[ANÁLISE] God of War | Finalmente os donos de PC podem aproveitar esta obra-prima

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Depois de 4 anos de lançamento no PlayStation 4, God of War, um dos jogos mais aclamados exclusivos do console, finalmente chegou ao PC, marcando mais um passo da Sony em direção à expansão de suas franquias para além dos consoles.

Com o jogo de 2018, o Santa Monica Studio resolveu dar uma repaginada na franquia, nos apresentando cenários e personagens novos, onde somos levados para a mitologia nórdica. Mesmo que a versão original tenha sido extremamente aclamada pela crítica especializada e público, será que o port para uma versão para PC vale o investimento? Confira na nossa análise!

História

Depois de ter derrotado o panteão de Deuses Gregos e encerrado sua jornada, o quarto jogo da saga principal, o novo jogo agora nos mostra Kratos em uma nova jornada ao lado de seu filho. Embora os dois sejam próximos por um laço de sangue, possuem hábitos e personalidades completamente opostos, o que cria uma dinâmica muito interessante.

No novo jogo, não temos mais aquele general Espartano implacável, com sede de poder e sangue. Anos depois de sua última luta no Olimpo, ele se tornou um homem reservado, cansado e um tanto farto com a vida e as divindades.

Já Atreus, é um jovem generoso, que precisa lidar com a morte da mãe enquanto está constantemente tentando se provar para um pai rígido, que muitas vezes lhe faz achar-se rejeitado.

Com o foco nessa relação, Kratos deixa de ser apenas um brucutu monossilábico e ganha camadas de sentimentos que o deixam extremamente interessante e complexo, já que a violência por violência já não existe mais.

A história e a forma como ela é contada no jogo é muito boa. O uso do plano sequência, onde temos a sensação de que tudo acontece em um take só por conta da falta de loadings no jogo, é algo extremamente positivo e contribui para forma em que a narrativa é contada.

Jogabilidade

O jogo de 2018 trouxe uma reformulação completa na jogabilidade da saga, alterando não só a perspectiva da câmera, como também os equipamentos usados por Kratos, a forma de combate e se afastando do estilo puro de hack ‘n slash e se aproximando mais de um RPG de ação.

O sistema de combate é o grande ponto forte aqui, com uma câmera ficando acima do ombro do protagonista. Os inimigos que encontramos nos obrigam a alternar entre os diferentes estilos de combate e armamentos que o Kratos possui.

O jogo permite que usemos Atreus no combate como um auxiliar. Com seu arco e flecha, o garoto consegue distrair alguns inimigos, nos avisa de potenciais ataques pelas costas e podemos comandá-lo para atirar flechas e ataques especiais que são uma ótima forma de dissipar hordas de inimigos.

Mesmo no PC, os controles estão bem fluídos e responsivos, mostrando que a equipe fez um ótimo trabalho de otimização. Com diversas variações de combos e ataques especiais, o jogo garante batalhas incríveis e cinematográficas, dignas de uma grande produção de Hollywood.

Ambientação e Otimização

Ao deixar de lado a Grécia antiga e passar para as paisagens nórdicas, a ambientação do jogo traz uma qualidade espetacular. Mesmo sem um PC que atenda as recomendações mínimas, consegui aproveitar grandemente a diversidade incrível de cenários, que alterna entre entre montanhas congeladas, florestas deslumbrantes, cavernas, templos, etc.

O jogo está extremamente bem otimizado, feito com uma dedicação e capricho nos detalhes, algo raro de se encontrar, mesmo em jogos com este nível de investimento.

Mesmo jogando com configurações mínimas, é impressionante ver como algumas texturas ainda parecem polidas e com muitos detalhes, o que significa que a equipe trabalhou bastante na tentativa de manter o jogo o mais acessível possível para a grande variedade de dispositivos.

Considerando que ele havia sido desenvolvido inicialmente como um exclusivo de PlayStation, é incrível ver o quão bem ele se adapta no PC, mostrando que a Sony realmente quer se tornar também uma referência em outras plataformas.

No geral, o jogo apresenta um desempenho satisfatória para quem não possui um PC potente. Durante minha experiência, não presenciei grandes quedas de FPS ou travamentos.

Trilha sonora

A trilha sonora se manteve bem fiel ao histórico da franquia. É simplesmente magistral a forma como música ajuda a contar a história e dar uma atmosfera fantasiosa e épica. Os tambores retumbantes e o coro grave dão aqueles crescentes épicos que nós já estamos acostumados em superproduções.

O trabalho de sonoplastia dos ambientes e cenários ajuda a enriquecer a experiência e tornar tudo muito mais imersivo.

Considerações Finais

A chegada de God of War para PC só prova o quanto essa franquia merece ser conhecida e jogada por todos os fãs de videogames.

O trabalho realizado pela Santa Monica é muito bem competente, trazendo uma experiência bem agradável para a nova plataforma.

Esse é mais um dos títulos de peso que a Sony está lançando fora do seu console, e é importante eles abrirem esse espaço para outros jogos e franquias exclusivas de PlayStation e trazerem para os PCs.

*Agradecemos a PlayStation e FSB Comunicação por nos ceder uma cópia para análise.