Virtua Fighter foi um dos pioneiros nos jogos de luta em 3D e, em seus primeiros títulos, disputava o topo do gênero com Tekken. No entanto, enquanto Tekken soube se adaptar ao longo dos anos, Virtua Fighter acabou sendo deixado de lado. Agora, a franquia recebe mais um relançamento de seu quinto jogo, Virtua Fighter 5 R.E.V.O., o quarto no total.
Se a intenção era atrair um novo público, infelizmente, isso parece pouco provável.
Pouco conteúdo para player casual
Jogos de luta geralmente oferecem uma variedade de conteúdos para jogadores casuais, garantindo que o público não se limite apenas ao competitivo e contribuindo para o sucesso financeiro do jogo. No entanto, Virtua Fighter 5 R.E.V.O. falha até mesmo no básico, trazendo apenas um modo arcade e um modo de treino.
O modo de treino inclui funções essenciais, como ensinar mecânicas básicas e combos específicos de cada personagem, mas ainda assim, decepciona. Não há opção para visualizar a CPU executando os comandos nem dicas visuais para facilitar o aprendizado dos novatos. Essas funções são padrão no gênero desde 2010, tornando difícil entender essa ausência.
O modo arcade, por sua vez, é ainda mais simples do que o de Street Fighter V no lançamento, não oferecendo sequer uma história básica. Nem mesmo copiaram elementos das quatro versões anteriores, resultando em um modo que dificilmente vale ser jogado mais de uma vez.
Polêmicas e péssimo online
A customização sempre foi um dos atrativos das versões anteriores, com opções icônicas, como os visuais inspirados na série Yakuza e em Virtua Fighter. No entanto, antes do lançamento, não ficou claro como esse recurso funcionaria, e, infelizmente, o resultado foi pior do que nos títulos anteriores.
A publisher não foi transparente sobre qual versão do jogo estava sendo lançada. No mínimo, o jogo deveria incluir todas as DLCs das edições passadas, mas optaram por remover as opções de personalização em favor de DLCs pagas, o que é decepcionante para um título de 20 anos.