Mortal Kombat | Todos os jogos do pior ao melhor

Embora muitos não queiram aceitar, Mortal Kombat vs DC Universe faz sim parte da série principal, inclusive com muitas referências sendo feitas ao jogo nos lançamentos mais recentes da série, principalmente após os eventos de Mortal Kombat 11.

Diferente de Injustice, onde os personagens de MK aparecem como convidados e não tendo envolvimento direto na trama, aqui, os dois universos reagem e sofrem consequências devido as ações dos personagens, e a história do jogo é, embora eu não goste de admitir, interessante.

Contudo, não há muito além disso. A jogabilidade semelhante aos jogos 3D de Mortal Kombat está ainda pior aqui, e com o fato da Liga da Justiça não poder realizar fatalities, temos finalizações sem graça e capengas.

Com isso, apesar da história ser um pouquinho bacana, não dá pra defender. MK vs DC nunca devia ter acontecido.

Talvez exista um fator pessoal muito grande nessa colocação, mas para alguém que passou incontáveis horas de sua vida com Mortal Kombat na sua infância e adolescência, o quarto jogo da série, que marca a entrada da franquia no mundo 3D, não traz nenhuma boa lembrança.

Tirando a adição de bons personagens, como Fujin, Quan-Chi e Shinok, Mortal Kombat 4 não oferece nada além de uma jogabilidade travada e estranha, além de visuais extremamente bizarros, com os bonecos dos personagens se movendo de forma travada e desinteressante.

Dito isto, para mim, esse é, sem dúvidas, o pior jogo da série.

Até hoje eu não consigo acreditar que alguém chegou nos desenvolvedores de Mortal Kombat e disse: “E se a gente pegar o nosso protagonista, que inclusive já derrotou os vilões incontáveis vezes, e o MATÁSSEMOS DE FORMA RIDÍCULA?”.

Toda a premissa de Mortal Kombat: Deadly Alliance, para mim, é completamente absurda. Além de jogar Liu Kang para escanteio, algumas ideias visuais desse jogo me assombram até hoje (Estou olhando pra você, Reptile). Junto isso a, mais uma vez, os problemas da atualização da série para o mundo 3D, e temos um senhor desastre.

Para dizer que não é de todo ruim, pelo menos foi esse jogo que nos trouxe Li Mei e Kenshi.

Sendo quase que um Mortal Kombat Trilogy para os anos 3D da franquia, Armageddon foi o game dessa época que eu mais joguei, pois adorava a ideia de criar seu próprio personagem e o modo Konquest, onde conhecemos os irmãos Taven e Daegon, que praticamente são os protagonistas do jogo.

Além disso, o game trouxe o divertidíssimo Motor Kombat, o “Mario Kart de Mortal Kombat”, que também foi uma excelente novidade para os jogadores, onde muitos passaram incontáveis horas nesse modo, tanto pela jogabilidade divertida quanto pelos visuais dos personagens cabeçudos.

Notou que eu não falei do jogo em si? Pois é… Não tem o que falar. E pra piorar, tiveram a brilhante ideia de transformar os Fatalities em uma série de combos de mutilações e golpes genéricos, tirando toda sua originalidade e bizarrice. Parabéns.

Considerado por muitos o melhor jogo da era 3D de MK, Mortal Kombat: Deception é, de fato, um jogo muito interessante. Além de ser o game onde as mecânicas de combate 3D estão mais balanceadas, sua história e personagens são muito interessantes e com visuais criativos.

Além da excelente adição do vilão Onaga, com uma importância imensa de Reptile na sua origem, o jogo oferece versões bizarras e memoráveis de Raiden e Liu Kang, além de possuir uma mistura interessante de personagens novos com clássicos.

Contudo, vale dizer que, por mais que seja um jogo aceitável, a competição para escolher o melhor da era 3D não é difícil.

Finalmente falando de jogos mais recentes da série, Mortal Kombat X tinha a faca e o queijo na mão para superar o seu antecessor, e até consegue em certos aspectos, como a melhoria em alguns comandos durante os combates e seus visuais melhorados.

Porém, a decisão de tornar as lutas um pouco mais lentas em comparação ao jogo anterior é um fator que, pra mim, não funcionou muito bem. Isso acabou deixando o jogo estranho por um tempo, até se acostumar com o novo estilo. Mas não é nada que condene o décimo game da série a ser horrível.

