Império Secreto: Steve Rogers enfrentará uma rebelião!

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Steve Rogers teve a sua realidade modificada por Kubik, um fragmento senciente de cubo cósmico, acabando por se tornar um agente da Hidra infiltrado durante todo esse tempo. Agora, utilizando toda a sua influência sobre os personagens da Marvel, o Capitão América está prestes a concretizar o seu golpe, arquitetado durante anos.

Com sua conspiração resultando no novíssimo evento da Casa das Ideias, Império Secreto, os heróis veteranos da Marvel serão traídos e atacados pelo homem que mais confiavam, restando para a nova geração de heróis a tarefa de combater a ascensão da Hidra, auxiliados pela Viúva Negra, na nova revista de edição única: Secret Empire: Uprising.

Em entrevista ao CBR, aqui traduzida por nós, Derek Landy, o escritor da edição, e Alanna Smith, sua editora, eles falam um pouco a respeito do vindouro título e suas consequências para o evento:

CBR: Em “Secret Empire: Uprising”, você está contando uma histórias que se passa entre as edições 3 e 4 da história principal e envolve a Viúva Negra e muitos dos jovens heróis da Marvel. O que você pode nos dizer sobre o conflito central?

Derek Landy: Esses personagens são a nova geração da Marvel. Para alguns deles, essa será a primeira vez participando de um desses eventos. E a maioria deles ainda é bastante inexperiente em ser um herói. Então estar, de repente, lado-a-lado com os heróis que eles cresceram vendo e pau a pau contra o o maior herói de todos é uma introdução rude no mundo dos grandes heróis Marvel.

Eles estão muito avançados aqui e recebem uma tarefa que contraria tudo que eles têm em mente sobre espionagem e etc, porque estão sendo treinados pela mestra em tudo isso, a Viúva Negra. Então eles, essencialmente, precisam pegar o que ela ensina e aplicar na situação mais inusitada onde eles não conseguem ser tão descolados como o James Bond, mas se esforçam.

É filosófico, com piadas e porrada, [risos] o que eu sempre considerei o melhor tipo de história. Uma coisa maravilhosa sobre Império Secreto é como ela é assustadora. É uma proposta assustadora. O perigo é de perdemos vista da diversão dos personagens e suas atitudes. Como um escritor, você precisa ser capaz de fazer suas personalidades brilharem mais que isso e todas essas crianças são divertidas. Todas elas tem uma certa atitude. E todas elas são muito inteligentes.

Então, nesse cenário que mais parece um pesadelo, você precisa deixar o senso de humor e a vulnerabilidade deles se destacar. Porque, essencialmente, eles são um bando de adolescentes que têm medo de precisar sair da zona de conforto.

Como isso tudo se conecta com a história maior que Império Secreto apresenta?

Alanna Smith: A maneira que estamos construindo as edições únicas para Império Secreto faz delas algo integrado à trama principal. Então, ao ler Império Secreto 3, você verá de onde Uprising começa. Você pode ir direto da 3 para Uprising, então Uprising conecta eventos que acontecerão no futuro das séries. É uma parte essencial na leitura do evento.

Seu elenco inclui o jovem Homem-Aranha, Miles Morales; o novo Falcão, Joaquin Torres; o Incrivelmente Sensacional Hulk, Amadeus Cho; Riri Williams TCC Coração de Ferro; A Imparável Vespa, Nadia Pym e a filha do Visão, Viv. Quais desses personagens e suas dinâmicas se provaram divertidas de escrever?

Landy: Antes disso, eu só tinha escrito seis páginas de história para a Marvel [Em Guerra Civil II: Escolhendo Lados 3]. Ela estrelou J. Jonah Jameson, então logo de cara pude trabalhar com um dos personagens mais icônicos do Homem-Aranha. Ir disso para uma edição de trinta páginas estrelando os mais divertidos personagens da Marvel, esse grupo diverso que recebeu os mantos de personagens mais velhos, é surpreendentemente divertido.

Para a dinâmica da história, estamos colocando todos juntos sob bastante pressão. Nós os cercamos de vilões e deixamos eles se soltarem.

O que você sente sobre a mentora das crianças na história, a Viúva Negra?

LandyMuitos desses heróis que se encontraram no lado oposto ao Capitão América precisam se perguntar coisas estranhas e respondê-las. Natasha está tão indecisa, se não mais, quanto os outros personagens mais velhos. Porque eles conhecem o Cap. Estão ao lado dele desde sempre.

Natasha está determinada e séria nessa história. Ela não quer fazer isso, mas provavelmente é uma das únicas que pode.

É a primeira vez que Natasha e Nadia, que também é uma veterana do notório programa da Sala Vermelha, se encontram?

SmithAcredito que seja. Não acredito que na fase atual da Viúva ela tenha descoberto sobre a Nadia. Então é a primeira vez que estarão em contato onde sabem uma da outra e que ambas vêm do mesmo lugar. Tocamos nisso na história. O tipo de treinamento que Natasha está dando é basicamente o mesmo que fez a Nadia fugir.

