Quase 10 anos depois do último lançamento, Sid Meier’s Civilization VII prometeu ser um gigantesco novo capítulo para a série. Os desenvolvedores pretendiam trazer novos elementos que, apesar de causarem estranheza para fãs, seriam extremamente bem vindos.
Agora, com o game em mãos, é notável que esses elementos, e o jogo em si, são uma gota de frescor para a franquia, mas é necessário cautela.
Mudanças bem-vindas para Civilization VII
Depois de dez anos, e seis jogos, é notável que Civilization VII precisava de uma repaginada em suas mecânicas. Com isso, os desenvolvedores não somente fizeram isso, como modularam essas novas mecânicas perfeitamente com opções populares e clássicas da franquia.
Uma das novidades mais interessantes está no sistema de diplomacia. Com ele, os líderes de ambos os jogadores podem exemplificar suas demandas e ofertas de forma mais prática. Assim, as partidas se tornam mais dinâmicas e rápidas, visto que esse sistema realiza toda uma negociação, que geralmente demoraria mais tempo, em questão de minutos.
Além disso, outro ponto muito interessante está nas mudanças de eras. Anteriormente, especialmente se o jogador fosse experiente, era fácil dominar o mapa e seus recursos logo no início de partidas. Agora, durante a mudança de era, existem o sistema de crises, onde o jogador deve lidar com diversos acontecimentos que trarão consequências para seus recursos. Assim, as partidas praticamente reiniciam na mudança das eras, oferecendo novos desafios e mudanças de estratégias.
Outra novidade das mudanças de eras está na possibilidade de trocarmos o nosso líder de civilização, que pode oferecer bônus e outras vantagens para a partida. Tudo isso torna o sentido de estratégia ainda mais importante para o game, com os jogadores podendo causar reviravoltas inusitadas a qualquer momento.
Junte isso a visuais belíssimos e temos um game e tanto
Todas essas novidades, juntando com um gráfico atualizado e mais detalhado de todo o mapa das partidas, e temos uma revitalização importante para a série. Mesmo para jogadores recém chegados, essas mudanças são cruciais para tornar a franquia atrativa, especialmente com o gênero de estratégia sendo pouco explorado nos dias de hoje.
Feito para fãs novos e antigos
Mesmo com as novas mecânicas, em nenhum momento Civilization VII esquece dos seus fãs de longa data. A mistura entre novo e clássico é bem feita ao ponto de, apesar das mudanças, a sensação das partidas continua semelhante aos demais games da série.
Além disso, as personalizações de partidas permitem que os jogadores possam trazer uma sensação mais clássica para seus jogos, com, por exemplo, focando as partidas em somente uma era, ou outras alterações que podem também ser bem-vindas para jogadores de longa data quanto para novos.
É notável a tentativa dos desenvolvedores de fazer com que seu público aumente, ao mesmo tempo que não espantam seus fãs. Isso é, sem dúvida, um feito e tanto, especialmente pois qualquer decisão errada poderia arruinar completamente a experiência.
Alguns probleminhas de desempenho
Embora a gameplay esteja mais fluida, não posso dizer o mesmo do desempenho do jogo. Em muitos momentos ocorreram travamentos e quedas de frames, o que para um game como Civilization VII pode até parece inofensivo, mas durante um turno onde o jogador precisa pensar com cuidado, esses travamentos podem ser cruciais para a perda do jogo.
Os travamentos ocorreram até mesmo fora de partidas, onde uma simples navegação pelo menu principal levou a necessidade de fechar o jogo para recomeçar tudo. Levando em consideração que joguei no console, e tive esses problemas de desempenho, é possível que estas questões estejam presentes em outras plataformas, o que levanta o questionamento de até quando isso vai acontecer.
Conclusão
Apesar de alguns pontos negativos no desempenho, Civilization VII é um retorno bem vindo da clássica franquia. Para novos jogadores, o game abre espaço para um novo gênero, e para os fãs, é um novo capítulo importante para uma série que, assim como a humanidade, evolui a cada era.
*O Cromossomo Nerd agradece a Firaxis Games, a 2K e a Agência Masamune por fornecer um código de acesso no PS5 para esta análise.