Logan | Parabéns Wolverine, você me fez chorar

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Não se deixe levar pelo título piegas, essa ainda é uma review séria que busca transmitir um pouco da emoção vivida ao assistir um dos filmes mais aguardados do ano.

Por convite da Fox Film do Brasil, tivemos a oportunidade de assistir Logan, e de quebra participar da restrita coletiva de imprensa com a presença de Hugh Jackman em pessoa! E posso sem dúvidas garantir que tive uma das melhores experiências da minha vida.

Eu estava bem cético sobre esse novo filme do Wolverine quando foi anunciado, sou hater assumido dos dois filmes solo anteriores do herói, e acredito que até hoje (com exceção da curta cena de X-Men: Apocalipse que conseguiu chegar perto), o tão famoso mutante não teve uma representação em live-action que fizesse jus ao personagem, mas conforme o tempo foi passando e o primeiro trailer foi lançado, vi que poderia queimar minha língua, e queimei!

Urgência é a palavra que define Logan, o ritmo do filme é frenético, e os breves momentos de calmaria são carregados de uma carga dramática que não consigo comparar com outros filmes de herói que já tenha visto anteriormente, a fuga e a necessidade de sobrevivência, aliados à uma ambientação árida e estéril são as peças chaves da trama, o filme impressiona pela simplicidade, e como o próprio Jackman disse durante a coletiva de imprensa, “o objetivo não era fazer um filme de super-heróis,” e eles não fizeram, ao menos não como “manda o figurino” dos demais filmes do gênero.

Não tenho vergonha de admitir que o filme me levou às lágrimas, eu não queria parar de ver aquela poesia em tela, poderia ficar 10 horas seguidas assistindo o desenrolar daquela trama maravilhosa (que sem dúvidas poderia ganhar uma trilogia própria), mas tudo o que é bom dura pouco, e o fim infelizmente teve de chegar, mas até lá, embarcamos em uma viagem emocional incrível, marcada por um elenco com uma sinergia maravilhosa, que te fazem acreditar que realmente são uma família tentando sobreviver.

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Apesar de Hugh Jackman estar incrível no papel, Logan se destaca por seus personagens coadjuvantes, o Professor Xavier tem um carisma jamais visto anteriormente, o personagem é mostrado em sua forma mais frágil e debilitada, o que te faz se apegar a ele de uma maneira que é difícil explicar, Patrick Stewart deu um show de atuação e com certeza, essa atuação é um dos maiores (senão o maior) marcos de sua carreira, a jovem Dafne Keene é a joia da coroa, o poder de atuação da garota é incrível, mesmo sem dizer uma única palavra por mais de metade do filme, o espectador consegue ser cativado por seu carisma, e ela por muitas vezes demonstra que não teria um pingo de medo de entrar em uma luta contra o Wolverine.

O filme tem alguns problemas com os efeitos visuais, em algumas cenas é possível notar algo artificial demais, e a maquiagem e continuidade às vezes comete algumas gafes, mas nada que atrapalhe a experiência, que tem mais acertos do que erros, o roteiro não se arrisca em mostrar uma ameaça super inovadora, mas não era disso que o personagem precisava, a fórmula e a construção simplista tornam tudo mais dramático e pessoal, tornando Logan uma despedida perfeita e honrosa para o personagem.

Como fã dos X-Men, tanto nos quadrinhos, quanto no cinema, posso dizer com orgulho que esse é sem dúvidas o melhor filme dos mutantes já feito até hoje, e me arrisco a dizer até que é um dos melhores filmes de herói, uma pena que tenha demorado 17 anos para Hugh Jackman fazer este tipo de filme para o Wolverine, e quando finalmente conseguiu, ele está dizendo adeus ao personagem.