Esperada sequência do jogo de 2021, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter traz elementos fantásticos para o universo sombrio e pé no chão da franquia da Odd Bug Studio.
Com melhorias de gameplay e uma narrativa digna de tramas como Game of Thrones e The Witcher 3, o jogo se aprofunda ainda mais nas histórias localizadas neste mundo onde pequenos camundongos são guerreiros brutais.
Com o game em mãos, é interessante mais ver como a sequência amplia ainda mais o que já era bom no anterior, e, pelo menos até certo ponto, as novidades são interessantes.
A história de Tails of Iron 2
Em Tails of Iron 2: Whiskers of Winter, acompanhamos Arlo, um jovem camundongo filho adotivo do chefe de Limiar do Inverno, uma espécie de “Winterfell” do mundo do jogo. Por muitos anos, Arlo e seu pai viveram uma vida pacífica, mas o retorno de uma ameaça de anos atrás faz com que todo o local seja devastado. Agora, cabe a Arlo reconstruir seu lar e acabar com a ameaça de uma vez por todas.
Em muitos pontos, toda a trama se assemelha muito ao mundo criado por George R.R. Martin. Particularmente, não é algo de todo ruim, especialmente quando a inspiração não é uma cópia completa. Além da clara inspiração, o game possui diversos pontos interessantíssimos de narrativa, mostrando outros locais que divergem de Limiar do Inverno, tanto no visual quanto nos seus cidadãos.
A ambientação é boa, mas falta uma trilha sonora
Por mais que o jogo saiba diferenciar muito bem todos os seus ambientes, senti bastante falta de uma trilha sonora para acompanhar os locais. Embora eu entenda que, provavelmente, a decisão de ter uma trilha mais simplista seja para dar o tom sombrio da trama, existem muitos ambientes que buscam se diferenciar do tom principal, e a falta de uma música que se apróxime do que aquele local quer transmitir é nítida.
A gameplay de Tails of Iron 2
Tails of Iron 2: Whiskers of Winter mistura elementos metroidvania com o combate estratégico já popular dos soulslike. Diferente do jogo anterior, agora o game conta com sistemas de magias, que implementam uma ferramenta interessante para o combate.
A princípio, o combate estratégico parece, em certos momentos, bem desnecessário. Contudo, ao longo da jogatina, o game se torna mais convidativo não somente para novos jogadores como para fãs do estilo.
Contudo, as magias parecem perdidas no meio desse combate. Não só elas, como também os status, como veneno, eletricidade e etc, parecem surtir mais efeito contra o jogador do que contra os inimigos. Em muitos momentos me vi utilizando magias de fogo e gelo, para somente uma ou duas vezes elas terem algum efeito além do dano.
Metroidvania? Não precisava.
Já no quesito exploração, o jogo peca no design dos mapas e locais. Em muitos momentos, especialmente após finalizar um objetivo principal, o jogador se vê num mapa com poucas opções de exploração, e com sidequests extremamente repetitivas.
Embora os visuais do jogo sejam bem bonitos, e consigam despertar a curiosidade do jogadar em explorar as áreas, a repetição e simplicidade de certos pontos acaba fazendo com que o jogador perca o interesse, focando apenas na trama principal, onde de fato o jogo possui potencial.
Conclusão
Embora tenha seus defeitos, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter é uma sequência e tanto do seu antecessor. Com uma narrativa engimática, design de personagens e mundos bem feito, e uma gameplay sólida, é provável que, mesmo ao notarem os problemas, os jogadores consigam ter uma excelente jogatina.
*O Cromossomo Nerd agradece ao Odd Bug Studio e CI Games por fornecer uma chave de acesso no PS5 para esta análise.