Em outubro do ano passado, tivemos a chegada de Yakuza: Kiwami, um remake completo do primeiro jogo da série Yakuza, originalmente lançado para PlayStation 2 em 2005, no Nintendo Switch, marcando a estreia da franquia na plataforma da Nintendo.
A franquia Yakuza é amplamente reconhecida por sua narrativa envolvente, personagens memoráveis e a combinação única de drama intenso com momentos cômicos.
Com o lançamento, os jogadores agora têm a oportunidade de revisitar (ou conhecer) o início de uma das séries mais icônicas da Sega em um formato portátil. A pergunta que fica é: como o jogo se sustenta nesta nova plataforma? Vamos descobrir.
Yakuza: Kiwami é o início de tudo
A trama de Yakuza: Kiwami é uma das mais marcantes da série, apresentando Kazuma Kiryu, o “Dragão de Dojima”, em sua jornada para proteger a jovem Haruka enquanto tenta desvendar conspirações dentro da organização Yakuza.
O remake aprofunda a narrativa original ao incluir novos contextos para o personagem Nishiki, tornando sua transformação em antagonista ainda mais trágica e convincente.
No entanto, a narrativa às vezes desacelera devido à abundância de cutscenes, o que pode testar a paciência de jogadores que preferem uma experiência mais interativa. Mesmo assim, o equilíbrio entre drama e humor característico da série permanece intacto, proporcionando momentos emocionantes e hilários.
Caso queira conhecer mais sobre a cronologia da saga, preparamos um post especial que te explica tudo.
Jogabilidade: combates clássicos e Majima em todo lugar
Yakuza: Kiwami é uma reimaginação do primeiro jogo da série, lançado originalmente em 2005, trazendo os sistemas de combate introduzidos em Yakuza 0. Com quatro estilos de luta — Rush, Brawler, Beast e Dragon — o combate é dinâmico, permitindo adaptações estratégicas para diferentes tipos de inimigos.
A inclusão do sistema “Majima Everywhere”, onde o excêntrico Goro Majima aparece para desafiar Kiryu aleatoriamente, é um destaque à parte, garantindo momentos imprevisíveis e aumentando o desafio do jogador.
Embora o sistema de combate seja fluido e recompensador, ele não está isento de problemas. As lutas contra chefes, em particular, sofrem com mecânicas que quebram o ritmo, como a habilidade de regeneração dos inimigos, que exige ataques específicos de cada estilo para serem interrompidas.
Além disso, picos de dificuldade em algumas batalhas podem ser frustrantes, especialmente para jogadores menos familiarizados com o sistema.
Gráficos: uma nostalgia autêntica
Visualmente, Yakuza: Kiwami no Switch lembra mais a versão de PS3 do que a de PS4, o que pode ser visto como algo positivo para fãs nostálgicos.
Kamurocho, inspirado em Tóquio, continua vibrante e detalhada, com suas ruas iluminadas por letreiros neon e movimentadas por pedestres e bêbados tropeçantes. Apesar disso, há algumas perdas visuais: texturas menos definidas e pop-ins ocasionais, especialmente em objetos do cenário.
Ainda assim, o charme da cidade compensa essas limitações. Jogar em modo portátil adiciona uma nova camada de imersão, permitindo explorar Kamurocho em qualquer lugar.
No geral, é uma experiência que, mesmo com alguns ajustes gráficos, preserva a essência da franquia.
A trilha Sonora e imersão de Yakuza: Kiwami
A trilha sonora continua um dos pontos fortes, com músicas que intensificam as cenas dramáticas e adicionam energia às batalhas. Uma agradável surpresa na versão do Switch é a inclusão de temas licenciados que haviam sido cortados na localização ocidental original, enriquecendo a experiência e ampliando o impacto emocional de certos momentos.
A imersão é outro ponto alto. Kamurocho é uma cidade que respira autenticidade, desde os pequenos detalhes nas lojas até os mini-games como Pocket Circuit e MesuKing. Esses elementos tornam o mundo de Yakuza: Kiwamiuma mistura fascinante de realismo e diversão exagerada.
A otimização de Yakuza: Kiwami no Switch
Em termos de desempenho, o port para o Switch é sólido. O jogo mantém uma taxa de quadros estável de 30 FPS na maior parte do tempo, com raros engasgos em lutas mais intensas. Os tempos de carregamento são curtos e surpreendentemente ágeis, especialmente considerando a natureza do hardware.
Por outro lado, o jogo não atinge o mesmo nível de fidelidade visual das versões de outras plataformas. O modo portátil apresenta uma leve suavidade nas texturas, mas isso não compromete a jogabilidade. Para aqueles que priorizam conveniência e portabilidade, esta versão é uma excelente opção.
Yakuza: Kiwami é uma Adição bem-vinda à biblioteca do Switch
Yakuza: Kiwami no Nintendo Switch não é a versão definitiva do jogo, mas é uma adição admirável para a plataforma. Ele preserva os elementos que tornaram a série tão amada, desde sua narrativa envolvente até seu mundo vibrante.
Apesar das limitações gráficas e dos pequenos problemas de ritmo, o port é funcional e permite que novos jogadores conheçam o início desta saga icônica.
Se você é fã da franquia ou está curioso para experimentar Yakuza pela primeira vez, Kiwami no Switch é uma porta de entrada acessível e divertida para este universo. Afinal, levar Kamurocho no bolso é uma experiência que vale a pena.
*O Cromossomo Nerd agradece à SEGA por ter nos fornecido uma cópia do jogo para esta análise.