Demolidor se consagrou como uma das melhores, senão a melhor, séries da parceria entre Marvel e Netflix. Responsável por dar o pontapé inicial a esse núcleo do Universo Cinematográfico Marvel, a série conquistou os fãs com sua violência extrema e fidelidade aos quadrinhos.
Embora a primeira temporada da série tenha sido espetacular, não podemos afirmar o mesmo sobre a segunda, já que, embora ela tenha sido responsável por nos apresentar o Justiceiro, acabou não agradando tanto ao nos mostrar Elektra e a continuidade da luta entre o Homem sem Medo e o Tentáculo.
A terceira temporada de Demolidor, dá continuidade aos eventos mostrados em Os Defensores, nos quais o herói e seu alter ego civil, Matt Murdock, foram dados como desaparecidos/mortos.
Como visto no final de Os Defensores, Matt foi resgatado e estava em tratamento em um convento, algo que automaticamente remete à saga “A Queda de Murdock”, escrita por Frank Miller. A saga de fato serve de base para a terceira temporada, porém mais como uma inspiração do que como uma adaptação literal, já que outras histórias também servem de base para a temporada.
Desde que “renasceu”, Murdock decidiu que o senso de justiça adotado pelo Demolidor não era bom o bastante e que se ele realmente queria fazer algo corretamente, precisaria assumir a identidade do Diabo totalmente.
Isso compõe o primeiro arco da temporada, no qual vemos Murdock revoltado com Deus por tudo o que lhe havia acontecido e tentando se afastar de sua vida civil.
Em contraponto aos dilemas de Murdock, temos o retorno de outro personagem aclamado pelos fãs, o imponente Wilson Fisk, conhecido também como o Rei do Crime. Durante a segunda temporada, vimos Fisk na prisão, no qual foi enviado após os eventos da primeira temporada.
Apesar dos valores de Fisk e do Demolidor serem completamente diferentes, a série trabalha de maneira genial essa dualidade, mostrando que ambos estão quebrados e que ambos querem vingança, fazendo com que seus caminhos se cruzem.
O retorno do Rei do Crime serve de catalisador para a aparição de outro grande vilão do Demolidor, o aguardado Mercenário, mas não espere vê-lo exatamente como nos quadrinhos, afinal, a série se propõe a dar uma origem para o personagem, o que é feito de forma genial.
Como deu para ver nos trailers da série, o Mercenário acabará tomando o lugar do Demolidor, mas obviamente, isso não será feito com boas intenções.
Para manter a tradição, a nova temporada também conta com uma cena em plano sequência, contudo, ela é muito mais ambiciosa do que as anteriores e, ao meu ver, já pode ser classificada como a melhor de todas.
Ainda é cedo para decretar um veredito, já que tivemos acesso a apenas 6 dos 13 episódios da temporada, porém até o momento, a sensação que fica é a de que os vilões se sobressaem muito mais ao protagonista, que acaba ficando meio apagado e perdido em meio ao seu rancor e promessas vazias. Ao que parece, a produção resolveu ouvir mais os fãs e concentrou seus esforços em tudo o que mais agradou, voltando às origens da primeira temporada.
A terceira temporada de Demolidor chega em 19 de outubro na Netflix.