Nos últimos tempos, a Ubisoft vem tentando retornar aos seus tempos gloriosos, com games inovadores e franquias queridas pelos jogadores. Com Assassin’s Creed Mirage, a ideia parece ter dado certo, e portanto, chegou a hora de voltar a outra grande franquia com Prince of Persia: The Lost Crown.
Além de ser uma volta da série, o game serve também como uma volta para outros tempos da franquia, com elementos de plataforma e, para alegria de muitos, inclusive a minha, metroidvania.
Mas será que de fato essa volta faz jus ao legado imenso deixado por Prince of Persia no mundo dos jogos? Fico feliz DEMAIS em dizer, sendo um fã de longa data da série, que SIM. E além disso, esse jogo foi feito com todo carinho e cuidado possível, não somente respeitando a franquia como um todo, mas os jogadores que anseavam pela sua volta.
Prince of Persia: The Lost Crown é praticamente perfeito
No que o jogo se propõe, ouso dizer sem medo nenhum de errar que Prince of Persia: The Lost Crown é um jogo perfeito. Tirando algumas das suas músicas, que acabam pecando na falta de inspiração, o game é uma jóia que a Ubisoft entrega para não somente fãs da franquia, como para jogadores que nunca a conheceram de fato.
Como dito anteriormente, o jogo vai além de trazer de volta a franquia para os holofotes, como também homenageia todo seu legado, desde a minha amada trilogia das Areias do Tempo, como os primórdios da série lá no final dos anos 80.
Além disso, por se tratar de um metroidvania, o game se extende de maneiras desafiadores, criativas e imersivas. Assim, pode se preparar para se ver horas e horas explorando todos os cantos do enigmático Monte Qaf, local místico que não somente aborda a história de Prince of Persia: The Lost Crown, como também do universo do game.
A história de Prince of Persia: The Lost Crown
Em The Lost Crown, acompanhamos Sargon, um jovem guerreiro membro dos Imortais, fiéis servos do trono da Pérsia. O grupo, liderado pelo Leão Branco Vahram, é enviado ao misterioso Monte Qaf após o Príncipe Ghassan ser sequestrado. Contudo, o local oferece muito mais mistérios e segredos do que Sargon e seus companheiros poderiam imaginar.
Além de uma trama mais “pé no chão”, reverberando os primeiros jogos da série, antes mesmo do envolvimento da Ubisoft, a história de Prince of Persia: The Lost Crown ainda consegue trazer elementos da Trilogia Sands of Time, do amado PS2.
Durante a jogatina, os jogadores poderão se deslumbrar com segredos, mistérios e reviravoltas que não somente envolvem o trono da Pérsia, como também o tempo e o universo como um todo. Tudo isso tornou esse jogo, para mim, um dos melhores Prince of Persia já feitos, se não o melhor.
“O que há na ponta da sua espada?”
Ainda no quesito história, The Lost Crown é uma jornada de descobrimento para o próprio Sargon, um jovem que viveu nas ruas de Persépolis até ser acolhido pelos Imortais, e conhece quase nada sobre o seu passado, muito menos possui qualquer visão sobre seu futuro além de ser um guerreiro.
Ao se deparar com os mistérios do Monte Qaf, o personagem se vê em uma incrível jornada para entender mais sobre o seu passado, seu futuro e presente. Não só dele mesmo, como também dos seus aliados, onde cada personagem possui um destaque interessante durante a jogatina, os tornando muito interessantes e com o nível de carisma necessário para não se tornarem obsoletos na narrativa.
Com essa jornada, Sargon se torna um excelente protagonista para a série.
A jogabilidade de Prince of Persia: The Lost Crown
Sendo um metroidvania, The Lost Crown tem um foco gigantesco na exploração, e isso o game faz de maneira excelente. Cada local diferente do Monte Qaf, apesar de ter suas semelhanças, ainda parece único, seja pela variedade de inimigos, armadilhas e desafios, ou simplesmente pela ambientação como um todo.
Além disso, o fator “replay”, ou no caso, o fator “revisitar” é crucial para o jogador avançar na história e exploração do ambiente, pois existem vários setores em todo o gigantesco mapa que só podem ser visitados com certos poderes, ou combinação de poderes. Isto, especialmente para jogadores que adoram sair por aí explorando tudo o que vê (EEEEEUUU), é um chamativo e tanto.
Além da exploração, as habilidades que vamos descobrindo ao longo da gameplay dão ao jogador uma infinidade de possibilidades de combos, manobras e estratégias para melhorar o combate, o tornando ainda mais satisfatório e interessante.
Junte isso aos chefões do jogo, onde cada um possui suas variedades de movimentos e golpes e, temos mais um desafio interessantíssimo para superar. Vale destacar, inclusive, que os inimigos do game possuiem um nível de dificuldade bem interessante, e para os jogadores que gostam de uma jogatina ainda mais desafiadora, garanto que The Lost Crown oferecerá o mesmo sem problema algum.
Conclusão
Após uma gigantesca exploração, um aprofundamento na narrativa e horas e horas passadas, posso dizer com garantia que o novo Prince of Persia é exatamente o que a franquia precisava. Um retorno triunfal, um deleite para os jogadores e uma novidade extremamente bem-vinda para o mundo dos jogos.
Seja fã da série ou não, o novo jogo é, sem dúvida, uma nova forma de você conhecer uma franquia icônica e, ao mesmo tempo, explorar um novo vislumbre das areias do tempo e do Império Persa. Dito isso, começamos 2024 super bem no mundo dos jogos com esta MASTERPIECE.
Prince of Persia: The Lost Crown chega no dia 18 de janeiro para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC.
*O Cromossomo Nerd agradece a Ubisoft Brasil e a Drone Comunicação por fornecer uma chave de acesso de PlayStation 4 para esta análise.