Praticamente um ano depois do lançamento de Elden Ring, a FromSoftware confirmou o lançamento de uma DLC. Chamada de Shadow of the Erdtree, a expansão traria a história de Miquella, um personagem importante para a mitologia do game, mas que não teve participação no jogo base.
Elden Ring foi lançado em 2022 e ganhou o prêmio de “Jogo do Ano”, sendo um dos games mais aclamados da história. O mundo aberto envolvente, combate viciante e história intrigante conquistaram uma base de fãs enorme, indo além da comunidade que reverenciava os outros títulos da FromSoftware.
Depois de tanto tempo, será que o retorno ao mundo de Elden Ring com a expansão Shadow of the Erdtree é uma boa ideia e traz a mesma sensação intrigante de pisar nas Terras Intermédias? Confira em nossa análise!
A Terra das Sombras
Enquanto Elden Ring se passava nas Terras Intermédias, a expansão Shadow of the Erdtree ocorre em um local chamado Terra das Sombras. Esse reino misterioso é tão misterioso e perigoso quanto o primeiro mapa do jogo.
A Terra das Sombras é considerada um dos locais mais intrigantes de Elden Ring porque foi onde a deusa Marika fez a sua primeira aparição, mas acabou escurecido pela Térvore e dominado pelo tirano Messmer.
Miquella, o irmão gêmeo de Malenia, citado no jogo base, mas que nunca aparece efetivamente em Elden Ring, viajou para as Terras das Sombras, abandonando a carne para aguardar o retorno de seu Senhor prometido. Entretanto, ele deixou seguidores fiéis que irão interagir com você durante a jornada.
No geral, a mitologia de Shadow of the Erdree é profunda e complementa bem o jogo base, algo que a FromSoftware é especialista. Porém, eu recomendo que você relembre bem a história antes de iniciar a expansão para entender como tudo se encaixa.
Terminar a expansão vai depender da sua habilidade e também da vontade de explorar o mapa. Os jogadores encontrarão pelo menos 30 horas de conteúdo extra, um tempo excelente para uma DLC.
Você vai morrer… de novo
Elden Ring: Shadow of the Erdtree não quer reinventar a roda e trazer algo novo, então espere por uma experiência bem próxima ao jogo base. Caso você tenha curtido a experiência, irá se sentir em casa, mas com a FromSoftware elevando a experiência.
Na expansão, o jogador irá enfrentar um mapa com tamanho considerável e diversas ramificações, que levarão a áreas peculiares. A exploração, que já era excelente no jogo base, é um viciante e retribui o jogador com segredos ou com a morte ao esbarrar nos novos inimigos.
Por falar em combate, Elden Ring: Shadow of the Erdtree não decepcionará os jogadores que buscam batalhas desafiadoras. Mesmo estando no nível 200 e jogando no NG+, encontrei oponentes que deram trabalho e exigiram que eu analisasse qual ação tomar, dando a mesma sensação de quando experimentei o jogo base pela primeira vez.
A recomendação é jogar a DLC estando por volta do nível 150 na primeira sessão, justamente por ser um conteúdo mais próximo do endgame. Porém, você não é obrigado a estar nesse nível para entrar na Terra das Sombras. Inclusive, a FromSoftware colocou uma mecânica nova.
Basicamente, há dois itens novos que são exclusivos das Terras das Sombras: Benção da Umbrárvore e Benção da Cinza Espiritural Reverenciada. O primeiro aumenta a habilidade do jogador de causar e negar dano, enquanto o segundo funciona como um buff para invocações e habilidades espectrais. Isso está muito longe de ser um modo “fácil”, mas irá ajudar os jogadores.
A FromSoftware é mestre em produzir confrontos memoráveis contra chefes em DLCs. Basta lembrar de Órfão de Kos, Artorias, Ludwig, Gael e Lady Maria… Shadow of the Erdtree traz outro lote de oponentes formidáveis que deixarão os jogadores encantados (e furiosos!). Ao vencê-los, o jogador poderá obter novos equipamentos interessantes.
Por falar em novidades, a expansão traz uma boa quantidade de itens novos, para todos os gostos. Assim que todos puderem jogar a DLC, tenho certeza de que a comunidade trará builds insanas com as novas armas, que trazem possibilidades bem interessantes. Há também novas categorias e a boa notícia é que tudo pode ser utilizado também no jogo base.
Uma jornada envolvente
Elden Ring: Shadow of the Erdtree mantém o estilo do jogo base, trazendo castelos, paisagens decrépitas e masmorras que produzem uma ambientação majestosa. O level design continua afiado, trazendo regiões conectadas e que você nunca sabe onde vai sair se avançar até o final.
A direção de arte impressiona, principalmente nos novos chefes. Os visuais são criativos, imponentes e ficam entre as obras mais criativas da FromSoftware. A trilha sonora ajuda a embalar os combates, produzindo uma atmosfera única.
No geral, a otimização está decente, apesar de alguns bugs visuais. Em determinados momentos, percebi que texturas da paisagem piscavam espontaneamente, sem motivo aparente. Entretanto, não percebi quedas significativas de FPS ou nem encontrei bugs que atrapalhassem a minha experiência.
Devo investir em Elden Ring: Shadow of the Erdtree?
Se você se encantou por Elden Ring, Shadow of the Erdtree é uma compra obrigatória. A expansão tem boa duração e parece que sempre fez parte do jogo base, alinhada com a sua temática, mas reservando boas novidades e combates memoráveis que irão figurar na lista de melhores chefes da FromSoftware.
Elden Ring: Shadow of The Erdtree será lançado em 21 de junho para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC.
O Cromossomo Nerd agradece TheoGames e Bandai Namco por ceder uma cópia de Elden Ring: Shadow of the Erdtree no PlayStation 5 para esta análise!