[ANÁLISE] Cassiodora | Divertido e operante, mostrando o potencial dos jogos brasileiros

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Nos últimos anos, muitas desenvolvedoras brasileiras tem ganhado maior destaque no mundo dos games independentes, seja com produtos menores, como o caso aqui, ou com projetos ambiciosos e que contam com diversos apoios de jogadores e outras empresas.

Nesse momento tão importante para o mercado brasileiro, temos a chegada de Cassiodora, um scroller shooter com temática medieval, que embora possua uma premissa simples e muito comum em jogos do gênero, prometia trazer uma experiência multiplayer divertida e empolgante, tanto no quesito dificuldade quanto diversidade de armas e poderes especiais.

Mas, será que ele é de fato tudo isso? É o que veremos a seguir.

Para a alegria não somente de nós jogadores, como também de brasileiros que buscam por seu espaço nesse mercado, Cassiodora é uma amostra interessante do potencial dos desenvolvedores de nosso país, que mesmo sem o reconhecimento e investimento necessário, conseguem produzir bons games para passar o tempo e se divertir com os amigos.

Embora não traga nada de inovador ou mirabolante nas suas mecânicas ou gameplay, o jogo consegue ser muito chamativo graças ao seu estilo, com inimigos, cenários e poderes coloridos e diversos, que vão encher os olhos dos jogadores de brilho ao notarem os vários detalhes presentes na jogatina.

Além disso, o fator multiplayer é muito importante para que o jogo seja tão interessante, especialmente para crianças, que estão conhecendo melhor o mundo dos jogos e que estão dispostas a algo mais desafiador. Dito isso, o próprio game possui um estilo de arte e jogatina mais direcionado para crianças, mas não impede que ele seja jogado por todos os públicos.

Para nós mais velhos, o fator nostalgia funciona muito bem para quem viveu os tempo de fliperamas com os populares “jogos de navinha”, que também forneciam grandes desafios que podiam custar muitas fichas e várias horas nas máquinas.

Um ponto que pode ser considerado bem negativo para alguns está nos controles dos personagens, que algumas vezes não são tão responsivos quanto deviam, e isso pode gerar situações frustrantes.

Porém, se pararmos para pensar, é comum que em um scroller shooter os jogadores se frustrem por ter se movimentado errado em algum momento ou não ter usado a habilidade especial na hora certa. Portanto, pelo menos pra mim, essa questão não foi um incômodo tão grande.

Inclusive, a dificuldade é um ponto interessante a ser considerado. Pois, embora seja diferentes dos jogos de tempos do gênero de tempos atrás, ele possui uma certa dificuldade que pode ser desafiadora para todos os que o joguem, necessitando análise e observação em todo o gameplay para não cometer erros na movimentação ou nos disparos.

Ainda que não traga muitas novidades, Cassiodora é uma boa pedida para quem busca por um pouco de nostalgia e uma diversão simples e direta, seja com os amigos ou com filhos, parentes pequenos e etc. Por mais que possua alguns defeitos nos seus controles, o jogo é uma prova nata de como o Brasil tem potencial para, com o investimento certo, trazer grandes games para o mundo.