Alien: Covenant segue a história do sci-fi/terror mais famoso dos cinemas, contando os eventos após Prometheus e nos dando mais informações sobre o início da franquia, mas será que o filme acertou e entregou algo digno do clássico? Confira a crítica.
Alien vinha enfrentando diversas dificuldades há muito tempo, não foi só Prometheus que sofreu com críticas negativas, isso já vinha acontecendo desde 1992, desde o lançamento da terceira parte da franquia, muitos fãs reclamam da notável queda de qualidade e brilho na aclamada franquia com o passar dos anos e das sequências. Covenant havia sido uma promessa de que esse padrão iria mudar e que iria entregar algo digno dos anos dourados, mas esse não foi bem o caso.
Covenant, entrega algo similar ao primeiro filme da franquia, mas isso não é necessariamente algo positivo, podemos ver a mulher durona, personagens idiotas e só, nada mais, Convenant tinha tudo para se tornar mais um marco para a franquia, mas ele serve somente para entregar um prólogo da história, sem qualquer relevância ou peso maior para o universo de Alien no geral, ouso dizer que Ridley Scott se repete e entrega um trabalho preguiçoso e sem qualquer motivação a não ser a de tentar espremer dinheiro da franquia.
Falando em personagens duronas, temos Daniels (Katherine Waterston) que funciona muito bem como a protagonista do filme, ela tem os seus momentos de destaque, mas em alguns momentos do filme, mostra que é uma personagem assustada e até mesmo vulnerável, o que lembra a icônica Ripley vivida por Sigourney Weaver. Os demais personagens, assim como no clássico, servem apenas para tomar decisões estúpidas que os levarão à morte.
Em relação à história do filme, como já citado anteriormente, ele serve apenas como um prólogo da franquia, com alguns momentos que tentam remendar as pontas soltas deixadas em Prometheus, mas da mesma forma que seu antecessor, a narrativa às vezes fica perdida e contada de uma forma apressada de maneira que se torne esquecível na mente do espectador.
Outra falha do filme é o tão prometido retorno ao terror, esqueça aquela sensação de claustrofobia e urgência mostrada no início da franquia, os momentos em que você se pegava dizendo “Não vai aí, pelo amor de deus”, não existem em Covenant, pois o filme é previsível, e você facilmente adivinha o que irá acontecer nas cenas que envolvem o Xenomorfo.
Umas das coisas muito boas no filme são os cenários, eles são muito bem modelados e construídos visualmente, as cenas em que envolvem CGI no geral são bem-feitas, mas nem todas, como por exemplo o Alien, umas das coisas que eu mais fiquei decepcionado foi de ver o monstro completamente feito em computação gráfica, Scott parece ter esquecido suas raízes e incorpora uma espécie de George Lucas em Star Wars Episódiso I, II e III, o recurso ajuda a criar um Alien mais rápido e fluído, mas perde a essência de um monstro mais palpável e temeroso.
Covenant é mais um filme totalmente descartável para a franquia Alien e não a leva à novos horizontes, o que implica em uma urgência desesperada de um novo comando para a franquia, caso queiram que ela recupere a relevância que teve um dia, pois Ridley Scott mais uma vez se prova um fiasco no comando da franquia criada por ele mesmo.