O conflito é pra ela é sobre o que ela pretende fazer. Ela fugiu e conseguiu uma vida nova. Então esse evento horrível acontece e ela precisa lidar com o fato de ser puxada de volta pra isso. Isso se torna parte do conflito.

Landy: A dinâmica entre elas é tensa. [Risos] Se esse encontro tivesse acontecido em qualquer período antes desse evento, seria completamente diferente.

Em Uprising, Natasha está completamente séria porque percebeu que existe um trabalho a ser feito. Então, indo de encontro a isso, você tem Nadia, que é um farol de luz. Ela é amável, calorosa, divertida, curiosa e otimista. Colocar a luz de Nadia contra o cinza de Natasha é um explícito contraste. E, como eu disse, em qualquer outra situação você teria uma interação diferente, mas também seria diferente entre a Natasha e qualquer um dos nossos personagens.

Mais cedo você mencionou que seria uma história com porrada. Então quem são alguns dos vilões que levarão porrada em Uprising?

Landy: [Risos] Muitas mandíbulas da Hidra serão esmagadas – Esse é um infeliz efeito colateral de fazer parte da Hidra. Eu também pude brincar com um novo grupo de vilões mercenários chamados “Freelancers”, que apareceram no título dos Campeões.

Os Freelancers são divertidos e são diferentes do que eu esperava quando ouvi sobre eles. Pensei que seriam apenas uma gangue de jovens vilões. Mas eles têm uma profundidade que eu realmente não esperava. Acrescentá-los em Uprising trouxe camadas para a história.

Se você tem vilões profundos, isso naturalmente trará algo para a história. Então você tem os mascarados e uniformizados soldados da Hidra e os Freelancers, que estão meio incertos sobre isso tudo. Estão fazendo o trabalho por terem recebido para isso, mas se eles encaixam no clima da Hidra? Não.

Você está trabalhando com J. Cassara em Uprising, que é um artista especialmente bom com expressões, ação e definir situações de terror ou seriedade. O que você mais gosta na arte do Josh?

LandyEle me mandou algumas artes e é empolgante ver como ele interpreta tudo. Seu trabalho é claro e conciso e uma coisa que eu notei é que ele não entrega nada ordinário. 

Eu dou pra ele o que, num teclado, soaria como um painel liso e ele vai abrir, girar e mexer. Mesmo em cenas de puro diálogo os personagens pulariam da página. Então é muito limpa e muito bela.

Eu amo diálogos. É onde está a minha força, mas o Josh é o tipo de artista que você olha algumas de suas páginas e pensa: “Eu não me importo em tirar esse balão de fala. Eu não me importo com esse painel sendo feito em silêncio.” Eu deixo ele contar a história e isso aumenta a confiança. Eu sei que a história está em boas mãos. Então eu acabo escrevendo menos. 

“Secret Empire: Uprising” é o seu segundo projeto na Marvel e sua segunda história de evento também. É coincidência? Ou tem algo sobre eventos que atrai você?

LandyPor ter tantas edições únicas e edições derivadas que se encaixam e preenchem vácuos, eu acho que eventos para a Marvel são um jeito maravilhoso de testar os novos escritores. Ou você se dá bem, ou você se queima. 

Então eu tô feliz. Eu vou escrever o novo Homem-Aranha! Eu vou escrever o Incrivelmente Sensacional Hulk! Eu vou escrever o que a Marvel quiser! [Risos]

Finalmente, Uprising provavelmente será o primeiro contato de alguns com a sua escrita. Alguns podem estar curiosos sobre o seu trabalho como escritor de livros. O que você quer que eles saibam sobre seus trabalhos como “Skulduggery Pleasant” e “Demon Road”?

Landy: Eu sou fã de tudo que escrevo. Então não tenho vergonha de minhas influências, e meus livros são uma mistura doida de gêneros: Ficção científica, fantasia, horror e comédia. Mas gibis sempre influenciaram o meu trabalho.

Acabei de vir de um tour de livros e, por duas semanas, tenho dito para as crianças que o Homem-Aranha me ensinou a ler. Foi por causa dele que meu nível de leitura ficou à frente dos meus colegas de classe e o interessante sobre os heróis Marvel é que eles recebem poderes e dons incríveis. Mas não é só o que eles ganham. Também ganham problemas, inseguranças e todo o tipo de fraquezas que você possa imaginar. Então, quando se trata de criar e escrever personagens, é assim que eu abordo isso. Eu abordo no jeito Marvel, no jeito Homem-Aranha, no jeito Indiana Jones, onde um personagem pode fazer as coisas mais incríveis e, ainda assim, se ver diante de complicações e problemas.

E mais, no meio da luta eles contarão piadinhas e trocadilhos, o que é uma das minhas coisas favoritas. E finalmente! Tive a chance de fazer o Homem-Aranha contar piadas enquanto luta. Acontece aqui e tem sido um sonho virando realidade.