No dia 9 de julho deste ano, foi lançado em acesso antecipado Black Skylands, um jogo com temática skypunk, de ação e aventura, top down shooter, com elementos de RPG e com um pouco de sobrevivência. Com tantos elementos, resta saber se essa mistura fica uma bagunça, ou ele consegue segurar essa combinação até o fim.
Por ser uma versão antecipada, muitos bugs e erros ainda estão sendo corrigidos pelos desenvolvedores.
HISTÓRIA
Na trama, acompanhamos Eva, uma garota que sonha em ser uma pirata dos céus, assim como seu pai.
Ela vive em Fathership, que é uma espécie de base voadora, com a história se iniciando no dia do aniversário de Eva, que também é o mesmo dia em que seu pai retorna de mais uma expedição.
Ao chegar, o pai de Eva trás consigo uma criatura que até então nunca fora vista de perto. Uma reunião com líderes de outras ilhas é marcada e é nesse momento onde as coisas dão errado. A criatura ataca e o jogo avança no tempo.
7 anos depois, descobrimos que as ilhas que antes eram aliadas agora estão lutando entre si. Eva então começa a explorar o mundo e tentar unir mais uma vez as ilhas, tentando também se livrar das criaturas que agora estão atacando todo o mundo.
GRÁFICOS
O estilo de arte pixelado é maravilhoso e isso se complementa com a grande variedades de ilhas, mudanças de clima, níveis de profundidade e a utilização de alguns objetos 3D, para ajudar na sensação de perspectiva.
Apesar de ser um jogo 2D bem leve, muitos travamentos ocorrem durante as navegações, principalmente ao exibir outra ilha na tela, e isso ocorre por conta da Unity Engine que é usada no jogo.
JOGABILIDADE E MECÂNICA
Tudo o que você precisa saber sobre o jogo é apresentado nos primeiros minutos de gameplay. Você pode jogar de duas formas: a primeira, é quando você está a pé, onde Eva pode correr, esquivar rolando no chão, carregar objetos, atirar, atacar corpo a corpo e usar um gancho que serve tanto para atacar inimigos quanto pra alcançar bordas de lugares um pouco mais distantes.
O segundo modo de jogabilidade, é quando você está pilotando o seu navio/nave, o que muda é a forma de mirar, que não é mais com o mouse livre na tela e sim usando o scroll para direcionar as armas do navio. Além disso, botão esquerdo e direito controlam qual lado vai atirar.
Um detalhe que é legal de primeira, mas depois de um tempo começa a irritar, é que cada tiro que o navio dá, faz com que ele mude de curso, ou seja, um tiro pra esquerda faz o navio virar para a direita, e vise versa. É um detalhe interessante, levando em conta que estamos no ar, mas isso atrapalha demais na hora de acertar os inimigos.
Nos momentos de navegação, é muito importante carregar recursos como gasolina e kits de reparo, pois entrar em batalhas no início do jogo é um pesadelo, qualquer inimigo se aproximando já é motivo de checar quantos kits de reparo você tem, porque eles vão ser usados com certeza.
Os inimigos aéreos são os que mais possuem bugs no momento. Eles surgem de forma aleatória no mapa e te perseguem a todo momento. Não existe um momento em que eles desistam, o que também chega a ser bem irritante.
Administração de recursos é bem importante aqui. A nossa base é cuidada e restaurada toda por itens que encontramos durante as expedições e esses itens também são muito importantes para a criação de upgrades pra Eva e para o navio.
PROBLEMAS TÉCNICOS
O maior vilão desse jogo é é a repetição. As missões não possuem variedades: ir em tal ilha, pegar um item e voltar. Jogos como GTA, que seguem a mesma linha até o fim, disfarçam a repetitividade com diálogos durante o percurso da missão, aqui não tem isso, é só a Eva navegando sozinha o tempo todo.
Esse problema poderia ser resolvido com um multiplayer, mas até então, não existe previsão para que isso aconteça.
CONCLUSÃO
Black Skylands tem tudo pra ser um jogo excelente, com gráficos lindos, uma história boa, mecânicas que ainda podem ser aprimoradas, mas que sofre muito com as missões repetitivas.
Como ainda é uma versão de acesso antecipado, existe esperança pra que os bugs sejam corrigidos e missões mais diversas sejam acrescentadas. Ficaremos na torcida!