Resident Evil: O Capítulo Final – Será?

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Não tenho vergonha de dizer que sou grande fã e consumidor de franquias como Resident Evil, Anjos da Noite e por aí vai… desde que era mais novo acompanho as franquias e independente do consenso geral nunca as abandonei.

Depois de tantos anos as acompanhando, finalmente chegou o momento em que a franquia Resident Evil prometia entregar o seu tão aguardado encerramento, depois de sofrer um atraso por conta da gravidez da atriz principal, o filme chegou aos cinemas brasileiros na última quinta (26) e tive a oportunidade de conferir o resultado.

Como fã da franquia nos cinemas, é primoroso ver a evolução da mesma ao longo dos anos, principalmente nesta última parte. Em “O Capítulo Final”, Paul W. S. Anderson e Milla Jovovich deixam claro que querem dar aos fãs tudo o que eles mais gostaram de ver ao longo dos anos, porém de forma melhorada.

A narrativa inicial do filme, assim como nos anteriores, situa o espectador sobre a situação atual e como tudo chegou naquele ponto, não fazendo necessário que você acompanhe os filmes anteriores (mas seria bom você assisti-los para entender as nuances e referências apresentadas ao longo da trama), com uma ação frenética ininterrupta, a história vai se desenrolando para chegar ao seu ápice e revelar algo que considero uma sacada genial para encerrar a história de Alice e Umbrella Corporation.

O roteiro é fraco, alguns personagens como Claire Redfield (que tem muito destaque nos games) ficam ofuscados e acabam tendo desfechos confusos ou decepcionantes, tal como Albert Wesker, um personagem que se mostrava tão imponente e ameaçador que acaba tendo um fim medíocre, mas roteiro primoroso não é o que a franquia prometeu, nunca foi. O último filme busca transportar o espectador para Raccoon City e A Colmeia, ser sombrio e eliminar as arestas deixadas nos filmes anteriores, bem como ser saudosista e satisfazer o desejo dos fãs.

As coreografias de luta estão impecáveis, e o que mais me impressionou foi a melhora na qualidade do CGI, que deixou de lado o excesso tosco que apresentava no quinto filme e buscou se manter mais “pé no chão” e realista, a fotografia foi outro ponto que me surpreendeu, claramente resgatando elementos do primeiro filme que para muitos é considerado o melhor da franquia até hoje, a ambientação escura e árida compõem a difícil missão de Alice e os perigos que ela enfrenta, mas um ponto negativo foram os cortes excessivamente rápidos e takes fechados em cenas de ação, que dificultavam o entendimento dos movimentos executados.

O final da trama poderia ter sido diferente, arrisco que talvez tenha terminado de tal maneira por pedido do estúdio que não quer fechar a porta para uma de suas franquias mais rentáveis, mas tudo o que acontece até o encerramento foi positivo e como disse anteriormente, eles conseguiram contar a parte final da história de Alice com maestria, dando um rumo jamais imaginado para a personagem e que com certeza deixará os fãs surpresos.

Foto postada pela atriz Milla Jovovich em suas redes sociais

Como fã, vou sentir saudades de ver mais filmes da franquia com Milla Jovovich (<3), mas a franquia merece um hiato e talvez até um reboot, depois de seis filmes é inevitável o público ficar desgastado, mas posso dizer que o “encerramento” foi positivo e me agradou, o filme entrega aquilo que prometeu, e nos dá esperança para o futuro.