![[CRÍTICA] Aquaman 2: O Reino Perdido | A água parada da DC que marca o fim da era Snyder](https://i0.wp.com/cromossomonerd.com.br/wp-content/uploads/2023/12/Aquaman-2-Capa.png?resize=218%2C150&ssl=1 "[CRÍTICA] Aquaman 2: O Reino Perdido | A água parada da DC que marca o fim da era Snyder")
Se eu pudesse definir a história em uma palavra só eu não conseguiria. É sério! Vivian Contra o Apocalipse foi o tipo de livro que me cativou logo pela sinopse:
“Vivian Apple tem 17 anos e mal pode esperar pelo fatídico “Arrebatamento” — ou melhor, mal pode esperar para que ele não aconteça. Seus devotos pais foram escravizados pela Igreja faz tempo demais, e ela está ansiosa para que voltem ao normal. O problema é que, quando Vivian chega em casa no dia seguinte ao suposto Arrebatamento, seus pais sumiram e tudo o que restou foram dois buracos no teto… Vivian está determinada a seguir vivendo normalmente, mas quando começa a suspeitar que seus pais ainda podem estar vivos, ela percebe que precisa descobrir a verdade. Junto com Harp, sua melhor amiga, Peter, um garoto misterioso que tem os olhos mais azuis do mundo e informações sobre o verdadeiro paradeiros dos seguidores da Igreja (ou é o que ele diz), e Edie, uma Crente que foi “deixada para trás”, os quatro embarcam em uma road trip pelos Estados Unidos. Mas, depois de atravessar quilômetros de eventos climáticos bizarros, gangues de Crentes vingativos e um estranho grupo de adolescentes auto-intitulados os “Novos Órfãos”, Viv logo vai perceber que o Arrebatamento foi só o começo. Katie Coyle, vencedora do Young Writers Prize do jornal The Guardian em 2012, imagina uma realidade infelizmente muito próxima da nossa, em que capitalismo, política, entretenimento e religião se combinam para criar uma cultura de intolerância que não acaba com o Arrebatamento. Com reviravoltas surpreendentes, um humor mordaz típico da geração Y e personagens femininas que não devem nada a ícones como Buffy e Rory Gilmore, Vivian contra o apocalipse é uma estreia arrebatadora que vai fazer você questionar até onde iria pela verdade.”
A autora venceu o prêmio Young Writers Prize como vocês puderam perceber e para uma iniciante, isso só traz credibilidade e confiança. Mas vamos ao que interessa, a minha crítica!
Comprei o livro por exatos R$10,00 na Fnac. Assuntos relacionados ao apocalipse tem me cativado de uns meses para cá. A história se relata nos dias de hoje, em um mundo onde todos foram divididos entre Crentes e Não-crentes. Como as palavras já dizem, os que creêm acreditam em Deus e obviamente no dia do Arrebatamento. Vivian tem apenas 17 anos e seus pais se convertem à igreja e começam a seguir sua doutrina. Ela não crê e com isso o livro se torna divertido e com um ponto de vista diferente do que esperamos, pois ela não se define com nenhum rótulo, apenas não concorda com a opção escolhida por seus pais. Ela é o modelo de garota certinha que obedece seus pais e não causa dores de cabeça, diferente de sua melhor amiga, Harp, que é sinônimo de problemas e mau comportamento.
Confesso que fiquei um pouco confusa quando apresentaram o personagem Frick, que na realidade é um pastor que criou um livro com novos ensinamentos, doutrinas, conhecido como O Livro de Frick. Ele é citado diversas vezes, mas fica redundante, pois como um homem destes criaria um livro acima da própria bíblia? Desisti de entender e segui a leitura acreditando de que todos os Crentes acreditavam e seguiam esse “tal” livro. Frick conta para os crentes que teve uma visão de que o Arrebatamento aconteceria. Todos foram preparados e tentaram seguir a risca os ensinamentos que lhes foram passados.
O arrebatamento acontece e Vivian se vê cheia de dúvidas e indecisões. E durante o dia D ela, sua amiga Harp e outras pessoas estão comemorando de forma sarcástica o Arrebatamento. Ao voltar para sua casa, Vivian se depara com dois buracos no teto do quarto de seus pais que à ter a certeza de que seus pais foram arrebatados. Vivian estava sozinha, sem nenhuma noção de como conseguiria sobreviver sem eles. E então ela retorna a casa de sua melhor amiga Harp para buscar ajuda e a história finalmente começa.
A história se desdobra muito bem. Você se sente empolgado e curioso a cada página folheada. Ou seja, não dá pra ler só um capítulo por vez, você vai acabar lendo mais de um. Eu não consegui sussegar até poder entender todas as dúvidas e perguntas que Vivian tinha. Me coloquei por muitas vezes no lugar da protagonista e me senti angustiada “O que eu faria?” pensava. E quando você menos espera, coisas acontecem, respostas são dadas e o famoso Plot Twist surge. Não uma, mas duas vezes.
O livro é uma grande aventura que me trouxe várias dúvidas e curiosidades sobre questões políticas, religiosas e sociais que vivemos atualmente. Eu recomendo muito que leiam essa história e já ofereço à vocês a felicidade de que Vivian contra o Apocalipse tem continuação e se chama Vivian contra América.
Não deixem de ficar ligados no Cromossomo Nerd. Esta foi a nossa primeira resenha de livros e teremos mais daqui pra frente!
