torneio King of Fighters. O prêmio? O legado do Imperador de SouthTown, o temido Geese Howard, pai de Rock e inimigo mortal de Terry.
Obviamente, um jogo de luta não costuma focar na sua trama como ponto principal. Contudo, por mais simples que ela seja em City of the Wolves, ela possui um equilibrio interessante entre nostalgia e novidade.
Assim, mesmo nos modos Arcade ou na novidade “Episódios de South Town”, as narrativas são interessantes o suficientes para prenderem os jogadores que gostam de completar esses modos com o maior número de personagens possível.
Os personagens
Além de um grande número de personagens já conhecidos da série, como Terry, Rock e Mai, City of the Wolves conta com novos nomes para a franquia e alguns convidados. Dentre estes, temos os entrépidos Salvatore Ganacci e… sabe-se lá Deus como, Cristiano Ronaldo.
No caso do DJ, ele é inserido de uma forma bem orgânica no mundo de Fatal Fury, o que não dá para dizer do robozão. CR7 sequer possui uma história nos dois modos offline do jogo, o que levanta a questão de se o personagem não foi inserido de última hora.
Além disso, é impossível não questionar a disponibilização de personagens convidados já no lançamento, enquanto nomes icônicos como Andy Bogard e Joe Higashi ficaram para DLC. É algo que atrapalha a experiência? De maneira alguma. Mas é válido o questionamento.
A gameplay de Fatal Fury: City of the Wolves
Aqui sim é onde o jogo mostra para que veio. Na gameplay, a SNK também buscou por uma mistura entre o nostálgico, utilizando elementos já vistos em outros jogos da série, e a novidade, com a introdução de conceitos como o novo Sistema REV.
Falando no REV, ele se assemelha em certos aspectos ao Drive de Street Fighter 6. Utilizando um botão, o personagem pode realizar golpes mais poderosos ou, caso sua barra de vida estiver na barra SPG, escapar de um golpe com um contra ataque ou realizar seu especial mais poderoso, chamado de Hidden Gear.
Obviamente, o REV não é algo que pode ser usado a todo momento, pois quanto mais se usa, mais ele preenche sua barra, que ao ficar cheia, deixa o personagem sem o uso do sistema por um período de tempo. Assim, o jogador deve pensar bem ao utilizar o sistema, pois qualquer momento pode ser crucial nas lutas.
Outro ponto interessante está, obviamente, nas partidas online. Em nenhum momento o jogo apresentou problemas de conexão neste modo. Portanto, os amantes de jogos de luta que buscam por maiores desafios estão com o prato cheio.
Novos aspectos não salvam a repetição
Por mais que as novidades no sistema de luta sejam interessantes, outros aspectos da gameplay, infelizmente, acabam se tornando extremamente repetitivos. Além do Modo Arcade, Fatal Fury: City of the Wolves conta com um “modo RPG”, chamado de Episódios de South Town. Ele conta como uma expansão da história principal, onde o jogador deve superar diversas lutas e desafios no mapa da cidade do game.
Contudo, não passa disso, lutas e mais lutas contra, praticamente, os mesmos três NPC’s. Para tentar diferenciar, a SNK oferece alguns upgrades de habilidades para o jogador e para os inimigos, mas honestamente, em nenhum momento esses upgrades são sentidos de fato, exceto nos desafios, que também se repetem.

Contudo, para fãs de longa data da série, o modo é interessante para se aprofundar mais na trama individual de cada personagem.
Conclusão
Embora existam repetições nos modos offline, Fatal Fury: City of the Wolves é um retorno triunfal da série. Com uma gameplay refinada, personagens icônicos no seu auge e uma trilha sonora frenética, o game mostra que a SNK está voltando com tudo depois de longos anos.
*O Cromossomo Nerd agradece a SNK e a TheoGames por fornecer uma chave de acesso no PS5 para esta análise.