Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é uma aventura divertida, mas limitada

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Tive a oportunidade de testar Like a Dragon: Pirate in Hawaii, um spin-off da franquia Yakuza focado em Goro Majima. O jogo se passa alguns meses após Like a Dragon: Infinite Wealth e aposta no estilo Beat ‘Em Up, como a maioria dos títulos da série.

Dessa vez, Majima assume o protagonismo após brilhar em Yakuza Zero e nas DLCs das versões Kiwami dos primeiros jogos. O jogo traz mecânicas variadas, como combates navais e terrestres, além de sistemas de “dungeons” e muito mais. Agora, vamos descobrir se essa aventura realmente vale o tempo.

A história misteriosa e simples do Yakuza sem memórias

O jogo começa com Majima, o lendário Yakuza insano, sem memórias e naufragado em uma ilha isolada. Ele então conhece Noah, um garoto corajoso e ambicioso que o ajuda a se recuperar. Noah sofre de uma doença, o que faz seu pai protegê-lo ao máximo.

Sem lembranças do passado e agora como capitão pirata após muita luta, Majima embarca em uma nova aventura. No caminho, ele encontra figuras importantes, como Jason (pai de Noah), Masaru (seu atual ajudante) e até um carismático filhote de tigre chamado Goro. O objetivo? Descobrir quem realmente é ao buscar a Ilha Nele, mencionada várias vezes em Infinite Wealth e palco de combates intensos.

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii e majima apresentando noah

A história não é muito complexa e bem mais curta que a de seu antecessor, Infinite Wealth. Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii pode ser finalizado em cerca de 15 horas na dificuldade média.

Mesmo assim, é interessante ver Majima aplicando tudo o que aprendeu ao longo dos anos. Ele demonstra sua gentileza, forte convicção em proteger os mais fracos e, claro, seu humor caricato e único. Ao longo da jornada, ele vai recuperando suas memórias pouco a pouco.

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii tem spoiler de Infinite Wealth?

Sim, o jogo traz alguns spoilers de Infinite Wealth, incluindo plots importantes de personagens-chave. No entanto, é possível jogar Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii sem ter terminado o antecessor. Ainda assim, jogar Infinite Wealth antes ajuda a entender melhor a história.

A jogabilidade divertida de Beat ‘Em Up de Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii

O ponto forte de Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é sua gameplay extremamente divertida e versátil. Os combates em solo oferecem diferentes estilos de luta, permitindo variação durante as batalhas. Cada estilo possui mecânicas únicas, tornando os confrontos dinâmicos.

Essa abordagem já apareceu em outros jogos da franquia, especialmente com Majima em Yakuza Zero. No entanto, a grande novidade está nas batalhas navais, que trazem novas formas de combate. Você pode usar seu navio, equipado com diversas armas melhoráveis, para enfrentar inimigos no mar.

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii e o combate naval do jogo

Se preferir uma abordagem diferente ou precisar auxiliar a tripulação, o jogador pode deixar o controle do barco e assumir Majima em combate direto. Ele pode se movimentar livremente pelo navio e usar um lançador de mísseis para afundar embarcações inimigas.

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii e seu combate no navio

Mas, Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii não se resume apenas a batalhas. O jogo conta com diversos minigames que adicionam variedade à experiência. Você pode, por exemplo, preparar refeições para recuperar atributos ou realizar outras atividades ao longo da jornada.

Além disso, o jogo traz uma homenagem aos clássicos da SEGA. No quarto de Majima na ilha, é possível jogar títulos retrô como Alex Kidd in Miracle World e muitos outros, que podem ser desbloqueados ou já estão disponíveis gratuitamente.

Gráficos já conhecidos do estilo Dragon Engine da franquia Yakuza

Porém, mesmo após anos de mercado e vários lançamentos, a RGG continua aproveitando bem a Dragon Engine. O motor gráfico oferece visuais impressionantes e animações cinematográficas sem exigir muito do hardware, pelo menos no PC, onde testamos o jogo.

No entanto, algumas texturas ficam abaixo do padrão esperado, o que pode incomodar em certos momentos. Outro problema já visto em Infinite Wealth também retorna: a iluminação exagerada do sol. Em algumas situações, parece que o personagem está cercado por um brilho intenso que esconde o fundo do cenário.

Felizmente, ajustes nas configurações gráficas ajudam a amenizar o problema. Além disso, como no jogo anterior, é provável que mods também tragam soluções para esse efeito visual incômodo.

Trilha Sonora que enche o jogador de nostalgia e que combina

A trilha sonora do jogo é bem completa, alternando entre faixas cheias de ação com um clima pirata e músicas mais calmas para momentos emocionantes. Algumas dessas composições podem até arrancar lágrimas dos jogadores.

Além dessas novidades, o jogo traz clássicos da franquia, como Friday Night, de Yakuza Zero, e até canções interpretadas pelo próprio Goro Majima. Contudo, o melhor é que essas músicas podem ser reproduzidas durante a navegação e a exploração do mapa, deixando a experiência ainda mais imersiva.

Otimização perfeita da Dragon Engine em Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii

A otimização de Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é excelente, permitindo que até PCs mais modestos rodem o jogo sem grandes problemas.

Com uma RTX 4060 Ti e um Ryzen 7 5700X, consegui manter 60 FPS em 4K com configurações no Alto. Isso indica que máquinas menos potentes também devem rodar o jogo sem preocupações.

O veredito

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii funciona bastante como um jogo de entrada para quem nunca jogou algum Yakuza, como também é uma excelente pedida para os fãs de Goro Majima (como eu) que precisavam ver esse personagem incrível protagonizando, sozinho, um novo jogo da franquia. Por fim, o jogo deixa uma sensação de que poderia ter sido algo maior, mas que foi limitado e não avança na franquia.

O jogo está disponível PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X e Series S, Microsoft Windows, Xbox One e PC (via Steam e aplicativo Xbox).