T2: Trainspotting, continuação do famoso filme de junkies dos anos 90, se passa 20 anos depois dos acontecimentos do filme anterior.
Mark Renton (Ewan McGregor) volta para a cidade de Edimburgo de surpresa para reencontrar seus velhos amigos Spud (Ewen Bremner), Sick Boy (Jonny Lee Miller) e Begbie (Robert Carlyle), que estão tentando acertar suas vidas longe do vício da heroína (alguns não estão se saindo tão bem nessa empreitada). A primeiro instante a presença de Renton não é bem-vinda, graças à traição que o mesmo cometeu no passado, mas logo são tomados pela nostalgia e dão início a uma nova jornada.
Obviamente, com todos os anos que se passaram, a estética de T2 é mais moderna e tecnológica, contando com alguns efeitos visuais que não são vistos no primeiro longa, o que na minha opinião faz com que não seja possível fazer uma associação entre os dois filmes (se não fosse pelos personagens e por já sabermos de que se trata de uma continuação). O filme possui uma fotografia impecável, muitas cores vibrantes e jogos de luz e sombra, planos inteligentes e o que mais chama a atenção são os congelamentos nos fins de algumas cenas, dando a impressão de que uma fotografia foi tirada. Apesar da trilha continua impactante, misturando canções antigas e atuais, em alguns momentos se torna saturada quando usada em cenas onde apenas o silêncio bastava.
As atuações não deixam a desejar, mas em alguns momentos são forçadas por conta da grande carga de humor que o longa contém, o que torna a trama muito mais leve que a anterior. São pouquíssimas cenas que causam agonia e perturbação, que foram totalmente substituídas por cenas divertidas e piadas bobas. Destaque para a nova personagem Veronika (Anjela Nedyalkova) que tem um relacionamento conturbado com Sick Boy e acaba suprindo o papel de Diane (Kelly Macdonald) (que faz uma pequena aparição em T2) do primeiro longa, por ser igualmente uma garota mais nova que acaba se envolvendo com Renton.
Nostalgia é a palavra que resume, é como se o próprio espectador se reencontrasse com amigos que não vê há tempos e revivesse as aventuras do passado, seja contando-as para alguém ou realmente revivendo-as.