O lado onde MK X realmente peca, pelo menos para mim, é na sua história. Embora eu ache justíssimo que Johnny Cage se torne protagonista, a Netherrealm Studios resolveu fazer isso de formas bem questionáveis, visto que desde sempre o personagem possuiu suas habilidades e, na trama do game, elas surgem somente durante o embate contra Shinok.

Além disso, os novos personagens foram bem aquém do desejado, por mais que possuam conceitos interessantes, como Cassie Cage, Jaqui Briggs e Kotal Kahn.

O precursor de tudo. O game que mudou toda a indústria. Mortal Kombat de 1992 é e sempre será um gigantesco marco, tanto pela sua gameplay mais violenta e sangrenta, como também pelo uso de atores reais para a criação dos personagens, algo que até hoje é lembrado por jogadores que vivenciaram essa época da franquia.

Além disso, as mecânicas do jogo original são excelentes e fáceis de aprender, o que também é um diferencial do mesmo se comparado a outros jogos de luta lançados até então. Tanto é que isso fez com que o jogo se tornasse um grande rival de Street Fighter por muitos anos.

Não fosse o baixo número de personagens jogáveis e a história simples demais, ele estaria um pouco mais acima na lista.

Nossa senhora como eu joguei Mortal Kombat II. Tudo o que já era bom no seu antecessor foi melhorado a excelência aqui, e a adição de personagens excelentes e inesquecíveis foi a cereja do bolo.

Honestamente eu não consigo encontrar um defeito nesse jogo. O combate mais rápido e frenético, os golpes, os fatalities, até a história, que embora ainda não fosse o nível de excelência que a franquia Mortal Kombat viria a oferecer no futuro, era intrigante e cativante do jeito certo, e Shao Kahn é devidamente assustador. JOGAÇO!

Antes de entrar no seu período sombrio, MK ainda ofereceu o que, para mim, seria sua magnum opus por muito tempo. Mortal Kombat 3, especialmente sua versão Ultimate, é o ápice da franquia nos seus primórdios. Os personagens extremamente realistas e bem feitos, o combate frenético e rápido na sua melhor forma, os cenários, a trilha sonora, os fatalities… Tudo aqui é impecável.

Se a franquia tivesse sido “encerrada” aqui, esse seria, sem dúvida, um dos melhores jogos de luta já produzidos, mas ainda bem que Mortal Kombat conseguiu ressurgir das sombras depois de tantos anos na era 3D…

Último lançamento até então, Mortal Kombat 11 é a prova clara de todo o potencial que a franquia pode oferecer se tratada do jeito certo. Um rooster bem feito, lutas frenéticas com mecânicas interessantes para jogadores casuais e de longa data, uma história interessante e que finalmente coloca Liu Kang no seu lugar de direito como PROTAGONISTA da série, e aspectos adicionais que, diferente de Injustice 2, que veio antes desse, não parecia algo abusivo.

Tudo isso faz do jogo a obra prima que ele é, sendo aclamado por público e crítica e se tornando um dos melhores da série até então. Porém, a real magnum opus da Netherrealm veio antes…

SIMPLESMENTE. O. MELHOR. MORTAL KOMBAT. JÁ. FEITO.

Não dá, Mortal Kombat 9 é praticamente perfeito no que ele se propõe. Além de rebootar a série de uma forma excelente, o game traz MK de volta para onde ele nunca devia ter saído, o combate 2D. Junte isso com uma gameplay frenética no ponto certo, um rooster impecável, e homenagens dignas aos anos de ouro da série, e temos a obra prima que esse game é.

Mesmo que hajam defeitos (Cyber Sub-Zero é um crime), nada desse game que seja ruim consegue tirar o brilho de ter sido o causador do retorno de Mortal Kombat a luz. A real ressureição da série após anos de trevas. E é um jogo EXCELENTE. Simplesmente o melhor.

Com a lista finalizada, nos resta torcer para que Mortal Kombat 1 mantenha o nível de qualidade dos novos games da série, e que MK nunca deixe seu posto de uma das séries mais incríveis do gênero de luta que temos.